IV - Provocação

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- Ah Dessa, vai ser legal! - Alice insistiu mais uma vez.

- Não Lice, eu realmente não estou a fim!

- Mas é o momento de se enturmar, Dre. Todo mundo vai!

- É, todo mundo menos eu.

- Me dê um motivo plausível. Um! - Alice continuou a insistir.

- Eu trabalho, meu bem, no fim do dia estou sempre moída!

- Não me convenceu! - empinou o nariz, fazendo Andressa rir.

- Lili, por favor, não insista mais, sério. Eu nem gosto muito de festas. - deu de ombros.

- Esse então é um ótimo momento para começar a gostar.

- Ah meu Deus, você não descansa?

- Não! - Alice riu.

- Vamos para a sala, a professora já deve ter chegado.

Elas foram em direção à sala de aula, com Alice ainda pedindo por favor para que Andressa fosse a festa.

Era o fim da segunda semana de aulas, sexta-feira, e os veteranos estavam preparando uma pequena festa numa choperia que havia próxima a universidade. Logo o boato se espalhou e por ser inicio de semestre, todos estavam ansiosos para ir a tal festa que teria até mesmo música ao vivo. Todos, menos Andressa pelo visto, já que a ruivinha não curtia muito esse tipo de coisa.

- Você pode dormir na minha casa, Dessa.

- Alice, qual o seu problema em levar um não?

- Todos. Eu simplesmente não lido bem com recusas!

- Eu notei. - riu ao dizer. - Mas sério, na próxima eu vou.

- Me enrola mais, Andressa , eu deixo. - revirou os olhos.

- Presta atenção menina! - murmurou, voltando sua atenção para o que a professora dizia.

- Continua me enrolando mesmo, que está lindo.

Como resposta, Andresa riu.

As aulas passaram voando naquela manhã e logo a turma já havia sido liberada. Alice e Andressa andaram até a saída com a pequena Dessa ainda insistindo para que a nova amiga fosse a festa. Podia ter apenas duas semanas que se conheciam, mas ela já gostava muito da presença e companhia de Andressa, esta que apenas ria da insistência da outra.

- Desculpa Lice, mas ficará para uma próxima. E deixa de insistir.

Alice suspirou, finalmente dando-se por convencida.

- Tudo bem. Mas da próxima não passa hein! - alertou.

- Ok! Vou indo nessa. Até segunda!

- Até.

Quando Andressa virou-se, bateu em um peito masculino. Deu um passo para trás e encarou a pessoa. Revirou os olhos quando viu de quem se tratava. Claro, por que o destino era muito legal com ela, tinha que dar de cara com aquele idiota. Rodrigo Chato Simas.

Imediatamente ela fechou a cara e ele pintou um sorriso cínico nos lábios, o qual ela teve vontade de arrancar à unha!

- Fui. - tentou passar, mas ele logo impediu, ficando em sua frente.

- Por que a pressa, chatinha?

- Vai se danar, cara. - e novamente tentou desviar e ele, novamente, entrou em sua frente. - Dá pra parar de ser tão mala? Sai da minha frente.

- Pede com educação.

- Educação não funciona com você, meu querido. Você é um troglodita.

Opostos pefeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora