Capítulo 7 - Rival

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LuHan não estava planejando ficar tão irritado quando teve a ideia de seguir SeHun. O loiro acabou seguindo o outro até o restaurante do hotel onde, em uma mesa mais afastada e completamente lotada, vários homens bem vestidos e com expressões sérias – poucas vezes expressavam algum sorriso – estavam reunidos junto das duas pessoas que interessavam o loiro chinês. Parece um encontro de SeHun's de todas as idades..., LuHan refletiu após notar que todos eram sérios demais.

SeHun estava ao lado da tal Kya, sua prometida, a garota era bonita e parecia ser tímida. Sorria acanhada e corava toda vez que recebia um sorriso pequeno por parte do coreano. E os sorrisos de SeHun era o motivo do ciúme do chinês.

O loiro estava tentando, de forma bastante infantil, esconder-se atrás do prato que fora posto em sua mesa, seus olhos semicerrados e avaliativos encaravam a cena estupidamente romântica que aqueles dois protagonizavam. Esse bastardo! Nunca me deu comida na boca ou sorriu tanto!, resmungava em pensamento, odiando ver SeHun agir de forma tão apaixonada com aquela garota. O chinês não iria aceitar aquilo, pois considerava que era tudo o mais puro fingimento.

Estava cerca de quatro mesas longe do coreano de expressões impessoais, mas este já havia visto LuHan desde que sentara ali, o chinês poderia tentar o quanto quisesse soar sutil, mas era algo tão estúpido, que seria impossível para SeHun não notar.

Entretanto, as aparências precisavam ser mantidas. O moreno olhou para a garota pequena ao seu lado e forçou mais um sorriso, tocando a mão dela com a sua. – Que tal irmos passear hoje, Kya? – Indagou com um tom amável, tinha que ser gentil com ela para fazê-la feliz. Era o que tinha que fazer como um futuro homem de negócios.

A garota corou ao ver as mãos unidas e sorriu para o outro. – Adoraria! – Ela respondeu com animação moderada.

Wu Kya era norte-americana, nascida na cidade de Nova Iorque, mas passara a infância na China a pedido do pai; sua mãe era americana, como ela, mas continuara no país de origem por não se ver morando em outro lugar, mas se esforçava para ver a filha sempre. Já na adolescência, a garota decidiu morar com a mãe e ali estava, era muito bem educada e uma dama criada para a alta sociedade, era elegante e simpática, além de ser uma garota extremamente bonita.

Seus traços miscigenados eram o que mais chamava a atenção de todos, tinha olhos rasgados graças aos genes de seu pai e sua pele era branca como a mais cara porcelana, seus cabelos hoje eram em um tom mel, mas ao natural eram de um negro tão escuro quanto uma noite de inverno. Seu corpo era pequeno, pois puxara a altura da mãe americana, magra, mas com curvas bastante acentuadas, busto médio e pernas delineadas, coisas que havia conquistado na adolescência junto de várias idas à academia.

Era uma bela mulher, de fato. LuHan a observava ser guiada cordialmente pelo seu grande amor até a saída do restaurante do hotel, usava um belo vestido rodado, mas preso com um cinto fino que delineava a cintura, seus cabelos estavam soltos e apenas duas tranças mais ao alto impediam que as mechas menores caíssem sobre seu rosto levemente maquiado e corado enquanto sorria para o garoto mais alto ao seu lado. Biscate!, LuHan xingou enquanto seu tom de pele ia mudando da cor natural para um vermelho de raiva, vou acabar com essa palhaçada hoje mesmo!

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LuHan com certeza estava disposto a acabar com o encontro de SeHun e Kya, mas ele não tinha coragem de chegar perto deles. O rapaz estava realmente seguindo o casal, estava há uma boa distância deles, mas era o suficiente para ver toda a gentileza do moreno para com a moça. O garoto xingava consigo mesmo em mandarim toda vez que SeHun fazia algo que pudesse arrancar suspiros da mulher ao seu lado e, é claro, que toda vez que o chinês começava a murmurar sozinho no meio da rua, as pessoas olhavam para ele.

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