CAPITULO 13

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Me sentei para começar a comer, e não passou menos de dois minutos olhei na outra mesa em que estava antes e vi TIRSO se levantar vindo na minha direção.

Quando chegou até mim, ainda olhava para ele e disse: -Não acredito, você deixou as meninas para vir até aqui!

-Não podia deixar você sozinha, sei bem onde é o meu lugar.

-Sabes... E onde é o teu lugar então?!

-É aonde você estiver. Falou encarando o meu olhar

-Sério! E porquê? Falei sem jeito

-Porque meu coração diz isso toda vez que te vejo.

...

Não estava à espera daquelas palavras; isso também deve ser o jogo que ele usa em todas as meninas que conhece. -Bobagem... quando é que o teu coração falou isso? Ele te deu esse suposto recado ontem; a semana passada; ou a anos atrás.

Risos -Meu coração entra em contacto direito com a mente e me alerta para não estar distante de ti; e várias outras coisas por fazer nos momentos oportunos.

Risos -Tem muito exagero aqui, sei que essa é a cantada que ofereces a todas as jovens do seu interesse. Melhor parares para eu não ouvir mais nada.

Mentira da minha parte; porque eu estava a gostar de ouvir todas aquelas palavras bregas e sem sentido que ele proferia. Apreciava o seu desejo embora por alguns momentos ficava sem saber como agir; tipo agora. -Vou até o bar, preciso ir pegar gelo para a minha bebida. Disse afastando a cadeira para me levantar da mesa

-Não vais não; podes continuar que eu faço isso por ti; estas na presença de um cavalheiro.

Num minuto ele se levantou para ir pegar, e no outro voltou. Eu não me cansava de apreciar o seu corpo e o andar de passos firmes; não vou negar a mim mesma "ele tem perfil"

-Aqui o tens, estou a me apaixonar com o jeito que olhas para mim.

-Obrigada... és sempre assim com todas as meninas!?

-Podes ter a certeza que é só com você.

-O senhor cavalheiro a exagerar. Debochei

-Não pensa que isso é conversinha de adolescente; porque não é, eu estou super afim de você.

Olhei para ele dessa vez com muito desejo, sinceramente eu não posso ficar assim desnorteada com cada coisa que ele diz.

-O que é que vais querer para a sobremesa? Perguntou-me enquanto fazia sinal para um dos empregados de mesa.

-Vou querer um pedaço de bolo de cenoura com recheio de chocolate, e uma água Porfavor.

Logo a seguir ele se retirou e meia volta trouxe o pedido, enquanto comia ficamos num momento de silencio e ele ficou a me apreciar; parece que essa é a sua arte preferida.

-Queres um pouco do meu bolo, não paras de o olhar? Perguntei para quebrar o silencio

-Não... pensando bem; eu quero sim. Mais só se fores tu a me dar na boca.

-Que espertinho, se for essa a condição esquece; e garanto que esta uma delícia.

-Sei muito bem disso; e também sei que não vais me deixar assim, tens uma boa oportunidade para saciar metade do meu desejo.

Risos -Vai sabendo errado, eu posso levar você até o último nível da tua vida.

-Sério isso! São raras as vezes que eu atinjo esse nível, e das muitas vezes que isso acontece é porque a minha satisfação foi bem saciada.

A sua exclamação me deixou inquieta, suas palavras tinham um tanto quanto de provocações por atrás de provocações.

-Tu não estas a pensar que o último segundo é quando...

-Eu não estou a pensar em nada. Disse sorrindo com os olhos

-O teu comentário não foi assim tão inocente.

-Claro que foi, teu pensamento é que saiu da linha dos bons pensamentos. E a proposito ele deve te mostrar aonde será o nível mais alto da minha vida; serão lenções da cor azul? Eu me identifico muito com essa cor.

-Não... ele continua na mesma linha.

-Mesmo... e como é que esta a ser?

-Senhor CALEB; para... você destorce tudo o que eu digo.

-Sem formalidades, eu vou parar, não gosto de ficar só na imaginação... eu adoro ver esse teu rosto envergonhado.

-Não é mal nenhum, você me deixa assim... e pedi para tu parares. Falai firme

-Tudo bem. Eu já parei

-Ainda bem... respondi brava; mais acredito que não cheguei a convencer ele

Parou de falar; mas continuou a olhar para mim. Não achei isso um problema, até porque eu estava a gostar desse gesto.

-Eu vou deixar o bolo...

-Não... se tu não queres me dar na boca então podes terminar, até porque o bolo é para você.

-Ganhaste, vou te dar um pouco do bolo.

-Posso escolher a forma de como vai ser entregue?

-Claro que não. Respondi deduzindo que o que viria não seria boa coisa.

(risos) -Esta bem.

Ele se encostou ao meu lado e em seguida dei-lhe o bolo; que foi recebido deliciosamente bem.

...

-Obrigado, esta mesmo muito bom; imagino se eu recebesse de outra forma seria ainda melhor.

-É um simples bolo. Falei me ajeitando na cadeira -E só o dei porque realmente esta mesmo bom.

-E agradeço, insistindo que se viesse dos teus...

-Pode parar senhor. Fiz gesto com as mãos e nos colocamos a rir

Dei uma respirada funda e rápida para me concentrar e resultou. -Senhor CALEB?

-Já pedi, vamos esquecer essa formalidade, e me chama só pelo meu primeiro nome TIRSO; -podes dizer senhorita NEKIZA DIAS.

-Esta bem, já ia me esquecendo. Bem; se calhar não é o momento, mais a maioria das vezes nunca sabemos quando é... então, podes me dizer o que é que te trouxe na empresa; tipo qual é o vosso projeto na verdade?

-Sem problemas, podemos falar sobre isso. Bem... no decorrer da semana as coisas lá na empresa já devem ter seguido rumos diferentes por causa do trabalho que apresentamos na segunda-feira.

-Sim.

-O trabalho que trouxemos é um dos que foi aprovado pela JAAT,PROJECTS a empresa de engenharia esta a ser no momento um grande apoio, um suporte para iniciar com o projeto; o que é bom. Nós ficamos durante 2 anos a procura de apoios e por último veio a ideia de abandonar tudo, tipo vender o que já havíamos construído. Mais os meus colegas deram muita força principalmente a MARCIA foi ela quem mandou a proposta lá na empresa e quando foi aceite nem quis acreditar. Todos ficamos muito entusiasmados e não paramos; foi o momento em que as portas de todas as oportunidades começaram abrir, pois com os outros trabalhos que nós apresentamos em várias universidades algumas e por acaso a que a senhorita frequenta também nos contactou. Por isso a nossa presença de igual modo lá.

-Isso é muito bom. Tenho o conhecimento de que será uma empresa de escritórios para arquitectos. Contam comigo para vos solicitar um trabalho. Ok

-Sem problema minha gestora, eu estarei com você lá.

-Como é que será o nome da vossa companhia?

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