Tom pov's
2 dias, se passaram 2 dias depois da morte de Mia, e até agora, não encontraram o corpo dela. Como, porque, porque ela?
Essas perguntas não param de passar pela minha cabeça
-TOM!- me assusto com o grito- Céus! Está viajando!?!? Eu tô aqui a uns cinco minutos minutos te chamando e você não responde!-bufa- vamos logo! O enterro de Mia já vai começar! Ou você quer chegar atrasado?
- Eu não vou.-falo o olhando seriamente
-oque? Como assim não vai?
- Eu vou mais tarde, Bill. Quero ir sozinho
- Tudo bem, eu entendo que você quer ficar "sozinho" com ela, e tals... Mas oque a imprensa vai pensar disso?
- Fodasse. Fodasse oque a imprensa fala, pensa, posta, não tô nem ai! Quero apenas ficar sozinho, refletir
-tudo bem, estamos indo- vem andando em minha direção- Só não se esqueça, ela te odiaria ver desse jeito- da um beijo em meu cabelo- se cuida, tabom? Já já voltamos
Eu o vejo saindo e fechando a porta com delicadeza, segundos depois, ouço o barulho da porta de entrada se fechando.
É tão estranho pensar que, o amor da minha vida, simplesmente... foi embora.
Vou demorar muito tempo para raciocinar isso. Esse sentimento, é péssimo, horrível, o pior que eu já senti!
-droga, droga, droga, DROGA! PORQUE ELA? JUSTO ELA! Porque, a minha moreninha?
.....
O tempo não curava.
Mentiram para ele. Repetiram isso tantas vezes que parecia regra. "Vai passar", diziam. "Com o tempo, a dor fica mais leve." Mas Tom Kaulitz sabia, com a certeza de quem sangra por dentro todos os dias, que não havia antídoto para a ausência.
Ela se foi. E levou tudo.
O funeral aconteceu há dois meses. Um velório discreto, como ela teria preferido. Família, amigos, colegas próximos. Abraços vazios, olhares quebrados, flores demais e palavras inúteis.
Tom não conseguiu falar naquele dia. Sua garganta parecia costurada por dentro, os olhos secos de tanto chorar nos dias anteriores. Ele ficou parado, ao lado do caixão fechado, encarando a madeira escura como se ela pudesse, a qualquer momento, se abrir e devolvê-la. Como se aquilo tudo fosse apenas um pesadelo mal calculado do destino.
Mas não era.
Ela estava mesmo morta.
E ele ainda estava vivo.
Desde então, ele não voltou ao cemitério. Não suportava a ideia. Era como oficializar, confirmar o que ele se recusava a aceitar. Durante dois meses, se trancou em casa, evitando olhares, vozes, qualquer coisa que o puxasse de volta para o mundo. O único lugar onde ele se sentia perto dela era ali: na solidão, no silêncio, nos objetos que ainda carregavam seu cheiro.
Mas naquela manhã, alguma coisa mudou.
Tom acordou com o coração inquieto. Olhou para o teto por longos minutos, como se esperasse um sinal. A casa estava mergulhada em silêncio. O mesmo silêncio opressor que preenchia cada cômodo desde que ela partiu.
Ele se levantou. Vestiu uma camiseta preta, a jaqueta de couro que ela gostava nele, e pegou o violão.
Não sabia exatamente o motivo, mas sabia onde precisava ir.
Pegou o carro e dirigiu sem dizer uma palavra. A cidade parecia desbotada. As árvores, as ruas, os prédios... tudo sem cor. Como se o mundo tivesse entrado em luto junto com ele.
Ao chegar no cemitério, o coração apertou.
As mãos tremiam.
Era um sábado de sol fraco. Um casal mais velho saía em silêncio, carregando flores nas mãos vazias. Uma senhora sozinha regava uma lápide com cuidado maternal. Mas, no geral, o lugar estava vazio.
Como ele queria.
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-𝑂𝐵𝑆𝐸𝑆𝑆𝐸𝐷- 𝗧𝗼𝗺 𝗞𝗮𝘂𝗹𝗶𝘁𝘇
Romance𝙪𝙢𝙖 𝙢𝙚𝙣𝙞𝙣𝙖 𝙘𝙝𝙖𝙢𝙖𝙙𝙖 𝙢𝙞𝙖 𝙘𝙤𝙢𝙚𝙘̧𝙤𝙪 𝙖 𝙢𝙤𝙧𝙖𝙧 𝙚𝙢 𝙪𝙢𝙖 𝙘𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙙𝙖 𝙖𝙡𝙚𝙢𝙖𝙣𝙝𝙖, 𝙖𝙨𝙨𝙞𝙢 𝙫𝙞𝙧𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙫𝙞𝙯𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙙𝙚 𝙩𝙤𝙢 𝙚 𝙗𝙞𝙡𝙡... 𝙚𝙡𝙚𝙨 𝙚𝙧𝙖𝙢 𝙢𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙖𝙢𝙞𝙜𝙤𝙨( 𝙗𝙚𝙨𝙩 𝙛𝙧𝙞𝙚�...
