Lee Know entrou na mesma salinha de onde tinha acabado de sair. Encontrou Jisung sentado, imóvel, e o delegado Jun-ho de pé à sua frente, com os braços cruzados.
— Vamos começar, então? — Minho perguntou, sentando-se ao lado de Han.
— Vamos! — Jun-ho se acomodou na cadeira oposta. — Você já sabe como funciona, certo, Lee Know?
— Sim — Lee Know olhou para Jisung que parecia preocupado com a sua situação.
— Sim. — Ele lançou um olhar rápido para Jisung, que parecia à beira do colapso.
— Vou explicar para o seu cliente brevemente. — O delegado apontou com a cabeça. — Aquele no canto é o escrivão. Essa câmera aqui vai gravar tudo. Eu vou fazer perguntas que ele pode responder... ou não. Entendeu, Sr. Jisung?
Han apenas assentiu. Tinha se metido na maior furada da vida dele. Nunca tinha vacilado desse jeito. E o pior: ele nem sequer se alimentou do homem que morreu. Estava tentando ajudar.
— Vamos lá... — Jun-ho começou com as perguntas básicas: nome, idade, profissão, endereço. — Agora vamos ao que interessa. Tudo bem?
Lee Know e Han concordaram com a cabeça.
— Sr. Jisung, o que você estava fazendo no backstage depois que o show acabou?
— Nós sempre ficamos um pouco mais nas casas de show onde performamos... — Jisung respirou fundo. — Naquele momento, eu ia ao banheiro, que fica naquele corredor.
— O que você viu quando entrou naquele corredor?
Jisung olhou para Lee Know, pedindo autorização para falar, e Minho assentiu com a cabeça.
— Um corpo.
— E o sangue? Por que estava nas suas mãos?
— Porque tentei parar o sangramento. Eu não sabia o que fazer no momento... A música estava alta, eu gritei e ninguém me escutou, então fiz o que pude...
— Vocês conversaram em algum momento? O homem tinha alguma relação com a banda?
— Não conversamos. E a única relação dele com a banda era o show... deveria ser um fã.
Jun-ho respirou fundo. Não havia como provar que ele era o culpado. Precisava esperar um pouco mais, até ter alguma prova concreta para usar.
— Posso chamá-lo novamente se surgirem novas informações, certo?
Han assentiu.
— Claro, delegado.
— Então, por enquanto, é só... Sr. Han. — Jun-ho levantou-se da cadeira e desligou a câmera. — Seu advogado já deve ter falado, mas vou repetir: sem sair da cidade, ok?
Han assentiu novamente.
— Te vejo por aí, Sr. Jisung. E, Lee Know, nos encontramos de novo logo, provavelmente. — O tom era educado, mas carregava algo a mais — uma promessa velada de que aquilo ainda não tinha acabado.
Lee Know acenou com a cabeça e, assim que o delegado saiu da sala, soltou um suspiro profundo, jogando-se na cadeira — aliviado por ter conseguido livrar seu cliente dessa primeira fase.
————————————————————————
Bangchan, Hyunjin e Changbin esperavam do lado de fora da delegacia, ansiosos. Felizmente, Seungmin estava acordado e ia levar a chave para eles... Já tinham uma coisa resolvida, agora só faltava Jisung. O tempo parecia não passar desde que Lee Know tinha voltado para a sala onde Han estava.
Um carro parou no estacionamento ao lado deles. Dele desceu o menino que Chan tinha visto na casa de shows — o que usava o pingente antigo —, mas agora ele já havia mudado de roupa: usava uma calça de moletom e uma blusa branca, ainda com o cabelo meio bagunçado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Just A Bit Of Blood
Storie d'amoreLee know era um grande fã da banda Blood moon e ficou empolgado ao saber que eles tocariam em sua cidade no fim de semana. Ele reuniu seus amigos e foram todos para o show, garantindo um lugar bem na frente do palco. Lee gritava e cantava com entusi...
