Just A Bit Of Blood

🎸⋆⭒˚｡⋆ Capítulo 6 ⋆⭒˚｡⋆ 🎸

Lee Know, que vinha sentindo os olhares do vocalista até certa parte do show, achou estranho quando, de repente, ele parou completamente de olhar em sua direção.

— Vishh... o gatinho do Lino parou de olhar pra ele — provocou Seung, rindo. — Talvez ele tenha notado que você é um fã obcecado.

— Fico surpreso que você tenha notado, já que eu só vi você babando pelo Chan — Minho respondeu, dando um leve tapa na nuca de Seungmin.

Mais algumas músicas tocaram e, mesmo sem o olhar de Han, Lee Know se divertia. Gritava, cantava, pulava e dançava sem parar. Quando o show terminou, os meninos decidiram ficar um pouco mais na casa de shows — afinal, havia um bar ali, e se Minho fosse sincero, ele e os amigos nunca recusavam um bar.

Algum tempo e alguns (na verdade, muitos) drinks depois, Lino sentiu que precisava ir ao banheiro. Como nenhum dos seus amigos estava em condições — por exemplo, Lix e Seung estavam cantando Running Up That Hill em alto e bom som, enquanto Innie ria e gravava tudo — ele decidiu ir sozinho.

O caminho estava lotado de pessoas suadas e bêbadas depois do show, e a fila do banheiro... parecia infinita. Mas Minho conhecia um banheiro relativamente escondido — frequentava aquele lugar com certa frequência, afinal.

Virou por um corredor lateral e, já quase no fim, se deparou com uma cena que ele não sabia dizer se era real ou efeito da bebida em sua cabeça.

Um corpo caído no chão.

E ninguém mais, ninguém menos que Han Jisung parado ali, olhando diretamente para Lee Know... com as mãos sujas de sangue.

— O que tá acontecendo aqui? — Lee Know perguntou, com a voz levemente trêmula. — Me fala que não foi você...

Ele sentiu como se todo o álcool que tinha ingerido evaporasse do seu corpo naquele instante.

— Eu juro! Não fui eu! — Han respondeu, desesperado. — Eu encontrei ele aqui, já com uma ferida aberta! Tentei estancar o sangue, mas... nem tinha sangue direito pra estancar!

Lee Know tentava formular alguma frase, qualquer reação, mas não teve tempo. Em poucos segundos, um casal entrou no corredor e deu de cara com a mesma cena.

Um grito alto ecoou pelo local, e logo outras pessoas começaram a se reunir ao redor.

Han sabia naquele momento: ele estava ferrado. Precisaria de um advogado. E rápido.

Cada vez mais pessoas se aglomeravam ao redor da cena. Os amigos de Lee Know e os colegas de banda de Han também chegaram ao local, todos em choque com o que viam.

Depois de alguns minutos, Han estava sendo algemado, acusado de homicídio culposo e omissão de socorro.

Jisung não sabia o que fazer. Tudo parecia um borrão, uma confusão entre vozes, sirenes e olhares de julgamento. Então, no meio do caos, ele apenas ficou quieto e entrou na viatura.

————————————————————————

Lee Know estava sentado em um banco no bar, esperando os amigos que ainda estavam sendo entrevistados pela polícia — ele já tinha sido interrogado há algum tempo. Levou o copo de uísque à boca quando Chan se sentou ao seu lado, atendendo a uma ligação com expressão tensa.

— Advogado? Não sair da cidade? — Chan repetia, nervoso. — Claro, claro... o senhor teria algum advogado pra indicar? — Ele tomou um gole de água. — Minho? Lee Know?

Ao ouvir seu nome, Minho congelou. Defender Han Jisung? De um crime?
Sem pensar duas vezes, puxou um dos cartões profissionais que carregava na carteira e o deslizou pela mesa até Bang Chan.