Capítulo 6 - Elliot

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Acordei um pouco assustada. Estava sonhando com o meu pai. Ele andava pelas ruas em uma noite fria e totalmente em neblinada, eu o seguia – mas é como se ele não pudesse me ver. Eu o segui até que chegássemos a um armazém velho. Havia um homem esticado por quatro cordas grossas que prendiam suas mãos e seus pés. Percebi que o meu pai o torturava, mas quem era aquele homem e por que meu pai fazia aquilo? Finalmente, John retirou o saco posto na cabeça do homem e uma nuvem de perplexidade pairou sobre mim, justamente quando vi que era Adrian sangrando deliberadamente e em instantes apenas vi sua cabeça rolar pelo chão. Foi decapitado!

***

Estávamos nós três tomando e comendo o café da manhã na sala de jantar e eu nem havia percebido que começara a nevar, acordei tão assustada que não liguei. Alguém bate na porta e se não pela minha audição vampiresca, eu não ouviria. Adrian levantou-se para atender a porta, enquanto Will continuava a me explicar sobre os caçadores. Esse era o assunto há dias.

Quando Adrian retornou, um homem de cabelo curto louro espetado, olhos amarelos e pele tão branca como a de Adrian, estava ao seu lado. Levantei-me da cadeira imediatamente, minha expressão era de espanto total – eu conhecia aquele homem -, mas não lembrava o nome. Apenas sei que ele faz parte do clã dos Heavensfall. Will também se levantou e o rosto demonstrava raiva.

- Adrian, por que raios você deixou ele entrar? Não sabe que ele é um...

- Heavensfall, sim eu sei. Acalme-se irmão. Este é Elliot Heavensfall. Elliot sabe sobre nós também e ele veio até aqui, por bom senso.

- Bom senso? – Disse Will enraivecido e depois bufou ironicamente. Eu apenas observava, concordaria com Will, mas decidi dar um voto de confiança em meu amor.

- Acalme-se baby, eu acho que tenho o direito de dizer o motivo de estar aqui. – Elliot respondeu para William. Parecia que ele se sentia íntimo de Will.

- Adrian, você só pode estar maluco! Bebeu sangue estragado?

- Ei amor, gostaria que não me ignorasse! – Elliot novamente disse para Will parecia ignorá-lo.

- William acalme-se por favor, ele veio por uma boa causa. – Disse Adrian.

- E como você sabe?

- Não é óbvio? Eu leio mentes.

- E o que pretende fazer com esse monstro?

- Oh fortão, eu estou aqui!

- Hum, infelizmente. – Senti a ironia na voz de Will.

- Will, eu concordo com você, mas acho que devemos pelo menos ouvir o que ele tem pra dizer. Se Adrian diz que é importante, então é verdade. – Depois de muito observar, finalmente resolvi intervir.

Eternidade (Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora