Capítulo 06

8 1 0
                                    


Pela manhã tentei disfarçar o melhor que eu pude na empresa, aquela cena parecia que não queria sair de minha cabeça, como poderia um demônio se apaixonar por um anjo. Olhei para a direita e lá estava ele, vindo em minha direção, ele estava de palito, sua calça estava meio apertada onde dava volume em suas coxas, ele estava muito bonito. Ele olhou pra mim sem jeito quase se ajoelhando e pedindo desculpas de joelho pelo ocorrido de ontem à noite.

Eu não poderia me expressar do jeito queria não depois do que eu descobri o que ele era de verdade, então falei para ele que imprevistos acontecem, ele pegou minha mão e a beijou e saiu indo para seu escritório.

Quando estava quase me levantando para poder me alimentar, Raul um homem baixo e de cabelos negros, me chamou e me entregou uma carta, tentei perguntar de quem era a carta, mas ele não quis me dizer nada e saiu. Desci e fui ao banheiro levando minha bolsa onde tinha meu lanche, que é lógico não podia esquecer-se da minha bolsa de sangue.

Entrei em um dos boxes e abri minha bolsa, dei um pequeno furo no saco e comecei a beber meu lanche e abrir a carta. E quando olhei, adivinha de quem era. Era dele, e logo comecei a ler.

De Nithel P/ Rachel

''Oi Rachel, só queria pedir desculpa por ontem, tive que sair correndo e nem ao pior despedi de você, sinto muito e gostaria de me redimir, você aceita sair novamente comigo? Espero que sim. bjs me liga''

"Há ia esquecendo tem meu número dentro do envelope"

Meti a mão dentro do envelope e lá estava seu número, terminei de tomar o meu lanche, passei a mão em boca para tirar um pouco de sangue que estava em meus lábios, logo depois abri a porta do Box e fui lavar minhas mãos, tenho medo de me apaixonar mais acho que isso é mais forte do que eu, e agora o que eu faço, ele não pode se envolver comigo do jeito que eu o quero, ele é um anjo, e um anjo não pode ter relações com uma amável vampira, mas quando ele descobrir o que sou o que ele será capaz de fazer comigo, talvez o mais fácil pra ele será me matar, o que realmente devo fazer, já sei como o povo humano diz, vou deixar a vida me levar, mesmo que ele me leve a morte, nem quero pensar, se eu suspeitar de alguma coisa fora do eixo terei que atacar.

Sai do banheiro feminino, não tinha nada de importante para fazer, resolvi andar um pouco pela empresa, tentando desvendar o que eu devo fazer, ou como deixar agir o coração que é difícil quando você é uma caçadora e se alimenta de sangue. Nunca pensei, mas como deve ser o sabor do sangue de um anjo. Eles são tão lendários e antigos como a minha raça. Sendo que minha raça é criada para matar, mesmo que eu não goste, e tentando viver uma vida livre de confusões ou não, os anjos foram criados para protegerem os humanos que por sinal não se importam com ninguém e sim a si próprio.

Os anjos nos caçaram por muito tempo, onde mataram muitos de minha raça, só que descobrimos como vencê-los, eles não esperavam e muitos anjos morreram, não sei se eles morrem totalmente, mas escutei que eles sobem para o céu um lugar divino depois que perdem suas asas, mas o legal é que eles não podem retornar a terra, por ter perdido o corpo que os pertenciam, lá eles encontram o criador, não o meu certamente.

Estava retornando a minha mesa quando o vi, ele estava com aquela cara de anjo mesmo é isso que ele é lindo e sedutor. Meu anjo. Ele olhou pra mim sem jeito e me perguntou se eu estava bem. Eu não reparei, mas eu tinha ficado parada ao seu lado um bom tempo apreciando sua beleza.

Seria tão mais fácil se ele fosse um humano do que um anjo, sempre um vampiro deve ter alguns trunfos na manga, foi uma coisa que aprendi ao longo dos anos. Ele não conseguiu sentir a essência que havia dentro de mim por que já se tinha passado um longo tempo que eu tinha bebido.

– O que você deseja senhor. – Ele me olhou com uma cara.

– Senhor não Nithel para os íntimos. – Eu dei aquele sorriso de menina amarela quando esta apaixonada e que não tem nada a dizer. Ele falou pedindo.

– Tem como me entregar ainda hoje o relatório da empresa dos gastos do ano passado e desse semestre.

– Eu tenho guardado, entrego já na sua sala sem... Nithel. – Ele se virou e foi pra sua sala.

Entrei na sala de documentos da empresa e encontrei a papelada que Nithel tinha pedido. Quando ia abrir a porta para sair da sala o meu celular vibrar, puxo-o dos meus seios. Era uma ligação sem identificação. Fiquei meio apreensiva e coloquei o celular em meu ouvido. Quando escutei uma voz bem conhecida, era Lissa uma vampira loira que eu a detestava, ela faz parte de um grupo de vampiros em Nova York. Ela parece que sabe onde estar o que eu mais quero, e também onde estar o nosso futuro.

– Olá Rachel que bom falar com você.

– O que você quer. – Eu perguntei a ela, por sinal era uma cretina, nunca confiei nela.

– Seu irmão nos avisou que vocês sofreram um ataque de anjos, e liguei pra saber se estava tudo bem com você.

– Ok, diz logo o que você quer se não. – Ela me interrompeu.

– Se não nada é claro, temos uma coisa que você quer lembrar, e pra conseguir você tem que fazer um serviço não muito grande, mas muito perigoso. – Fiquei nervosa o que Rhafael contou para ela.

– Sim fala pode falar, e me prometa se eu conseguir o que você quer você irá cumprir com sua palavra.

– É claro dou minha palavra. – Eu odeio essa vaca loira, não sabe de nada.

– Como você consegue. – Ela me perguntou. Finge que não tinha escutado ela falar e disse.

– Desembucha e me diz o plano. – Eu disse a ela.

Ela me contou seu plano não era o que eu pensava que ela pediria pra eu fazer, é uma coisa pior que isso, uma coisa que eu mesma vou fazer que não seja legal. Não havia pensado nisso, mais se for à única maneira eu irei conseguir o que eu quero. Desliguei o celular, ela é muito burra mesmo o que ela não sabe é que eu a rastreei a ligação do local onde ela estava. Mas isso não é o melhor, o melhor é que sei como conseguir realizar minha tarefa, vai ser difícil, mais eu conseguirei.

Já tinha tentando esse plano antes e não havia dado certo, mas isso foi a algum tempo atrás, mas dessa vez não passará batido.

Sai da sala dos documentos e andei até a sala de Nithel e o entreguei a papelada, e quando eu ia fechando a porta da sala dele eu falei.

– Hoje as dez, onde você me levou, não precisa me levar eu irei até você. – Fechei a porta e escutei ele falar.

– Ok.

O tempo parecia não passar, estava contando os minutos e os segundos para acabar o expediente era mais ou menos 06h00 da noite, sai do escritório e fui caminhando pela rua wendeile, a caminho de casa quando meu celular toca, eu atendo e logo escuto uma voz me dizer.

– Rachel, Rachel, eu preciso muito falar com você. – Era a voz do Rhafael.

Amando a Raça ErradaOnde histórias criam vida. Descubra agora