38:Porque,o amor dói...-Último Cap.

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Nico Pov's:
O sangue se espalhava pelo seu vestido, tornando o pano ainda mais escuro. Escorria por sua mão, que segurava o cabo do punhal de prata, que estava enterrado em sua barriga.

Ela arrancou o punhal e fitou o mesmo por alguns instantes, antes de soltá-lo.O mesmo caiu na grama escura com um ruído seco.

Vejo o corpo de Clara cair para trás e a aparei para não bater a cabeça no chão, me ajoelhando ao seu lado.

-Clara... Não feche os olhos, olhe para mim...-chamei segurando seu rosto entre minhas mãos.-Vai ficar tudo bem...

Ela balançou a cabeça, com os olhos úmidos.

-Nico...Eu não.... Eu...-sussurrou com dificuldade, buscando ar.

-Não, não fala nada, só... Alguém, faz alguma coisa!!-gritei com desespero na voz, sentindo meu rosto sendo lavado pelas lágrimas,que escorriam uma à uma.

-Nico... Não há nada que possamos fazer. Ele acertou um dos chacras dela. Ela não vai virar pó, mas... Acabou.-murmurou Sofie.

Vi Clara suspirar, fechar os olhos e sua cabeça tombar para o lado, enquanto seu sangue escorria e pingava na grama.

Meu corpo tremeu de raiva e me levantei, pronto para acabar com aquele imbecil, quando vejo Percy com sua espada enfiada na garganta de Christopher e a adaga de Rachel em seu crânio.

Sua face estava deformada pelo ódio e ele retirou as lâminas no corpo de Christopher, que caiu de bruços no chão.

Ele soltou um chiado fino e agonizante, enquanto sua pele queimava e se deteriorava em pó negro e cheiro de enxofre.

Meu peito subia e descia, descompassado.

Limpei uma gota de sangue em meu rosto e me virei para o corpo sem vida de Clara.

Estava pronto para pegá-la em meus braços e dar o fora dali, quando ouve uma explosão e tudo ficou branco.

Senti meu corpo sendo arremessado e bater na parede.

Senti meu braço latejar e me sentei.

Ainda estava tudo branco, e um vento forte soprou furiosamente no local.

Minha visão começou à se tornar mais clara e o branco completo havia sumido.O vento havia sumido. Inclusive a aparência morta e sombria do lugar, agora substituído por uma grama verde e brilhante, árvores de cores vivas e normais.

O céu se tornou um pouco mais claro, mas não abandonando seu tom cinzento.

Ouvi um barulho atrás de mim e me levantei num pulo, me afastando do castelo, que desmoronava.

Olhei para os outros, que continham o mesmo olhar confuso e incrédulo que o meu.

No fim, restaram apenas os destroços do grande e sombrio castelo do Clã Soulless.

Me aproximei de clara e a peguei em meus braços, ignorando a dor pulsante em meu braço direito.

Um raio caiu na grande e Estranha árvore-mestre da floresta.E pode apostar que aquilo não era obra de Zeus.

A mesma, começou à se despedaçar, até não sobrar nada.

Observamos a cena em silêncio, até que uma Voz feminina o quebrou.

-Sinto muito pela garota. Na verdade, não, não sinto. De qualquer forma, Miranda agradece. Não ela, mas todo o tártaro e o Reino dos Marcados, que era realmente um saco ter que ficar ouvindo Miranda e suas picuinhas sobre sua maldição e a forma de quebrá- e como era tedioso ficar presa nessa floresta.-falou a guardiã de Miranda, sem a forma encapuzada assustadora, mas sim na forma da menininha.

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