Rosamaria - França
Aproveitei cada segundo daquele abraço como se fosse o último. Era tão bom finalmente rever minha irmã. Felicidade facilmente me definia naquele momento.
— Decidiu aparecer, né? — Falo rindo e me afastando do abraço. — Como andam as coisas?
— Tudo muito bem. E você? Fora o vôlei continua na mesma vida de balada e bebedeira de sempre? — Pergunta já imaginando a resposta.
Mas dessa vez, bem que eu poderia dizer que existe uma benção que está dominando os meus pensamentos.
— Óbvio. — Minto. — É tão bom não estar presa a ninguém. Só viver livre e com a mente desocupada. — Minha mente estava tudo, exceto desocupada.
— Você não tem jeito mesmo. — Nega com a cabeça e começa rir. — O amor pode ser tão bom, Rosa.
— Eu nem sei como é sentir isso. — Realmente não sei, porém posso imaginar desde que comecei a reparar um pouco mais nela. — E não é algo que eu busco sentir. Parece ser tão confuso.
— Não é nada confuso. Se fosse confuso eu não estaria noiva nesse exato momento. — Mostra a aliança na mão.
— Mentira!!! — Fico incrédula. — Não acredito que o Daniel finalmente parou de te enrolar.
— Pois é. — O seu sorriso se alarga.
— Estou muito feliz por você, Sofi. — Sorrio também. — Por que não me contou antes?
— Faz pouquinho tempo. Então decidi falar presencialmente. — Dá de ombros. — Foi tudo perfeito. Ele me levou para jantar, depois quando estávamos voltando paramos para observar a praia e ele deu um discurso digno de cinema.
— Já contou para a mamãe? — Pergunto animada.
— Claro que já. Ela ficou sem reação no primeiro instante, mas depois comemorou muito. — Responde mais animada do que eu.
Ficamos conversando por um bom momento até escutarmos batidas na porta e Luna aparecer novamente. Fico nervosa assim que ela entra, o seu cheiro preenche o ambiente e meu olhar volta a se direcionar para o seu corpo que ficava tão bem modelado naquela merda daquele conjunto.
— Licença. — Pede.
— Toda do mundo, Luna. — Minha irmã se apressa em responder.
— Vim chamar vocês para almoçar. — Explica com aquele sorriso.
— Pode deixar que já vamos. Só um minuto. — Sofia responde.
— Certinho. — Volta a se retirar.
— Ela parece ser bem gente boa. — Minha irmã falar assim que a porta se fecha. — Pelo menos nesses momentos que vi ela.
— Ela é. Tipo, muito mesmo. — Falo com um sorriso. — Sempre se importa com todos, é muito simpática, joga bem de mais. — Dou algumas características.
— Bonita ela é. — A Sofia fala e eu a encaro. — Que foi?! Vai me dizer que não acha?
Pra caralho, ela é tipo uma deusa, mas minha irmã não precisa saber.
— Acho. — Sou curta na resposta. — Ela está me ajudando bastante com o meu joelho. — Mudo de assunto bruscamente.
— Como assim?! — Pergunta sem entender.
— Eu estava sentido um desconforto e ela está me ajudando. — Dou de ombros.
— Você e suas manias de não dizer as coisas. — Fala com uma certa indignação.
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Entre a competição e o coração
RomanceLuna, de 19, uma jogadora carismática, muito jovem e talentosa, se torna o alvo de uma disputa entre duas jogadoras: Rosamaria Montibeller e Zhera Günes. Rosamaria, de 30 anos, com sua determinação feroz e um espírito competitivo, usa seu charme e h...