- Bom dia Katherine! Preciso dizer que está radiante hoje. – Alexandre disse com uma mega empolgação na sua voz.
- Bom dia Alexandre.
- Kate. – Ele disse apenas abaixando a cabeça, parecia sem graça e eu já sabia o motivo.
- Oi Will, você está bem? – Perguntei por que realmente estava preocupada e Adrian saberia disso.
- Estou sim. – Eu acho que ele estava sem graça e a resposta me pareceu distante. – E você?
- Estou melhor. – Virei-me para o Necromante. – Alexandre, por favor, me diz, porque meu pai está congelado?
- Você se lembra do que aconteceu há dois dias?
- Vagamente. Mas acho que você não estava aqui.
- Realmente não, mas vasculhei a mente dos dois. Creio que não precisava fazer isso, pois mais cedo ou mais tarde aconteceria.
- Aconteceria? Aconteceria o que? – Perguntei confusa.
- Vou o deixar falar, vocês precisam conversar.
Alexandre pôs-se à frente da estátua de gelo que o meu pai se tornara e depois estalou os dedos. O gelo se desfez e eu vi com grande felicidade que John estava de volta.
- Onde... Kate? Kate é você?
- Oi pai. – Não corri como vampira, apenas andei até ele e o abracei. – Estava com muitas saudades.
- Eu também filha! Mas como não está morta? Eu fui ao enterro.
- Ah... – Não podia contar ao meu pai que eu era metade vampira. – Recebi uma ajuda.
- E aposto que foi o Alexandre! – Ele disse olhando para o Necromante.
- E aí John, quanto tempo?
- Espera, vocês se conhecem? – Perguntei. Meu pai e Alexandre?
- Sim, há algum tempo. – Respondeu John.
Em alguns segundos meu pai caiu no chão e começou a reclamar de dor intensa. Ele olhou para Adrian e disse:
- Você é um vampiro! EU NÃO GOSTO DE VAMPIROS! – A voz saiu em tom grave, como se não fosse a sua própria voz.
Ele sacou de suas costas dois facões, lâminas puras e correu rapidamente em direção a Adrian. Alexandre olhou um tanto surpreso, estalou os dedos e o meu pai voltara lentamente a virar pedra de gelo. Mais alguns segundos, John poderia ter tirado algum sangue de Adrian e isso me causou medo.
- Desculpa Kate, mas ele realmente pretendia matar o Adrian! – Explicou Alexandre.
- Mas o que está acontecendo?
- Nada demais. O seu pai apenas está sendo ele mesmo. Achou que poderia negar ou esquecer o seu ofício, mas não pode.
- Ofício?
- Esqueci, você não sabe.
- Não sei de que? Não consigo compreender.
- John, o seu pai, nada mais é do que um Caçador de Vampiros!