Capítulo 8 - Desistência

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De volta ao lar. LuHan pensou assim que chegou em frente a casa da família Oh com um suspiro. Ligara para a mãe de SeHun assim que chegou ao hotel em que estava hospedado, dizendo que precisava voltar logo para casa e logo a mulher providenciou a volta do garoto, claro, ela fez isso tão rápido por causa do choro incontrolável que ouvia pelo telefone.

LuHan estava mais controlado agora, incrivelmente sério e mal sorria enquanto levava as poucas malas com as duas mãos para dentro da mansão. A viagem fora longa, o suficiente para que ele reavaliasse seus conceitos sobre aquele amor que sentia por SeHun, aquela coisa doada e nunca notada. Aquilo não era amor, era ser estúpido.

Certa vez uma história foi contada, antigamente acreditava-se no Cúpido. Um deus grego alado que espalhava amor para todos, ele mesmo se apaixonou e por uma mortal... Mas até o Cúpido foi rejeitado. O próprio pai do deus do amor quis que Vênus se livrasse do filho, pois sabia dos problemas que alguém com o poder de dar amor aos outros poderia trazer. Se até o Cúpido, o ser que, desde que nascera já deixava claro a felicidade que traria aos mortais e deuses do Olímpio, fora rejeitado - e pelo próprio pai! - por que LuHan, um mero chinês que se dedicou tanto a alguém, não poderia?

Mas, para o Cúpido, a história terminou bem. Meu Cúpido deve ser um idiota que me faz pagar pelos infortúnios de todo mundo!, o loiro pensava com irritação enquanto acomodava suas coisas na sala de estar.

- LuHan! - A voz era a da senhora Oh, a mulher estava aflita por não saber o que tinha acontecido, o chinês não havia detalhado nada do que acontecera e SeHun, como sempre, ignorou a mãe, nem mesmo atendia ao telefone quando sabia que era ela. - O que aconteceu, criança? - Ela indagou enquanto seguia até o adolescente e o abraçava com força, sabendo que, o quê quer que tenha o deixado tão triste, poderia ser amenizado com um abraço forte e reconfortante.

- Não foi nada, noona. - Ele disse ao forçar um sorriso mínimo. - As coisas estão claras agora, vou ficar bem. - Suspirou ao se afastar do abraço da mais velha. - Meu pai está aqui?

- Eu não avisei que você iria chegar agora, pensei que iria querer conversar um pouco. - Ela sorriu tristemente para o garoto, mas imaginava que naquele momento o chinês ainda estivesse afetado demais pelos acontecimentos em Nova Iorque para poder pôr para fora. - Ele foi para o restaurante, acho que tinha a ver com uma surpresa ou algo do tipo. Posso te levar lá se quiser vê-lo. - Ofereceu.

- Seria muito bom! - LuHan sorriu mais animado. - Estou com saudades dele. Vou só tomar um banho breve e trocar de roupas, volto já. - Ele avisou enquanto já ia em direção às escadas.

- LuHan? E as malas? Vão ficar aqui? - A senhora Oh forçou um tom de repreensão ao mais novo que apenas lhe sorriu.

- Não se preocupe com as malas, noona! Deixá-las aí irá poupar tempo! - Soltou sem se importar em explicar o que a sua frase significava e subiu para o quarto que chamava de seu naquela casa.

A mulher sozinha na sala olhou para as malas com uma careta, logo voltando a fitar as escadas com uma expressão apreensiva. - Ele não vai...? - Era para ser uma afirmação, mas a senhora Oh não tinha certeza do que aquilo tudo significava, era melhor esperar até que as coisas ficassem mais claras.

x-x-x

O carro se afundava no mais fúnebre silêncio. A senhora Oh segurava a língua para não perguntar logo tudo o que queria e LuHan apenas se deixava imergir em pensamentos sobre tudo.

O chinês nem ao menos notava que o caminho que seguiam era totalmente desconhecido para si. Mas, assim que o carro foi estacionado, LuHan notou onde estava.

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