- ... Isso é incrível! - Ela diz.
Chloe começa a andar lendo alguns papéis e depois se vira para mim.
- Você gosta de frases? - Ela pergunta.
Ergo as sombrancelhas em resposta e aponto para todas as folhas nas paredes.
Me sinto aliviado, sempre achei que quando mostrasse meu quarto a alguém me chamariam de estranho ou de gay, sei lá.
Chloe anda até a janela e tenta escolher uma folha.
- " A felicidade não depende do que você tem ou é; baseia-se unicamente... - Interrompo-a.
- ... no que você pensa." Buda. - Termino a frase.
- Uau. - Ela assobia. - Pelo menos você não é como eu achei.
- Como? Metido ou estravagante? - Pergunto.
- Não sei, mas você ter um ar de...como posso dizer... misterioso. - Ela me encara. - O que você esconde atrás da sua personalidade Thomas Harper?
- Todos escondem algo senhorita Chloe Farley. - Falo. - E você, tem algo a esconder?
Ela me olha com os olhos semi-cerrados, mas depois volta a andar pelo quarto.
- Tente descobrir senhor Harper. - Ela fala e joga sua mochila em cima da minha cama. - Vamos fazer o trabalho, preciso ir embora as seis.
♬♪♬
Por volta das cinco e meia, já estavamos na metade do trabalho, mas por conta de uma discussão não terminamos.
- ... não acho que a mentira é algo ruim, todos tem que mentir as vezes. - Diz a Chloe.
- Sim, mas o que acontece se todos mentirem? Mentirem sobre o que acham ou sobre quem amam? Isso não daria certo. - Digo.
Ela para antes de falar me olha e começa a rir.
- O que foi? Por que está rindo? - Pergunto confuso.
- Thomas Harper, o pegador, falando sobre amor. Isso é estranho. - Ela diz.
- Ha Ha Ha. Isso só quer dizer que você estava errada. - Digo.
- Errada no que? - Ela pergunta.
- Nas suas conclusões. - Falo me aproximando. - Viu como é bom conhecer as pessoas antes de manda-las embora?
Ela revira os olhos em resposta e começa a guardar suas coisas.
- Que horas são senhor Harper? - Ela pergunta.
- São cinco e cinquenta senhorita Farley. - Digo depois de olhar meu relógio.
- Vai fazer a honra de me deixar em casa ou vai me deixar ir sozinha? - Ela pergunta ao olhar o celular.
- To pensando. Será que já escureceu? - Falo brincando.
- Para de graça. - Ela diz me dando um tapa.
Pego as chaves do carro e caminho para a porta.
- Vamos senhorita Farley? - Falo.
- Vamos senhor Harper. - Ela diz e passa por mim.
Quando íamos descer a escada, finjo empurra-la, mas ela quase cai e se agarra em mim.
Ficamos com os rostos aproximados.
A respiração dela contra meu rosto enquanto eu olho no fundo dos seus olhos.- Eu realmente preciso ir Thomas. - Ela diz se soltando dos meus braços.