Capítulo treze

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Bryan


Ando de um lado para o outro no corredor do hospital,estou desesperado por notícias mas até agora ninguém apareceu para me informar nada.Passo as mãos pelo meu rosto,o nervosismo e a ansiedade estão tomando conta de mim e não sei como agir.Preciso saber como ela está,pelo o que minha mãe disse,ela não está correndo risco de vida,mesmo assim estou preocupado.

Escuto passos vindo em minha direção e quando olho para o lado,vejo Jorge e Natan surgindo no corredor,assim que se aproximam olho para Jorge ignorando a presença do Natan,então peço para ele me acompanhe.Caminho então para um canto do corredor e Jorge me segue.

-Como isso foi acontecer com ela?Onde estavam os seguranças,eles deviam proteger-la.-Falo bufando e soco a parede a minha frente.Jorge bate em minhas costas como se tentasse me ajudar de alguma forma.

-Bryan,você tem que parar de querer ficar se culpando pelo fato da Débora ter sido atropelada.-Ele diz enquanto passa a mão pelo seu cabelo,depois volta a me encarar seriamente.-Isso foi um acidente,se existe um culpado,existe mas ele não é você,o fato dos seguranças não estarem perto foi porque você mesmo que pediu para que eles ficassem distantes,não deu tempo para evitar tudo isso.Pense agora que sua irmã e o bebê estão bem e depois com mais calma encontraremos a pessoa que a atropelou.-Ele diz se afastando e vejo ele caminhando até o Natan que está sentado na poltrona.

Me encosto na parede cruzando meus braços,então começo a lembrar do momento em que minha mãe disse que a Débora tinha sido atropelada por um carro em alta velocidade.Não paro de pensar em seus olhos cheios d'água ao dizer que precisávamos ir rapidamente ao hospital,foi tudo muito rápido num momento dona Sarah chega com a roupa suja e ensaguentada em casa no outro estou num corredor esperando por notícias da minha irmã.Minha mãe está no quarto em repouso,pois ela acabou desmaiando quando soube que o estado da Débora poderia ser grave,só de imagina tudo o que ela viu meu coração fica apertado.Não me deixaram entrar na UTI,só me disseram que Débora teria que ficar lá,pois alguns ferimentos poderiam ser graves e talvez precisa-se de cirurgia.

Escuto então um celular tocando e olho em direção ao Jorge e ao Natan,os dois começam a colocar a mão nos bolsos a procurar pelo aparelho,Jorge então se levanta e atendi ao celular.Vejo que ele começa a ficar nervoso com a ligação,mas começo a prestar atenção na conversa quando ele pronuncia o nome da Melissa.Ele me olha de soslaio e nesse momento posso ter certeza que esse assunto é do meu interesse,só espero que desse vez seja uma boa notícia.

Não estou aguentando mais todos esses problemas,como se já não fosse o bastante o desaparecimento da Melissa,sempre a situação pode ficar pior do que já está.Depois de três meses sem ter uma única notícia boa,aprendi a sempre pensar no pior primeiro.Jorge então começa a ficar agitado e faz algos gestos com sua mão,vejo que ele está ordenando algo mas não consigo entender o que é.

Ele então desliga o celular e respira fundo,olho para ele desconfiado.Jorge então se vira na minha direção e vejo o quanto ele está sério.-O atropelamento da Débora não foi um acidente e sim um atentado!!!

-O que?!-Escuto a voz do Luiz surgir no corredor e não sei como agir nesse momento,estou até agora tentando dissolver essa informação,mas o susto que ela me causou foi maior-Me responda Jorge,porque tentaram matar a Débora?-Luiz fala alto e me viro para encara-lo,só então percebo dona Carla ao seu lado.

Me desencosto da parede e caminho para o lado de Jorge-Calma Luiz,o Jorge irá te explicar-Falo tentando acalma-lo,mas vejo que ele me encara furioso.Sei que no lugar dele ficaria do mesmo jeito,só que esse não é o momento para discutirmos muito menos brigarmos.

Vou esperar por ti - Obra Pausada/sem previsãoOnde histórias criam vida. Descubra agora