Sentada sozinha no banco do refeitório, com a mochila rosa nas costas e as perninhas balançando, ela observa, confusa, o vazio que a cercava. A escola, antes cheia de vida, agora é um lugar de silêncio, quebrado apenas pelo som de um caos distante q...
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Eles passaram a noite juntos, todos espalhados pelo chão do primeiro andar. Um pouco antes de irem dormir, Deanna passou por lá e ficou surpresa com todos eles no mesmo cômodo, reunidos como uma verdadeira família.
Para Madie, aquela foi a primeira noite em dias em que conseguiu dormir por pelo menos duas horas seguidas. Era curioso pensar nisso, ela sempre fazia questão de ser uma das últimas a pegar no sono, sentindo que precisava proteger os outros. Mas, no fundo, sabia que, se algo acontecesse, seriam eles que a protegeriam.
Quando acordaram, todos decidiram que era hora de explorar o lugar, como Aaron havia sugerido.
Carl empurrava o carrinho de Judith com calma, enquanto a bebê se inclinava para frente, abrindo e fechando as mãozinhas no ar, chamando atenção de Madie com um balbucio animado.
— Ela gosta mais de mim do que de você. — A garota provocou, lançando um olhar divertido para Carl.
Ele revirou os olhos.
— Como se isso fosse difícil de acontecer.
Madie encarou ele, mas antes de responder, percebeu dois idosos sentados na varanda de uma das casas próximas. Eles os observavam com sorrisos e acenaram, os chamando.
A garota arqueou uma das sobrancelhas quando viu o menino virar o carrinho e ir na direção dos velhos. Ela soltou um suspiro e o seguiu.
Ao chegarem, Carl pegou Judith no colo e a apresentou ao casal. A bebê, acostumada a rostos diferentes desde a época da prisão, sorriu e murmurou palavras incompreensíveis, encantando os dois senhores.
A mulher foi a primeira a se apresentar, com um sorriso caloroso.
— Eu sou a Natalie e ele o Bob.
O nome fez o sorriso de Madie vacilar por um instante. Bob.
Engolindo em seco, ela forçou um sorriso
— Eu sou a Madie, esse é o Carl e a pequena Judith.
Bob sorriu, apertando levemente a bochecha rechonchuda da bebê.
— Muito simpática a filhinha de vocês.
Madie arregalou os olhos e negou rapidamente com a cabeça, soltando uma risada incrédula.
— O que? — Ela piscou, desacreditada. . — Ela não é nossa filha.
— Não? — Natalie perguntou, parecendo confusa.
Carl, ainda segurando Judith, sorriu.
— Ela é a minha irmã.
Bob trocou um olhar divertido com Natalie.
— Achamos que vocês fossem namorados.
Madie sentiu o rosto esquentar na mesma hora.
— Não... a gente não é. — Madie piscou algumas vezes. — Nós... somos só amigos.