Capítulo 6 - Nathasha

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Acordei no outro dia com pouca claridade, pois as cortinas estavam fechadas. Me levantei e não demorei de encontrar o banheiro, após sair, acordei a Manu que parecia não entender onde estava, mas logo percebeu. Sorri e disse:

- Bom dia bela adormecida, vamos começar nosso trabalho?
- Só funciono depois do meu café. Vamos?

Depois da Manu ir ao banheiro e nós duas escovarmos os dentes, saímos a procura de uma lanchonete. Como -literalmente- havíamos acabado de nos mudar, não tínhamos nenhuma comida em casa. Prendemos nossos cabelos em um rabo de cavalo e fomos pra rua. Uma quadra do nosso apartamento, adentramos em um pequena, as aconchegante, lanchonete. Era feita de tijolos e seu papel de parede era em formato de quadrinhos de todos os tipos. Sentamos perto de uma parede e as duas encostamos nela, evidenciando nosso cansaço. Eu pedi um chá de erva-doce e ovos mexidos, odiava café preto puro. Já a Manu pediu um café com leite e um sanduíche de queijo.

Comemos em silêncio, depois voltamos ao apartamento.

- Então Nathi, vamos desfazer nossas malas, depois compramos comida, ok?
- Tá bom, mas antes vou tomar um banho.
- Boa ideia.

Levei minhas malas para o quarto, e antes do banho fui observar o apartamento. Fui pra porta e me virei como se estivesse entrando nele pela primeira vez. A primeira coisa que se via era a sala a direita, um sofá grande preto estofado, uma telvisão média, uma mesinha de centro de madeira escura e duas poltronas azuis. No meio dela, tinha uma mesa que cabiam seis pessoas, com vista para a rua.
A esquerda, tinha uma passagem, sem porta, para a cozinha. Ela continha uma mesa pequena para no máximo quatro pessoas, um balcão, uma pia, microondas, uma geladeira prata, fogão e o armário para os prtos, talheres e copos que não existiam. Ao fundo dela, tinha a lavanderia, que cabiam duas pessoas, tinha tudo o que era necessário se ter em uma lavanderia. Sai e voltei a sala, e depois da mesa, havia um corredor. Seguindo por ele, a esquerda tinha o quarto de visitas, que continha uma cama de casal, um armário e duas mesinhas em cada lado da cama. Saí do quarto e dei dois passos para encontrar, a direita, o quarto da Manu, que era igual ao outro quarto, com um diferencial, era uma suíte, tinha um closet, uma estante, sem o armário e tinha vista para outra parte da cidade.
Em frente, havia o meu quarto. Igual a da Manu, com a vista parecida, uma parte da cidade, um parque e ao longe um lago. Entre os nossos quartos, tinha um banheiro para as visitas.
Comecei a desfazer a minha mala e peguei o que eu ia precisar para um banho rápido. Depois, comecei a arrumar as minhas coisas. Na hora do almoço, já tinhamos guardado tudo no closet, espalhado algumas fotos pela casa e só. Iríamos precisar comprar muitas coisas.
Almoçamos na mesma lanchonete e seguimos rumo ao mercado. Enquanto andávamos, a Manu parou e disse:

- Você já percebeu que não conhecemos nada daqui e não sabemos onde tem um mercado?

Eu ri alto com o que ela disse e falei:

- Caramba, é verdade, eu nem sei direito aonde estamos.
- Andamos pra esquerda durante cinco minutos depois da lanchonete.
- Sorte que não fomos longe. Ah, sabe aquele cara gato que encontramos no aeroporto? O Rodrigo?
- Sei, ele é lindo e tem um sorriso que molha calcinhas.

Ri e disse:

- Só você Manu. Então, ele me passou o número dele porque se precisarmos de alguma ajuda, ligarmos pra ele. O que acha?
- Sim, claro!!!!!! Liga logo Nathi.

Manu me apressava tirando meu celular da bolsa. Peguei o aparelho de sua mão e disquei o número do Rodrigo. No terceiro toque ele atende.

- Campbell.
- Oi Rodrigo, é a Nathasha do aeroporto, tudo bem?
- Ah, a Nathasha que dorme em pé. Estou bem, e você?
- Bem também. É o seguinte, eu e a minha amiga não sabemos onde encontrar nada, será que você poderia nos ajudar? Precisamos comprar mil coisas.
- Claro, me fala onde vocês estão que eu vou encontrá-las.

Passei o endereço de onde estávamos e em 20 minutos ele apareceu. Ele desceu do carro e nos cumprimentamos, vi que a Manu olhava diferente pra ele, fiz uma nota mental de conversar com ela depois sobre isso. 

- Então gringa, estão precisando do que? 

Ri do que ele disse. No dia que nos conhecemos, ele já começou com esse apelido. Rodrigo era simpático e parecia ser uma pessoa boa, espero estar certa sobre isso. 

- Não sabemos onde fica nada e precisamos comprar muitas coisas. 

- Bem, vou ligar para o meu sócio e falar que não vou mais aparecer hoje. Ai posso ajudá-las com tudo. 

Ele foi abrindo a porta do carro para entrarmos, quis empurrar a Manu para ir na frente, mas a safada correu para o fundo. Revirei os olhos e me sentei no banco da frente ao lado do Rodrigo. 

O resto do dia foi bem agradável, compramos vários objetos para a nossa decoração, o que estava faltando e por últimos fomos ao mercado. Rodamos por um bom tempo, aproveitando para conhecermos e nos familiarizarmos com o lugar. A noite, o Ro, já estávamos íntimos, nos levou para casa com toda nossa tralha e arrumamos um pouco. Pedimos comida chinesa e comemos enquanto víamos south park, eu era viciada e pelo visto o Ro também. A Manu achava muito idiota, mas eu via que ela achava um pouco engraçado também. Depois de terminar, eu fui para a cama deixando os dois a sós. 

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Oi gente, tudo bem? Eu sei que é chato, mas gostaria de saber o que vocês estão achando. Um beijo, até o próximo capítulo. 

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