A Campina

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Fala comigo galera, essa fic é super legal, eu passei vários dias construíndo ela na minha cabeça e sei que vcs vão gostar... U.U bom, o primeiro capítulo tem a narrativa de uma forma inocente, pq se passa na mente da Ruedson quando ela era criança e conforme ela vai crescendo o capítulo vai mudando de forma, esse capítulo serve pra explorar o mundo a sua volta, as pessoas que ela convive e os lugares...
A fic se passa aparti do epílogo do livro A Esperança, onde Katniss observa seus filhos na campina, então eu tive a ideia de mostrar os pensamentos de sua filha e como ela enxerga o mundo que vive, espero que gostem...

Eu corro pela campina, tenho cabelos escuros e olhos azuis, mamãe observa Nick, meu irmão de cabelos loiros e olhos cinzentos, tentando me acompanhar com suas perninhas gordinhas de criança. As perguntas estão apenas começando, perguntas sobre Jogos Vorazes, mamãe papai desempenharam um papel neles, Nick irá saber daqui a alguns anos, eles ensinam sobre isso na escola, as arenas onde aconteciam o Jogos Vorazes foram destruídas e memoriais construídos para as pessoas que morreram. Eu não devia estar pensando nisso, mamãe não gosta, então eu tomo as notas da canção como garantia:

Escondido na Campina, sob o salgueiro

Uma cama de capim, um travesseiro macio verde

Deite sua cabeça, e feche seus olhos sonolentos

E quando novamente eles abrirem, o sol vai nascer.

Aqui é seguro, aqui é quente

Aqui as margaridas te guardam de todo mal

Aqui seus sonhos são doces e o amanhã os fará verdadeiros

Aqui é o lugar onde eu te amo.

A Campina é um lugar mágico... Papai está me olhando, ele é loiro e tem olhos azuis, ele é sempre muito alegre, mamãe tem cabelo escuro e olhos cinzentos, eu amo os olhos da mamãe, e sei que ninguém conseguiria ter um olho desse jeito, nem mesmo Nick.
Papai diz que vai ficar tudo bem pra mamãe. Ele diz pra ela que eles tem um ao outro. E o livro. Um livro de memória sobre aqueles que partiram, que eu nunca chegarei a conhecer, como minha tia Prim e um amigo dos meus pais chamado Finnick, pai de meu amigo Fin. A outras pessoas no livro, mas o quê dói é saber que o meu Fin não teve um pai ao lado dele.
Sim, ele é "meu" Fin, eu o amo, ele é anos mais velho que eu, mas ele vem me visitar e toma conta de mim e do Nick, eu não desgrudo de Fin. Fin fala que eu sou um saco, que eu o incomodo as vezes, então eu xingo Fin de saco de batatas, e quando eu falo isso, ele ri, me abraça e me lança no ar. Mamãe diz que Fin vai esperar eu crescer para assim eu poder me casar com ele, mas eu não amo o Fin assim, sou pequena pra saber ainda, então eu torço pra que Fin me espere, porquê ele é alguém especial. Fin tem olhos da cor do mar, eu nunca vi o mar, mas todo mundo diz isso, eu vi uma foto de seu pai, e ele tem os mesmos olhos.
Já se passaram um bom tempo desde que Finnick morreu, mas tia Annie ainda sente saudade dele, tia Annie é mãe do Fin, eu gosto da tia Annie, eu gosto de todos os amigos da minha mãe.
Da tia Johanna, do vô Haymitch, da mãe da minha mamãe, do Thom, da Effie e de outros que nos visitam as vezes. Eu também gosto do tio Gale, mas eu nunca vi ele, mamãe fala que Gale foi um grande amigo, seu companheiro de caça, mas Gale foi embora para o distrito 2 e nunca mais voltou e nunca mais falou com a mamãe. Papai diz que Gale já foi namorado da minha mãe, não gosto quando papai fala isso, eu bato em papai, mamãe ri e nega que já namorou com tio Gale, mãe e pai riem e se abraçam, eu fico pensando no tio Gale, queria conhecelo perguntar se é verdade o quê papai falou, mas eu me esqueço e vou brincar.
Na escola meu amigos perguntam sobre minha mãe e meu pai, as crianças mais velhas falam que eles foram heróis, eu não sei de muita coisa, então só respondo o quê eu sei.
Eu nunca sai do distrito 12, existem outros distritos, eles são números, vão do 1 ao 13, eu queria conhecer o 4, Fin é do 4 e lá existe o mar, eu quero conhecer, mas mamãe a papai não me levam e nem deixam a tia Annie me levar, eu choro e reclamo, mas não muda nada.

O Natal é a minha época favorita do ano, porquê todo mundo se junta pra comemorar, eu gosto principalmente porquê é um pretexto para eu ver Fin.
Todo natal ele me traz algo do distrito 4, o quê me faz aos 10 anos ter 10 coisas do distrito 4, nesse natal Fin me deu uma concha, ele fala que se eu colocar meu ouvido no buraco da concha eu posso escutar o mar, eu faço isso e escuto o vento, não sei dizer, Fin diz que o barulho do mar é assim, eu sorrio e o abraço. Eu fico um pouco triste porquê em nenhum Natal o tio Gale aparece, mamãe avisa pra mim esquecer, papai me ignora e diz para minha mãe que um ano eu esqueço...
Os anos passam, de repente em um Natal, eu nem recordo de Gale, pra mim ele abadonou a minha mãe, Fin me repreende e diz que se ele tivesse ficado talvez hoje mamãe não estaria com meu pai, mamãe escuta isso e reclama com Fin, dizendo que ela jamais teria feito isso, eu encontro uma determinação em sua voz, quando papai chega o rosto de mamãe se ilumina, é sempre assim, eles parecem precisar um do outro, assim ninguém menciona Gale.
Eu converso com Nick sobre meus sonhos, eu já tenho 15 anos e não tive nenhuma grande realização, a não ser que se tornar uma arqueira tão boa quanto a minha mãe conte. Nick me escuta e a sua voz me alcança quando nenhuma outra pode, por isso eu o amo, ele é meu irmão e significa pra mim muito mais que Fin ou qualquer outro.
Eu cresci e sei o quê sinto por Fin, um amor incondicional, eu sinto que ele e eu temos uma conexão incrível, mas nada além disso, nenhum apaixonado um pelo o outro, bom, era o quê eu imaginava até ter 17 anos, quanto mais eu crescia mais eu sentia o amor de Fin por mim e essa era o tipo de coisa que eu não compartilhava com Nick.

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