capítulo VII - a carona parte II

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Sério mesmo? Você não vai me responder, Andressa? - perguntou sério. - Foi tão horrível assim?

Estacionou em frente a casa e desligou o carro, encarando-a. Ela tirou o cinto e suspirou. Ele a olhava de uma maneira que inflamava suas células e mesmo que não quisesse, precisava dar a ele uma resposta.

- Não foi horrível. - ela admitiu. - Pronto? Satisfeito?

- Não garota. Não! - ele bufou. - Por que você pensa tão ruim de mim, hein?

- Eu só penso o que você deixa pensa, Rodrigo. Apenas isso! Pronto, conseguiu beijar a idiota pobretona, ótimo! Provou pra si mesmo que pode pegar todo mundo, perfeito! Mas eu não sou como essas idiotas que você está acostumado, ok? Que estão habituadas a serem apenas mais uma na sua gigantesca lista. Então, paramos por aqui, que tal?

Rodrigo não sabia dizer, mas não sentia que ela havia sido apenas mais uma que ele beijou. Não sentia que ela era igual as outras.

Ela era mais. Um pouco além do mais.

Então, agindo por um impulso talvez, ele levou a mão até o rosto dela, fazendo com que andressa o encarasse, já que até então ela olhava para frente. Rodrigo não queria parar por ali. Ele queria mais. Muito, muito mais. De maneira rápida, num piscar de olhos, ele cobriu os lábios dela com os seus. Para quê dizer alguma coisa? Não queria falar, queria beijá-la. Estava sentindo falta disso até aquele momento, seus lábios formigavam querendo os dela desde que haviam separados na choperia.

Andressa ficou surpresa com a atitude dele, primeiro tentou empurrá-lo, mas o desejo que sentia era maior do que ela, maior do que sua vontade de não querê-lo, então só se deixou levar, sentindo ser agarrada por ele, enquanto a língua do loiro se misturava com a sua.

Ele podia ser o maior idiota de todos, mas beijava muito bem e isso ela tinha que admitir, mesmo que apenas para si. Naquele momento o que era certo e o errado na cabeça dela estava nublado e distorcido, ela só sabia que queria mais daqueles lábios dele.

Com Rodrigo não era diferente, ela era realmente a garota mais marrenta, irritante e cabeça dura que já tivera o desprazer de conhecer, mas o gosto do beijo dela parecia ser o céu e ele não queria largar isso nunca mais.

Aos poucos o beijo foi ganhando intensidade, Rodrigo tinha os cabelos na nuca dela, agarrando levemente os cabelos ruivos de Andressa tinha suas mãos envolvendo o pescoço dele.

Eles foram separando os lábios pouco a pouco até por fim se encarar. Respiravam com dificuldade quando se encararam.

- Eu acho que já posso ir para o inferno, cometendo o mesmo erro duas vezes na mesma noite. - ela murmurou.

- Eu vou junto com você até lá, para te encher o juízo, não se preocupe. - ele sussurrou de volta, fazendo-a sorrir.

- Não sei, minha mãe diz que errar é humano, mas persistir no erro é burrice. - Andressa suspirou.

- E se não for um erro?. - E se for certo?

- Não acho que nada que envolve eu e você num ato amigável possa parecer certo.

- Ah ruivinha... - ele riu. - Não se reprima... Apenas hoje, só hoje, se deixe levar.

Ela o encarou e viu naqueles olhos um brilho tão intenso que foi impossível não sorrir. Andressa mordeu o lábio inferior.

- Amanhã eu posso culpar a bebida, não é?

- Você pode qualquer coisa. - ele murmurou de volta antes de beijá-la novamente.

Naquele instante, apenas lábios unidos não estava mais sendo o suficiente. Ambos precisavam de mais, os corpos pediam mais contato.

Rodrigo não perdeu tempo, interrompeu o beijo e afastou seu banco um pouco para trás. Em seguida a olhou e sorriu.

- Vem cá! - murmurou com uma voz rouca de desejo, fazendo Andressa arrepiar-se completamente.

Ela não tinha como e nem queria negar aquele pedido. Desajeitadamente, sentou-se no colo dele e voltou a beijá-lo. A falta de espaço tornava tudo entre eles um pouco mais excitante. Ele desceu suas mãos para a cintura dela, afim de fazê-la ficar mais perto de si, já que àquela altura do campeonato, ele já estava bem animado, e Andressa podia sentir isso perfeitamente. Saber que ele estava daquela forma por causa dela era muito bom mesmo que não gostasse de admitir.

Em todos os cantos que as mãos dele lhe tocavam, ardia. Ela nunca havia sentido-se daquela maneira, tão... pegando fogo. E mesmo que as coisas entre eles estivessem tão intensas, ele não faltara com o respeito com ela, limitando-se a passar suas mãos pelos braços, costas, cintura e barriga.

- Você é tão linda. - ele disse e mordeu o lábio inferior dela.

- Você é chato. - ela sussurrou, lhe dando um selinho. - Mas até que não é de se jogar fora.

Ele gargalhou, voltando a beijá-la com todo o ímpeto que possuía dentro de si, sendo mais que perfeitamente correspondido.

Andressa apertou os ombros dele com força, quando ele deixou de lhe beijar a boca, para descer os lábios pelo pescoço dela. Rodrigo tinha lábios mágicos, só podia ser, por que ela estava com medo de que a qualquer momento fosse entrar em combustão.

Ele gemeu ao olhar para as coxas descobertas dela. Naquele momento, o vestido já havia subido bastante, quase chegando a revelar a sua calcinha e ele estava louco para ver aquela peça íntima.

Seu instinto gritava para que ele levantasse aquele vestido de uma vez e terminasse com toda aquela tortura.

Mas... Era ela.

Era ela.

E ao encarar o rosto corado dela, apenas suspirou e beijou-lhe a testa.

- Estou descobrindo que eu tenho um auto-controle muito poderoso. - ele sussurrou, fazendo com que ambos rissem.

- É minha deixa? - ela perguntou. - Bom... Acho que já me deixei levar demais... É melhor eu ir embora. - ela disse, saindo de cima de Rodrigo, enquanto ele olhava para o teto do carro e pensava em qualquer outra coisa que não fosse a calcinha dela.

- Tudo bem. - ele concordou. - Boa noite, fica bem. - olhou para ela, vendo-a com a sandália na mão.

- Você também, chato.

- Chata. - disse para ela, antes que pudesse sair.

Com o salto nas mãos, ainda trêmula por causa de tantos beijos e carícias, Andressa entrou em casa. Sorria de um lado ao outro quando fechou a porta e encostou-se na porta. E quem diria que sua noite terminaria assim?

Rodrigo deu partida no carro quando viu que ela fechou a porta. O sorriso era maior que ele. A primeira festa que ia e que não acabava com alguém numa cama qualquer de motel ou até mesmo no banco traseiro do carro. E nunca em toda a sua vida, se sentiu mais satisfeito.

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⏰ Última atualização: Aug 18, 2015 ⏰

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