O choro

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Era primavera, as folhas das árvores caíam enquanto os pássaros cantavam maravilhosamente, várias crianças estavam no parque com suas mães, sorrindo e correndo de um lado para o outro.
Eu havia dormido mais ou menos uns dez anos, em minha casa, ela era toda feita de nuvens bem branquinhas como um doce que é chamado algodão lá na terra, porque a minha casa é de nuvens? Porque sou um anjo então não poderia ser de tijolos como as dos humanos.
Olho para um pequeno espelho e me assusto com o ninho de cabelos pretos emarranhados, em minha cabeça, eu estava horrível! cabelo bagunçado, cara amassada, bom...eu nunca mudo, meus cabelos são bem negros ondulados, olhos bem claros, um verde quase transparente, e minhas asas são grandes e bem brancas, estou com o mesmo vestido da missão passada, vestido até o joelho branco.
Se sou perfeita? Para um humano eu sou, pra mim não!
Depois desses dez anos só uma coisa poderia me despertar, o choro da criança na qual eu iria cuidar, até o dia em que Deus quisesse leva-la para perto dele, meu objetivo é dar o seu dom que ele terá para o resto de sua vida e mostrar-lhe o caminho certo que é o da luz, guia-lo para escolher sempre a paz ao inves da guerra do amor ao inves do ódio para que sua alma possa vir aqui pra cima intacta das trevas. Em todas as vezes deu certo, nunca precisei tomar a forma humana para ajudar nenhum de meus protegidos e espero nunca precisar.
Fiquei sabendo que quem toma a forma humana pode nunca mais voltar, nunca entendi bem o porquê..
desco voando do céu o mais rápido que posso em direção ao hospital, fui tão anciosa que esqueci que estava desacostumada a voar, quase cai mais consegui chegar, quase perdi a respiraçao quando vi era um garoto! E muito lindo! moreno, cabelo liso e escuro, o mundo parecia estar em câmera lenta por alguns segundos enquanto eu olhava cada detalhe de seu rostinho inchado e sujo de sangue, o narizinho empinadinho igual o da mãe e os cílios? Oque dizer deles? Eram grandes e encantadores! pena que não consegui ver a cor de seus olhos pois ele ainda não conseguia abrir-los a sua boquinha era bem vermelinha e pequena mas dela saia o som mais lindo, que já ouvira o mais perfeito choro.
Fiquei assustada pois ele não parava de chorar e fiquei com medo de ter nascido com algum problema, mais assim que ele pode sentir o calor de sua mãe, ele parou de chorar, era uma sensação maravilhosa, a que estava sentindo naquele momento, até que parei de babar nele e fui logo tratando de lhe dar um dom, e claro eu pensei bem nesse dom e escolhi que ele seria um médico, o dom da medicina na qual ele possa salvar vidas!
Assim que dei o dom pra ele, logo voltou a chorar, meu Deus como ele era abençoado! Nunca em minha vida havia me encantado tanto com uma criança como naquele dia. ele era encantador!
Deve estar se perguntando aonde está o pai, bom ele desmaio pois não aguenta ver sangue, John um homem alto de cabelos loiros e olhos claros azuis infelismente perdeu o parto.

Então provavelmente o médico um homem alto moreno de olhos cor de mel se aproxima da mãe.

- Evillin, ele é lindo, meus parabéns! Qual será o nome?_ pergunta dirigindo lhe um sorriso de orelha a orelha.

-Obrigada ele me encantou._diz secando as lágrimas - meu pequeno irá se chamar Miguel Henrrique.

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