S I C K N E S S

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- Onde está o Mike? - perguntei assim que cheguei ao restaurante do hotel, onde encontrei Calum e Ashton que pareciam estar prestes a pegar no sono em cima de seu café da manhã.

- Passei no quarto dele mais cedo, ele me chutou de lá, disse que não estava se sentindo bem e que queria ficar sozinho. - Calum disse parecendo preocupado em meio a todo seu sono.

- Eu vou ir ver ele.

- Mas ele... - Ashton começou, mas eu logo o interrompi.

- Eu acho que ele abre uma exceção pro namorado - Cal riu e eu me apressei a subir até seu quarto.

Eu bati em sua porta uma... Duas... Três vezes, mas ele me ignorou totalmente, acho que isso não é uma coisa que se faça com o próprio namorado.

- Tudo bem, se você não quer abrir a porta pro seu namorado acho que posso passar no quarto do Cal. - pude escutar passos apressados vindos de dentro do quarto e pouco segundos depois a porta foi destrancada.

Michael estava péssimo e com péssimo eu quero dizer adorável, a ponta de seu nariz e suas bochechas estão vermelhas, ele está usando meu moletom que fica razoavelmente grande em seu corpo e um gorro um tanto infantil do Pikachu. Tentei tirar o gorro de sua cabeça, mas ele bateu em minha mão.

- Meu cabelo está horrível. - sua voz está ainda mais rouca e ele parece cada vez mais adorável.

Me inclinei tentando deixar um beijo em seu rosto, mas ele me empurrou pelos ombros.

- Não quero que fique doente. - ele disse baixo, soltando um espirro também fofo logo em seguida, até porque tudo que Michael faz é fofo.

- E eu quero cuidar do meu namorado - argumentei.

- Não podemos ter a voz principal fora. - eu odeio quando ele fala assim.

- Muito menos nosso guitarrista principal, agora deixa de ser teimoso. - tentei o beijar mais uma vez, mas ele se afastou. Ok isso já está me irritando.

- Sabe o que você poderia fazer? Voltar pro seu quarto e ficar longe do seu namoradinho doente. - o puxei pela cintura antes que ele pudesse recuar ainda mais e beijei seus lábios mais quentes do que de costume.

- Pronto, agora não tenho mais como escapar. - Michael socou meu braço e eu o empurrei pra dentro do quarto fechando a porta atrás de mim. - Já comeu alguma coisa hoje? - Michael negou com a cabeça, abraçando minha cintura. - Então vai deitar que eu vou pedir alguma coisa pra você.

Michael fez o que eu pedi e voltou a se enfiar no amontoado de cobertores que o sofá tinha se tornado. Em meio a múrmuros eu pedi uma sopa ao restaurante, eu sei que Michael vai querer me matar, mas não é como se ele tivesse escolhas.

- Desde quanto você está assim? - perguntei me abaixando em sua frente e acariciando seu rosto.

- Eu acordei essa noite passando mal e desde lá estou sentindo como se tivesse sido esmagado por um rolo compressor. - Mike choramingou apertando sua bochecha contra minha mão.

- E por que não foi pro meu quarto, eu teria cuidado de você. - beijei sua bochecha e ele sorriu pra mim.

- Não queria te acordar.

- Mike eu sou seu na... - fui interrompido por batidas na porta - deve ser sua comida. - assim que abri a porta vi um pequeno carrinho com um prato de sopa e um copo de suco, sorri em direção a mulher e peguei a bandeja. - Obrigado. - fechei a porta sem esperar resposta, eu sei que isso pode parecer rude, mas meu namorado esta doente e precisando de cuidados.

Sentei no sofá e assim que Mike viu o que eu tinha em mãos se encolheu, fazendo uma careta infantil para o prato.

- Eu tenho certeza que não está tão ruim assim, vem aqui. - o chamei pro meu colo e ele me olhou duvidoso, mas segundos depois já estava sentado no meu colo. - Segure isso uh? - coloquei o prato em suas mãos e peguei a colher, a enchendo e levando em direção a sua boca.

- Isso e ridículo demais até pra mim. - reclamou, soltando um espirro.

- Cale a boca! - o repreendi praticamente enfiando a colher em sua boca.

Assim que viu que não teria como negar ou tentar fugir de mim, ele deixou que eu desse a sopa a ele, o obriguei a comer absolutamente tudo e não deixar uma gota sequer de suco no copo.

Mike levantou do meu colo e correu até o banheiro, sorri com o modo de como ele fica manhoso quando está doente. Larguei a bandeja em cima da mesa e ajeitei o sofá de modo que ficasse confortável pra nós dois, tirei meus sapatos e deitei.

Michael voltou, encolhido e correu até mim, ele se jogou no sofá e me abraçou, o cobri e o escondi em meus braços.

- Está tão frio. - ele choramingou e eu distribui beijos por todo seu rosto, vi suas bochechas ficarem ainda mais vermelhas e não me contive em morder suas bochechas rosadas.

- Logo melhora, eu prometo e caso ainda não esteja se sentindo bem até a noite e vou até a farmácia e compro algum remédio pra você. - Michael deixou um beijo demorado em meus lábios e eu sorri.

Entrelacei nossas pernas e invadi seu moletom com as minhas mãos, sentindo o quão quente sua pele está.

- Não deixe eu dormir - Michael pediu, escondendo seu rosto na curva do meu pescoço e eu me arrepiei com sua respiração descompassada.

- Por quê? - apertei sua cintura e beijei seu maxilar, eu acho que sou o cara mais sortudo do mundo por ter alguém tão adorável e carinhoso feito Michael como meu namorado.

- Se eu dormir não vou poder sentir você fazendo carinho em mim. - Mike apertou o rosto em meu pescoço e eu sei que ele está envergonhado, é impossível não sorrir com isso, é impossível não sorrir com Michel e o quão precioso ele é.

- Tudo bem, eu não deixo você dormir.

- Obrigado Lukey. - mordisquei a pele de sua bochecha e ele riu, antes de me beijar uma ultima vez antes de pegar no sono.

Ele está doente e eu não vou deixar que ele fique acordado, sentindo dor, ele dormindo não quer dizer que eu vá parar de acariciar sua pele, ou me desgrudar de seu corpo. Isso não acontecerá nem mesmo caso alguém tente me tirar daqui.

Eu demorei certo tempo a admitir, mas eu amo Michael muito mais do que eu posso imaginar ou dizer...

One Shots ** MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora