Os 18+ contos

Amor proibido

Namjoon se sentia um estranho entre os seus amigos da mesma idade, onde todos estavam casados, alguns já no segundo ou terceiro filho, enquanto ele, no seu auge beirando os quarenta anos, ainda permanecia solteiro, quase intocável, sim, ele conhecia o sexo, fazia isso vez ou outra quando estava em uma balada e com várias doses de tequila no organismo.

Mas ele queria algo sério, uma pessoa que fosse o amar de verdade, fosse cuidar de si, e como um brinde, o sexo que não seria mais casual, e passaria a ser algo mais único, romântico e tudo o que ele mais merecesse, esse era o seu desejo desde sempre.

Já teve em alguns relacionamentos, mas nenhum lhe deu a honra de ir para um altar fazendo juras de amor e saindo dali com uma aliança sendo um só com o seu par, o que mais chegou perto, que teve tantas esperanças de se casar, também chegou ao fim.

O Kim já tinha colocado em sua mente de que não era uma pessoa para estar casado, até o dia em que conheceu um homem, onze anos mais velho que ele, mas que ainda mantinha o corpo jovem e o rosto tão liso como um bumbum de neném, marcando ali o tanto de procedimento que o homem fazia para manter o rosto jovem.

Jeon Yong-sik era alguém que Namjoon procurava a um bom tempo, não se importava nem um pouco com o tanto de números que havia em suas contas bancarias, sequer se importou para o fato de que o homem já fora casado e tinha um filho, a única coisa que se importava era ser amado, protegido, cuidado pelo homem, e claro ser respeitado pelo filho do mesmo.

O casamento logo aconteceu, com apenas seis meses de relacionamento, sendo três virtualmente pelo fato do homem está fora do país nesse tempo, seu relacionamento com o filho do homem era ótimo, o garoto, que não era tão garoto assim, já marcando seus 24 anos, era uma pessoa extremamente doce e amável, era impossível alguém odiar Jungkook.

Diferente de seu pai, que com pouco mais de um ano e meio de casamento, mostrou um comportamento completamente diferente do que mostrava antes, quem que antes todas as noites chegava com um buque ou apenas uma flor única nas mãos para agradar o marido, agora o recebia com socos e gritaria.

Namjoon não conseguia sair daquele relacionamento, temia que tudo isso sobrasse para Jungkook, não iria se perdoar se algo de ruim acontecesse com o garoto, talvez o amor realmente curasse, e não, esse amor não era entre Yong-sik e Namjoon, e sim o Kim com o filho do homem.

Mesmo que soubesse o quão errado isso poderia ser, não podia e nem conseguia mandar no coração, desde o dia em que seus olhos se encontraram com os do jovem pela primeira vez, seu coração batia de maneira diferente quando Jungkook estava por perto, ou olhava para si, nem com seu pai o coração do Kim batia daquela forma.

A forma que Jungkook o chamava de hyung fazia seu corpo arrepiar, os toques com segundas intenções vindas do garoto por debaixo da mesa, como se o mais velho da casa não estivesse ali sentado com eles, era sempre um perigo sentar de frente para o Jeon mais novo, que sempre fazia questão de sentar em sua frente, para poder provocar o Kim.

Sua cara de inocente negava qualquer atitude pecaminosa, diferente de seus pés ardilosos que pouco a pouco subiam pelas pernas e coxas torneadas do Kim, que por sua vez, mordia os hashi para não soltar nenhum som e olhava para o garoto, não como uma repreensão, mas como um aviso que Jungkook sabia perfeitamente o que significava.

Naquela noite enquanto Namjoon terminava de escovar os dentes, sem prestar atenção no mundo a sua volta se deixando vagar pelos pensamentos que iam de uma nova tentativa de separação até o sorriso sapeca que Jungkook abria ao ver o padrasto, até sentir seu corpo ser envolvido em um abraço, e olhou em direção ao espelho vendo os braços todo tatuado do enteado.