Desculpem a demora, aconteceu uma coisa comigo q me deixou muito mal, era pra mim ter postado este capítulo a muito tempo, mais eu não consegui, me desculpem meninas.
Obs: "flashback" quer dizer que a Rayane está lembrando do que aconteceu.
Explicando pra vocês não ficarem perdidas na leitura.
Próximo capítulo, é o parquinho pegando 🔥 🤣.
Espero q gostem, adoro vocês, beijos da Thay 💋.
Rayane
Flashback on
Levantei da cama, escovei os dentes e fui pra cozinha fazer o café pro Silas, ele tava na porta falando com um moleque.
Coloquei a água do café pra esquentar e fiquei mexendo nas redes sociais, falei com minha amiga Milena e depois disso só respondi as meninas do grupo e larguei o celular.
Foi aniversário do laranjinha ontem, a gente não saiu pra comemorar porque ele ficou a noite toda no plantão.
Deixamos para comemorar hoje, eu não dei presente pra ele, eu sei, é ridículo isso. Mas eu não tô trabalhando, na verdade, ele não me deixa trabalhar.
Disse que é pra isso que ele trafica, eu tento argumentar mais é o mesmo que falar com um pedaço de pau, talvez ele me ouvisse mais que o Silas.
Laranjinha: comprou laranja? - aparece acendendo um baseado.
-Nao fui no mercado ainda.
Laranjinha: porra, queria beber um suco de laranja.
-bora sair pra lanchar hoje a noite, aí nós compra .
Laranjinha: pode pá.
-amor, a gente podia...sei lá, tentar ter um bebê de novo né - sendo no colo dele, o rosto dele muda.
Laranjinha: tá ligada no que eu penso sobre isso.
-eu sei que você tem medo de acontecer de novo mais é só...
Laranjinha: vou banhar, patrão me quer lá na boca.
Bufo, ele sempre foge do assunto.
-Ta legal, beleza - falo magoada.
Laranjinha: pô vida, nós fala disso depois jáe?
-Suave, isso não é importante,né ?
Laranjinha: caralho Rayane, você gosta de complicar as coisas também né ?
-Arruma alguém que não seja complicada então. - grito.
Laranjinha: tá gritando porque ? Sua maluca.
-vai se foder.
Ele me manda o dedo do meio e eu devolvo.
Puta que pariu, quem acha relacionamento fácil só pode ser doente.
(...)
Chegou a noite, eu me arrumei e fiquei esperando ele chegar da boca.
Não veio em casa pra almoçar e nem me mandou mensagem perguntando se eu tô bem, mais eu entendo, é corrido pra ele.
Escuto a porta da frente abrir e depois fechar, sentada estou e assim eu fico.
Cinco minutos depois ele surge na porta do quarto, camisa jogada no ombro, a pistola na mão e os olhos vermelhos de quem fumou muita maconha, não tô falando de dois baseados e sim de cinco, seis.
Depois que nossa filha foi assassinada, ele se tornou essa pessoa, frio, calado, quieto e que passa a maior parte do tempo fazendo piadas, que todos percebem que não são engraçadas, mais mesmo assim ele continua porque não quer que as pessoas perceba que a morte da nossa filha, fudeu com as nossas vidas.
E eu? Bom, eu adorava me olhar no espelho, e nem isso eu faço mais porque toda vez parece que eu vejo minha filha do meu lado tentando imitar as poses que eu fazia. Ela sempre fazia isso, até um dia não fazer mais, e isso é uma merda do caralho.
Laranjinha: A gente não vai sair mais pra comer. - ele fala arrogante jogando a pistola na cama.
-Como assim a gente não vai sair mais pra comer? Hã ?
Laranjinha: não tô com cabeça Rayane, outro dia nos vamos.
-Não Silas, outro dia não interessa mais, eu te chamei porque é seu aniversário! Mais tudo bem se você acha que não quer ir, eu tô pouco me fudendo tá ?
Laranjinha: Falo caralho é isso. - ele entra no banheiro e eu fico sentada na cama.
Meia hora depois dentro do banheiro ele sai, entra no closet troca de roupas, e sai do quarto.
Eu fico tentando pensar em bom motivo pra ele tá fazendo isso, mais eu simplesmente não acho.
Tiro o salto que tô usando, calço meu chinelo e vou la pra baixo atrás dele, mais advinha? Eu só encontro cômodos vazios.
Ele saiu.
Disse que não tava com cabeça pra sair comigo mais sair sozinho ele podia.
Grande filho da puta.
Pego meu celular e vou atrás dele, rodo todos os lugares do morro e encontro ele na pracinha.
No meio da rodinha de traficantes e mulheres, mulheres parceiras dos traficantes e outras que são putas, e tinha uma do lado dele, passando a mão no pescoço dele.
E o pior de tudo, ele tava deixando e ainda ria como se estivesse tudo bem, como se ele não tivesse deixado a mulher dele em casa feito uma idiota.
Ando até eles, com a raiva subindo minha cabeça, nessas horas que eu queria ter uma arma.
-SEU FILHO DA PUTA DO CARALHO, ENTÃO VOCÊ NÃO PODIA SAIR COMIGO MAIS TÁ AQUI COM ESSA PUTA LOUCA NÉ?
xxx: quem é você, querida ?
-QUEM É VOCÊ SUA CADELA, EU SOU A MULHER DO HOMEM QUE VOCÊ TA PASSANDO A MÃO, VOU TE ENSINAR O QUE FAÇO COM MULHER OFERECIDA.
Caminho pra bater nela mais o laranjinha entra na minha frente me segurando e a mulher corre.
-EU VOU TE MATAR SUA VADIA DO CARALHO, ME SOLTA SEU FILHO DA PUTA. -tiro a mão dele de mim
Laranjinha: puta que pariu Rayane, você faz um escândalo na frente dos mano pô.
-Um escândalo? - dou risada. - Sua sorte é que eu não tenho uma arma porque se não eu matava você e aquela piranha, mais tudo bem, ela não perde por esperar.
Dou as costas voltando pra casa.
Flashback off.
Dias atuais...
Depois disso, ele só sai pra trabalhar na boca e se for comigo, eu quase terminei com ele, mais não foi daquela vez.
E agora aquela puta louca teve a coragem de falar comigo achando que eu não ia reconhecer a cara de puta dela.
Mais tudo bem, no baile nos acerta as contas, as pedras que são pedras se encontra.
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Goianinha 🌺 ( concluída )
Ficção GeralMilena é uma garota humilde e simpática do interior de Goiás. Na suas férias da escola ela viaja para São Paulo já que era o seu sonho conhecer essa bela cidade. Ela acaba ficando na casa de uma amiga que ela conheceu pela internet, sua amiga Rayan...