Capítulo 16

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"Ah não importa já que em Televisa nem tivemos tempo de conversar, e eu queria estar na minha casa, senti falta dela... senti falta de muitas coisas"

Issoooooooo caramba! O que custa ser assim lindo? O que custa fazer essa carinha? E assim começamos a conversar muito, tinha ataques de riso contando-me do filme e de fofocas internas que claro nao intendia porque não estava la, mas já vale ver os seus olhos ou ver os tres tipos diferentes de sorriso que faz enquanto me conta algo..

Foi a melhor janta que tive em dias. Não me importava que não me dissesse nada de nós dois, ou de mim, não necessitava falar, podia se sentir na comodidade em que estávamos, no ritmo. Em como me olhava, ou acariciava a mão, em seu tom de voz ou seu humor, e eu quase ficando louquinha, mas é algo que também se desfruta e faz a espera ser mais gostosa.

"Foi bom que ficasse pra jantar.."

"Sim Ponchito ficaram ótimos seus sanduíches haha.. que bom que já voltou e acabou seu filme. já não estava dando muita atenção pra gente.."

" Fique quieeta sua tonta, não diga isso.. senti falta desses olhos..."

E já estava chegando muito perto

"E dessa boquinha..."

E meu deu um beijinho pertinho da minha boca..

"E senti falta..."

"Não não, basta Ponchito, porque se não não saio daqui"

Ele riu e me despedi com um beijo na testa e me fui, me fui feliz, quase sem ar, com palpitação a ponto de ter um infarto mas contente e sigo estando feliz. Por que fui embora? Não sei, em assuntos de Poncho sempre me ganha o coração.. e minha mente e meu corpo esta vez estiveram de acordo, assim que saimos voando dali.

Não sei se estou me protegendo para não sofrer, não sei se é o medo de nos fazer mal o que nos mantem nessa situação tão estranha, mas cada vez me convenço mais de que o medo de não ter essa vida ao seu lado é o que nos deveria mover a estar juntos...

Serei injusta dizendo que não sou completamente feliz?Serei mal agradecida com meu Deus por desejar ter mais uma benção?

Que mais faço?Quero chorar, quero me tirar esse vazio de dentro, quero sacudir-lo e lhe gritar que me queira, que não me ignore, que lute e brigue por mim. Já me dei por vencida, já não sei mais o que fazer.

Rodrigo não é meu namorado namorado, mas já não é só um amigo. Pouquinho a pouquinho foi ganhando um pedacinho do meu coraçã     o.... Mas não é o Poncho.
Me faz sentir querida, me entende, me fala e me olha nos olhos, ve além deles. Prefere as minhas necessidades, compartilhamos gostos e amigos...Mas não é o Poncho.

Ganhou o direito de conhecer um pouquinho de meus sonhos e meus medos, me protege e me quer, me quer muito...mas não é o Poncho.

E tenho o direito de tentar, tenho todo o direito de dar-lhe uma oportunidade a alguem que me tem apaixonado, é um homem bom, trabalhador, bonito. Mas não é a mesma luz, não tem os olhos mel com raios de verde, minha cabeça não se acostuma (molda) a seu pescoço, não cheira igual e seus beijos não me fazem igual.

Confesiones... (TRADUZIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora