A MALDIÇÃO DO ESPELHO

CAPÍTULO #1

{POV ~ Megan}

- Olive, você não tem ideia de como estou ansiosa para esta pesquisa!!

- Eu sei!! O professor também me ligou, e eu vou junto com você!!!

[As duas gritam juntas, histericamente]

- Eu sempre achei que Londres era uma cidade muito misteriosa... Agora, se a pesquisa der certo, eu vou poder comprovar que essas coisas não tem nada de magicas, ou sobrenaturais. São só... Ciência!!

Eu sempre quis ser cientista. Desde que eu me entendo por gente, eu acho. Enquanto as outras meninas de sete anos brincavam de boneca, eu dessecava sapos ou descobria aonde o cachorro fez cocô. Pode me achar louca, nojenta ou qualquer outra coisa, mas é a realidade: Eu nasci pra isso.

- Sabe, Meg, nós sempre fomos amigas, mas quando eu fui na sua festa do pijama do quinto ano, e vi você com aquela sua luneta... Soube que não seríamos apenas amigas... Mas MELHORES amigas!!

- Verdade Olive!

- Olive Stevens, o sr. Cuttel a aguarda para a entrevista!

"Boa sorte amiga" - eu sussurrei pra ela - " E não esquece que vamos ser sempre amigas" - eu disse piscando.

"Sempre amigas" - ela respondeu também piscando.

Olive entrou na sala e eu comecei a me auto-acalmar. Na minha mente eu me dizia coisas como " você vai conseguir" ou "Essa é a oportunidade da sua vida" e até " Você não estudou por sete anos em Harvard para amarelar agora"

- Esta nervosa? - perguntou um garoto de mais ou menos uns 25 anos.

- Por que eu estaria nervosa?

- Talvez porque você está falando sozinha...

- Eu não estou falando sozinha! - eu disse brava.

- Está falando com quem então?

- Ta bem, você me pegou...

- Pode deixar, eu guardo seu segredo. Na verdade, eu também falo sozinho quando estou nervoso. Quer dizer, além de roer as unhas - ele disse e depois ficou vermelho enquanto eu ria.- A propósito, meu nome é Richard. Mas pode me chamar de Rick.
- Megan. Mas pode me chamar de Meg.

Quando eu apertava sua mão, Olive saiu da sala do sr. Cuttel, e parecia estar tranquila, diferente de quando ela entrou. Ele sabe deixar as pessoas a vontade.

- E aí amiga, como foi? - eu perguntei a ela deixando o garoto sozinho.

- Eu consegui!!!!!!!!!!!!!!!!!!

[Mais uma vez, gritinhos histéricos]

- Megan Williams, o senhor Cuttel a aguarda - disse a secretária.

Eu entro no corredor, paro na frente da porta escrito "Cuttel", respiro fundo, e bato na porta.

- Entre - ele diz.

- Bom Dia sr Cuttel eu...

- Tecnicamente, Megan, já é boa tarde, e por favor, me chame de Mark.

- Tudo bem, Mark, como o senhor deve ter falado com a Olive, eu queria sua...

- Permissão para fazer a pesquisa dos recentes acontecimentos estranhos na zona Leste de Londres. Sim, a Douta* Stevens já me solicitou a permissão.

- E então...

- Você pode, mas, SE...

- Se...

- Se você me fizer um favor enquanto estiver por lá.

- Tudo bem, pode pedir!

-Olha, eu preciso da sua palavra, que vai manter isso em COMPLETO sigilo, e que não abra a entrega, e muito, muito cuidado mesmo, para não entregar no lugar errado.

- Está bem, tem minha palavra. Bom, o que eu preciso entregar, e aonde?

- É esta carta - ele disse me entregando uma carta endereçada a " Ronald Bílius Weasley" - Você precisa coloca-la na cabine telefônica que fica ao lado da entrada dos túneis do trem, e digitar o código. Depois você sai e espera a carta desaparecer, entendido?

- Entendido... - eu disse mesmo sem entender nada - eu só preciso saber qual é o código.

- Ele está aqui, neste pequeno envelope, eu preciso que você abra esse papel apenas na hora em que for enviar a carta, está bem?

- Está bem. Senhor, então... Eu posso fazer a pesquisa, não é?

- É claro! Pode se retirar, Douta Williams.

- Mark, só mais uma coisa.

- Pode falar.

-Eu não posso citar isso no relatório, já que a carta vai sumir?

- Não, Megan, lembre-se este favor é sigilo completo! Nem sua sombra pode saber!

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* Douta - é o mesmo que cientista, vocês vão ouvir muito esta palavra ;)