Capítulo 40

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P.O.V Niall

Estes últimos dias com a Anna passaram a correr, fizemos todas as atividades previstas, descansámos, namorámos, discutimos e recebemos uma nova mascote. São 00:00h, estou deitado na cama, olho para o teto enquanto me lembro que amanhã de manhã voltamos para Londres e que à noite vou embora para a Austrália, que praticamente fica do outro lado do mundo. A minha atenção é chamada pela Anna que se encontra à porta do quarto apenas com uma t-shirt minha que lhe chega a meio das coxas.

-já arrumei tudo, amanhã é só por estas roupas na mala e ir embora – ela baixa a cabeça e brinca com os dedos. Sei que ela está triste e nervosa, não sabe o que deve dizer. Levanto-me da cama e vou até ela, pego na sua mão e ponho-a no meu pescoço, os nossos corpos são colados assim como os nossos lábios. Pego-a pelas coxas e levo-a ao colo até à cama deitando-me por cima dela. Todo o meu corpo a deseja e não tenho vergonha de lhe mostrar isso, vou estar sem ela muito tempo e não sei como as coisas vão ser. Enquanto entro dentro dela, os meus cabelos são puxados, as minhas costas arranhadas e a minha clavícula mordiscada, todo o meu corpo está num estado eufórico e ela sabe.

-sabes o quanto eu vou ter saudades disto? – eu pergunto-lhe enquanto caio ao seu lado na cama. O seu corpo nu é coberto com o lençol, puxo-a para mim o mais que consigo, as nossas respirações ainda são pesadas e "caem" uma sobre a outra

-posso ter uma pequena ideia- ela sorri quando lhe deixo um pequeno e delicado beijo no nariz

-eu amo quando me beijas, eu amo o teu nome, amo quando me mandas mensagens de madrugada, amo o teu jeito, como dizes que sou a mulher da tua vida, quando dizes que sou apenas tua, amo quando me fazes sorrir, amo passar cada segundo do meu dia a pensar em ti, amo quando me provocas... amo cada detalhe teu. Vou sentir imenso a tua falta – os braços dela apertam-me com o seu máximo de força enquanto a sua boca deixa pequenos beijos no meu peito. Sinto-o molhado, sei que ela está a chorar

-amor, confia me mim por favor. Vais seguir em frente, vais estudar e ter ótimas notas, vais acabar o teu curso com a média mais alta, vais continuar a progredir na ginástica visto que agora estás na equipa... vais ter uma vida boa na mesma

-eu confio em ti, eu não confio nelas. Eu sei que vou ter uma boa vida à mesma, mas vou-me sentir sempre incompleta, falta a metade de mim. Tu devias preencher um bocadinho do meu coração, mas neste momento preenches-mo quase todo

As minhas mãos limpam as pequenas lágrimas nas suas bochechas, deixo um pequeno mas intimo beijo nos seus lábios antes de a ver adormecer nos meus braços.

P.O.V Anna

O meu despertador toca, são oito da manhã. A última coisa que quero é sair daqui e perder o Niall. Viro-me de frente para ele. Ele está deitado de costas, sem fazer nada, simplesmente olha para a Queen a dormir a seus pés

-bom dia amor

-bom dia princesa – ele puxa-me e eu deito-me no seu musculoso peito duro, que é confortável. Um beijo é deixado na parte de trás da minha cabeça

-queres levar a Queen contigo? – os olhos dele encontram os meus e ele franze as sobrancelhas

-nem pensar, eu vou só, ela tem de ficar e proteger-te como eu faço quando estou

-não sejas tonto Niall é apenas um cachorro – faço uma festa pelo seu pelo macio quando o seu corpo de espreguiça junto aos meus joelhos.

-ela vai aprender

-Vamos nos despachar e voltar ok? Tenho uma surpresa para ti à espera em minha casa

-ok – a resposta dele é curta, ele rapidamente se veste e faz a sua higiene, come qualquer coisa antes de sairmos de casa

A viagem foi divertida, recordámos vários momentos que passamos estes poucos dias e rimos muito de todas as idiotices. Quando chegámos a casa a Cath estava sentada no sofá com o Harry e o meu avô. A Cath corre para mim e abraça-me com muita força enquanto o Harry cumprimenta o Niall com um rápido abraço. Depois de a Cath me largar e de cumprimentar o Harry, vejo o meu avô olhar para mim com um grande sorriso na cara. Corro para ele e abraço-o.

-obrigada por ter vindo – sussurro-lhe durante o abraço e o Niall dirige-se a nós. Largo o meu avô e mantenho-me a seu lado

-olá, eu sou o Niall

-sou o Keith – o meu avô diz-lhe e ambos dão um grande sorriso, eu espero o Niall reconhecer o meu avô mas isso não acontece

-já ouvi maravilhas sobre si – o Niall elogia o meu avô, ele sabe imensas coisas sobre ele porque eu falo bastante na nossa relação. Mas nunca lhe contei que o meu avô andou com ele ao colo

-Niall, tu não me estás mesmo a conhecer pois não?

-eu lamento muito mas não, quer dizer, acho que já o vi antes mas não tenho a certeza...

-eu andei contigo ao colo quando eras deste tamanho – o meu avô abre um espaço entre os braços de modo a exemplificar – eu tinha uma casa ao lado da dos teus pais, tu e o Greg foram dormir várias vezes em minha casa porque tu tinhas apenas uma pequena caminha no quarto dos teus pais. Tu e o teu irmão brincaram muito com o meu cão, o rufo – o meu avô abre a carteia e tira uma fotografia dele com o Niall e o Greg quando eram mais novos. O Niall pega na fotografia e fica bloqueado por uns momentos como se a sua memória estivesse a voltar ao passado. Os olhos dele saem da fotografia e encaram os meus, dou-lhe um sorriso, ele olha para o meu avô e dá-lhe um valente abraço

-como é possível ao fim de tantos anos? Meu deus é incrível! – o Niall fala durante o abraço ao meu avô

-meu pequeno Niall, estás tão grande. Como estão os teus pais? O teu irmão?

-está tudo bem, a minha mãe casou, o meu pai está junto. O meu irmão já casou e já tem um menino

-tens fotografias? Adorava ver – o meu avô diz enquanto se senta no sofá com o Niall. A Cath puxou-me à parte enquanto os rapazes ficam na sala.

-a tua mãe ligou para tentar falar contigo, disse que não atendias

-sim, eu tenho o telemóvel no silêncio

-acho melhor ligares-lhe, ela não estava muito bem

Rapidamente subi ao quarto e despejei a minha mala em cima da cama, depois de encontrar sentei-me no chão do quarto e liguei à minha mãe. Sei que algo não está bem, consigo ouvir a respiração pesada dela como se estivesse estado a chorar

Chamda On*

-mãe desculpa não ter atendido, tinha o telemóvel no silêncio. O que se passa? A Cath disse que não estás bem

-filha, a mãe tem uma coisa para te dizer. Não é bom

-mãe, o que se passa? Estás me a assustar.

-é melhor sentares te, mas eu não quero que te preocupes. Está tudo bem. O pai saiu de casa, vamos nos divorciar

-O QUE!? VOCÊS NÃO PODEM!! PORQUE VÃO FAZER ISSO? JÁ PENSARAM EM MIM!?

-claro que pensamos filha, mas as coisas já há muito que não estão bem – a sua voz é surpreendentemente calma, uma coisa que faz os meus nervos crescerem. O meu corpo treme por todo o lado e já há lágrimas nas minhas bochechas. Este é o pior dia da minha vida, os meus pais vão se divorciar, o meu namorado vai-se embora, odeio isto!

-ok. Resolvam as coisas. Adeus! – a chamada é desligada na cara da minha mãe, mas não quero saber. Odeio-a por se divorciar do meu pai, odeio-o por ele sair de casa, odeio-os! O meu telemóvel é atirado para o lado assim como todos os meus livros e cadernos que estão em cima da secretária. Tiro os lençóis da cama em raiva e tudo cai. Caio em cima dela e agarro-me à minha almofada lavada em lágrimas.

Mine | n.h (niall horan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora