13 - Surpresas

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12:21pm. Apartamento do Chad.

Chad's POV

- O que você vai fazer no Natal? Já é essa semana! – Aly perguntou com a voz baixa. Ela estava sonolenta, quase adormecendo ao meu lado, mas ainda mantinha o rumo da conversa.

Estávamos deitados em sua cama, brincando com nossos dedos, depois de termos acabado de montar o quebra-cabeça.

- Mais um item pra minha lista de atos magníficos. – Eu disse depois de encaixar a última peça. – Montador de quebra-cabeças gigantes. – Comentei deitando no tapete ao seu lado.

- Esse aí definitivamente é a mais atraente. – Ela zombou de mim.

- E agora? O que fazemos com isso? – Perguntei apontando para a imagem gigante de Jack Skellington que havia sido formada.

- Acho justo colar, enquadrar e colocar na parede. – Ela disse brincando. Estava com um sorriso cansado, porém lindo, e seu cabelo estava espalhado em seu rosto e caído em seus ombros. Eu comtemplaria aquela imagem por horas a fio se pudesse.

- Com toda certeza eu vou colocar isso no meu currículo. Poucas pessoas montam quebra-cabeças de mil peças em três horas. – Assoviei.

- Deveríamos procurar quem tem o recorde no Guiness. Eu adoraria bater, sabe? – Ela sonhou acordada.

Ficamos jogados ali no chão, encarando o teto até o seu primeiro bocejo ser ouvido. A joguei nas costas mais uma vez, com protestos em meu ouvido e a levei até o quarto que ela estava usando. Desde então ficamos deitados na cama conversando baixo, como se não quiséssemos acordar alguém. Não havia ninguém para acordar. Até que o assunto Natal surgiu.

- Coisas da família Walker. Um bando de besteira. – Comentei prendendo seu polegar com o meu mais uma vez. Todos os anos o Natal era a mesma coisa para a minha família. Uma grande ceia e no dia de Natal um grande almoço com a família toda, até mesmo a parte da família que minha mãe detestava. Ela os convidava apenas para mostrar que ainda era mais rica e famosa que eles enquanto meu pai comprava e ganhava mais e mais garrafas de whiskey e eu e minha irmã ficávamos sentados no sofá comendo e abrindo presentes desnecessários. – E você? – A pergunta deixou uma dúvida até mesmo nela. Seria o primeiro...

- Natal sem meus pais. – Ela falou baixinho. – Puxa, não sei como vai ser. – Ela coçou a cabeça, se apoiando na cama com o cotovelo. – Sophie vai ficar com a mãe e a avó. Acho que vou pra Liverpool, ficar com a minha avó. – Ela concluiu sozinha. – E ainda tem o meu aniversário... – Pensou alto.

- Seu aniversário? – A interrompi, me erguendo na mesma posição que ela. – Quando é seu aniversário? – A fitei.

- Segunda-feira. – Ela sorriu tímida e escondeu o rosto atrás do cabelo.

- Na véspera do Natal? E você não ia falar nada? – Falei surpreso.

- Aconteceu tanta coisa que eu esqueci. Mas é claro que eu ia falar. – Ela murmurou voltando a deitar na cama. – Deveríamos fazer alguma coisa, certo? – Ela se virou para mim.

- É claro que sim. Você vai fazer dezoito anos! – Exclamei. Ela riu fraco, concordando. – Não se faz dezoito anos todos os dias. – Murmurei a puxando para perto sem perceber. Ela não protestou e aquilo foi uma pequena vitória para mim.

- De fato... É algo que precisamos comemorar. – Ela sussurrou de olhos já fechados deitando sua cabeça em meu peito e se encaixando em meu braço.
Permanecemos em silêncio até que o sono nos tirou de órbita. Dormimos ali, abraçados.

Here Comes The BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora