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Da roça ao drift

Tentar negar sentimentos por alguém não é nada fácil, ainda mais quando esse alguém mora na mesma casa que você, e o pior você ter que tratar essa pessoa como se fosse seu irmão. Foi por este e outros motivos que levaram Taehyung escolher viver com sua mãe na fazenda da família Kim.

O sentimento e tratamento nunca foi sentido, nem entrava mais na cabeça do Kim, o que ele sentia pelo Park, que devia ser um amor de irmão, era algo muito mais além que um amor fraternal, era um amor romântico, uma paixão ardente e errada.

E o que já era difícil de ser negado e escondido, ficou ainda mais difícil depois daquele fim de semana, Taehyung conheceu alguém que mexeu loucamente seus sentimentos, mas mal sabia ele esse alguém carregava o coração e amor de Jimin.

Após oito anos de separação de seus pais, Taehyung ainda morava com seu pai devido os seus estudos, e três anos após a separação, Kim Dasom se casou novamente, e junto com sua nova esposa, veio seu filho, Park Jimin.

Ambos garotos se davam bem, por terem a mesma idade, passaram a frequentar a mesma escola, e estudando junto, faziam tudo juntos, de trabalhos a estudar para as provas, os meninos se tornaram inseparáveis, até os sentimentos que Taehyung sentia por Jimin mudar, e o moreno passou a esconder os sentimentos, não só pelo "irmão", mas por qualquer outra pessoa.

O sentimento crescia cada vez mais, e Taehyung se via em um beco sem saída, temia em falar a verdade para o Park e ser rejeitado por ele, ou pior, o loiro falar para ambos os pais, e tudo isso se tornar uma bola de neve e desmoronar em cima de si o destruindo por completo.

Até que um dia, com a coragem regada a álcool, Taehyung beijou Jimin, e para a surpresa do Kim, foi correspondido, o que Taehyung pensou que seria seu começo de um romance, quase virou seu maior pesadelo, ao serem quase descoberto pela mãe do loiro. Depois disto, o Park passou a agir como se nada daquilo tivesse acontecido, partindo o coração do Kim.

Hoje, já adultos e maduros, Jimin seguia sua vida na cidade, com pouco contato com o quase irmão, já Taehyung, seguia no campo, ajudando sua mãe e avós.

— Está decidido sobre o fim de ano na casa do seu pai? — Nari perguntou ao filho.

— Sim, faz muito tempo que não passo essa data com ele.

— E sua madrasta não vai achar ruim?

— Espero que não, eu sou comportado, não vejo motivo dela não gostar.

— Já faz quanto tempo que você não vai lá?

— Acho que uns 10 ou 11 anos, tio Namjoon.

— Você veio de vez para cá ainda era um franguinho, ainda me lembro da sua carinha miúda chorosa.

— Não lembra disso, eu tenho é vergonha! — Escondeu o rosto nos cabelos da mãe.

— Vamos terminar o serviço, sua mãe precisa de leite para o queijo, vamos, vamos! — Falou animado encorajando o sobrinho que logo se levantou o seguindo. — Me conta, como tá o coração, acha que está curado e pronto para rever o seu grande amor platônico?

— Sendo sincero? Eu espero muito que sim, e espero que ele esteja morando fora do Japão, o mais longe possível, tão longe que nem se lembre que é fim de ano e venha visitar os pais.

— E ainda quer acreditar que está curado. — Riu alto. — Vocês não tiveram tempo de conversar sobre o que rolou, ele deve pensar a mesma coisa que você pensa.

— Como assim?

— Simples, ele devia sentir o mesmo que você, por isso te beijou, mas ficou com medo de você não corresponder esse amor, e se defendeu.