27:Clã Soulless

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Eu tenho estas perguntas sempre passando pela minha cabeça
Tantas coisas que eu gostaria de entender
Se nós nascemos pra morrer e todos morremos pra viver,
Então qual o objetivo de viver a vida se ela só se contradiz?
Eu senti a escuridão enquanto ela tentava me destruir
O tipo de escuridão que assombra uma casa de cem anos
Eu luto com os meus pensamentos, eu apertei a mão da dúvida
Correndo do meu passado, eu estou suplicando:
Pés, não me falhem agora...
The Drug In Me Is You-Falling in Reverse.

"-Nico Di Ângelo, você aceita Clara Victoria Saidon Blair como sua legítima esposa?-perguntou meu Pai.

-Aceito.-respondeu Nico, sorrindo, seus olhos negros faiscando.
Sorri.

-E você, Clara Victoria Saidon Blair, aceita Nico Di Ângelo, como seu legítimo esposo?

-Aceito.-respondi sorrindo.

-Bem.... Pode beijar a noiva.-disse James sorrindo perversamente.

-O-o que?-perguntei horrorizada, olhando em volta.

Não estávamos mais na beira da praia. Não havia mais o arco de flores acima de nós. Não havia mais os convidados. Não havia mais meu Pai.

Agora estávamos em uma colina de grama morta. O céu cinzento. E o vento batia em meu rosto violentamente, fazendo meus cabelos voarem para todos os lados.

Meu vestido branco e longo, foi substituído por um vestido negro. As mãos frias que seguravam as minhas não eram mais a de Nico. Eram as de Christopher.

Seus olhos estavam vermelhos brilhantes e sorria, deixando as finas e longas presas à mostra.

A risada de James ecoava no local, se misturando com o uivo do vento.

Tentei me afastar, mas meus pés não saíam do chão.

De repente, sinto uma dor lancinante no meu estômago.

Meu grito se mistura ao vazio. Estou sozinha agora.

Apenas eu, a colina e o vento.

As lágrimas frias escorrem dos meus olhos. Meu corpo queima lentamente.

Levo a mão à minha barriga, tocando em um cabo de prata de uma adaga. Sangue se misturava ao meu vestido.

Caio no chão, olhando para o céu cinzento, sentindo o sangue brotar.

E então, tudo escureceu. Eu morri. Mas logo senti como se estivesse sendo sugada por algo, me puxando de volta à vida.

Abri os olhos e encontrei os olhos de Joanna. Levantei a cabeça de seu colo, sentido-me meio zonza, mas incrivelmente bem. Meu peito arfava em busca de ar e minha boca estava com um gosto familiarmente bom.

-O-o que aconteceu?- perguntei.

-Você meio que entrou em coma. A falta de sangue estava te afetando.-falou e vi um copo com um canudo em suas mãos.-É sangue. Eles tem um estoque em uma sala.-falou e me entregou o copo para mim.

A Semideusa #2Onde histórias criam vida. Descubra agora