APENAS EM 1 MOMENTO

CAPITULO 2

Normalmente costumo dividir os meus dias principalmente em 2 (dois) períodos, isto por causa do trabalho e da universidade.

De manhã vou para a universidade, e no período da tarde vou trabalhar. As coisas não têm sido sempre assim; algumas vezes acontece que na universidade os professores só aparecem para darem uma aula e mais nada, quando isto acontece ficamos com mais tempo, o que para mim é sempre bom; já que agora estamos a terminar o ano.

Estou a passos rápidos a caminho da universidade e adivinhem "atrasada" como sempre, não podia sair de casa sem comer; e fiquei na conversa com a minha mãe.

Em fim vou chegando...

Ao me aproximar da sala de aula encontrei alguns colegas no corredor e me disseram que não teria aula no primeiro tempo; o que quer dizer que meu atraso esta "cancelado" vou descansar um pouco antes da outra aula.

Vou ao encontro do KIAME algo me diz que deve estar no refeitório.

"DANIEL KIAME" homem do bem, claro que todos tem seus defeitos e qualidades (gosto de acreditar nessa perspectiva), esse só de olhar parece que não ter nada a esconder. Sua frase favorita (risos)

Ele é alguém especial para mim, obviamente sem deixar de comentar que é lindo, alto (com 1,80m), negro e tem um corpo bem definido; olhos escuros e rasgados. Ele é todo bonito.

Um amigo de longa jornada, essa jornada que nos levou a apreciar um e o outro de forma diferente numa época atrás... Nós tínhamos momentos de conquistas, e nos chamávamos de NAMORAMIGOS (namorados e amigos) algo que concordamos sem ter nada a sério.

Houve uma altura em que nos distanciamos, não nos tínhamos como prioridade; quando podíamos estar juntos era muito bom e até brincávamos com tudo; e infelizmente os planos estavam a ser maiores para ambos; e tivemos uma complicação onde já ninguém estava a conseguir suportar o outro, então decidimos conversar e terminar o que não estava bem.

Como a amizade verdadeira sempre prevalece, bons amigos que somos, reatamos a nossa amizade e estamos bem até hoje. Tenho ele como um chato, controlador, mas alguém com um coração grande e generoso.

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Encontrei ele... minha intuição não falhou.

Cumprimentei e depois de me sentar, ele foi comprar algo para comer perguntando-me se ia querer alguma coisa, disse que não; comi o suficiente em casa.

Segundos se passaram e enquanto eu me distraia no meu telemóvel, de repente alguém que não é o KIAME senta-se ao meu lado. Elevo os meus olhos para ele e dou a cara com um dos colegas de curso diferente do meu; achei estranho, mais não comentei nada, sabia que é um dos conhecidos do KIAME.

Continuo atenta no meu telemóvel, e o jovem logo mudou de comportamento, para um mais simpático; percebi que não veio ter com o KIAME e sim comigo.

Começou com algumas perguntas, do tipo -Como é que eu estou? e logo se apresentou perguntado de imediato se eu gostaria de ter a amizade dele; disse logo que não, e que estava ocupada como era obvio. Mesmo assim tentou insistir parecendo inseguro e eu simplesmente pedi para ele ir embora, sinceramente não estava com disposição para prolongar o assunto.

Meia volta e o KIAME chegou até a mesa, perguntou:

-O que é que disseste ao jovem?

-Nada, só fiz café com o leite que ele trouxe e o dei-lhe de volta... sabia que essa resposta não tinha cabimento para a pergunta que ele me fez.

-Não podes estar a fazer isso, pedi para seres menos antipática com os meus amigos. -Poderias trata-los bem? só querem puxar assunto; e ver se você sai com eles. -O Ângelo até é um bom jovem e ele falou comigo antes de chegar aqui.

-O que?! -Eu sabia... o teu nariz tinha que estar metido nessa história KIAME; Só você para mandar o teu amigo vir falar comigo, sabias que eu ia ignora-lo pelo seu jeito. (não é por mal, mas eu já sou muito desajeitada para ter mais alguém atrás de mim assim) além disso ele tem uma chama de insegurança a sua volta.

-O jovem não tem culpa de nada, a insegura aqui é você.

Ouço o que ele fala, mas não ligo, e em vez de o responder com o que ele quer, falo que devia terminar rápido para podermos ir na sala de aula que já deveria ter professor para a outra aula.

-Sabes NEKIZA... falou bem sério

-Saber o que? Logo fiquei curiosa

...

-Fala rápido, começaste agora termina.

-Está bem... -Primeiro fica a saber que quando isso acontece, falo para todos ficarem no seu devido lugar. Mas é que alguns rapazes e outras raparigas dizem que você não é simpática e que pouco falas com todo o pessoal, e são pessoas amigas. Isso eu sei que é verdade, mas procuro sempre justificar a tua personalidade ou comportamento.

-Sério KIAME (risos) a cara de ninguém é caminho aqui para eu passar, eu não me importo com as opiniões deles não tem problema.

-Claro que não, por isso eu falo para se preocuparem com suas vidas; mas não sou cego e muito menos surdo.

-Eu tenho uma optima relação com os nossos colegas, não sei o porquê é que reclamam.

-Não exagera, se fizesses isso já deixariam de falar mal de ti.

-A culpa é toda tua, e não finge que não é, você melhor do que todos aqui me conheces e não deverias perder teu tempo a criar comentários. E para, dá um STOP nos rapazes que colocas para virem falar comigo. A não ser que eu te dou a minha lista dos melhores homens para mim, e se você conseguir uma audiência estaremos acertados.

-Está bem, vamos mudar de assunto. Falou

-Podemos mudar, mais fica a saber que a próxima pessoa que ousar se aproximar de mim eu vou provar que posso ser bem o que eu quero. E se tiver oportunidade vou sair com essa pessoa.

Colocou-se a rir, e quando olhou para o meu rosto sério disse: -Sei que você não vai fazer isso, mais vou estar aqui para ver acontecer, quem sabe posso mexo os meus contactos e colocar um aluno do primeiro ano para vir ter contigo de uma vez por todas, esses estão cheios de sede.

-Credo, mesmo assim eu vou sair com ele porque está a me apetecer conhecer e ficar com quem eu quiser.

-Ok... eu não vou impedir você, mas a pessoa que virá tu vais...

Suas últimas palavras soaram baixas para eu não o entender. Comecei logo a organizar algumas coisas que havia tirado da pasta e quando terminei, ele também já estava pronto; me segurou pelo braço e fomos para a sala.