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- "Jade?!" - oiço uma voz conhecida, que não é a de Louis.

- "Zayn?" - viro-me para trás e encaro o rapaz alto com tatuagens ao lado de Perrie.

- "Louis?!" - Zayn pergunta confuso.

- "Zayn, eu..." - tento explicar-me.

- "Vais ter sarilhos com o teu irmão." -ele avisa.

- "Eu juro que tentei afastá-lo." - Pezz diz cabisbaixa.

- "Não tem mal Pezz. Zayn, podemos falar?" - peço.

Levo-o um pouco mais longe de Louis e de Perrie.

- "Zayn, por favor, não contes nada ao meu irmão."

- "Não posso fazer isso Jade, o Niall é o meu melhor amigo."

- "É uma coisinha mínima."

- "Mínima? Jade, o Niall odeia o Louis! E tu vais sair com ele?"

- "Bom, o Niall também me odeia e não é por isso que saiu de casa." -encolho os ombros. - "Vá lá Zayn."

- "Tudo bem, mas por favor, não voltes a fazer isto."

- "Isso não posso prometer."

- "Jade..." - ele avisa.

- "Tudo bem..." - bufo em forma de derrotada. - "Eu prometo escolher melhor o lugar para sair com o Louis." - digo e soltamos uma gargalhada.

- "Vamos ter com eles." - Zayn diz ainda sorrindo.

- "Sim, que a Perrie já bate com o pé."

Só espero que o Zayn não conte mesmo nada ao meu irmão. Tenho a certeza que ele estaria dias sem me falar. E já basta a forma como lidamos connosco no dia-a-dia.

Voltámos para perto de Louis e Perrie, mas ambos seguimos caminhos diferentes.

- "Ainda queres ir à roda gigante?" - Louis pergunta.

- "Claro, não era para lá que íamos?"

- "Sim, mas pensei que com esta confusão toda de o Zayn e a Perrie nos terem encontrado, quisesses ir para casa."

- "Não. Eu falei com o Zayn e pedi-lhe para que ele não contásse ao Niall que nos viu juntos." - disse.

- "Ele não vai contar?" - Louis perguntou supreendido.

- "Não."- sorri.

- "Estranho. O Zayn não é de esconder nada ao Niall."

- "Como sabes?" - perguntei.

- "Não sei." - ele disse encavacado. - "Estou só a supor."

- "Vou fingir que acredito. Ainda vou querer saber o porquê de se odiarem."

- "Não há nada para saber." - ele dá de ombros.

- "Há sim, tem de haver um motivo para se odiarem."

- "Porque é que odeias a Eleanor?" - ele pergunta com um sorriso.

- "Eu não disse que odiava a Eleanor." - revirei os olhos.

- "Bom, acabaste de revirar os olhos mal disseste o nome dela." - ele pica.

- "Eu não a odeio." - digo convicta do que estou a dizer.

- "Sim, tu odeias."

- "Louis..." - chamo-o. - "Pára."

- "Só se admitires."

- "Não há nada para admitir." - dou de ombros.

- "Tu odeia-la porque ela estava comigo."

- "Eu adorava-a quando ela estava contigo." - minto.

- "Não, tu não gostavas. Via-se na tua cara."

- "Como sabes?" - perguntei irónicamente.

Eu sei a resposta, mas quero que ele a diga.

- "Como tu sabes." - ele riposta.

- "E como é que eu sei?" - riposto também sorrindo com a nossa conversa parva.

- "Estavas sempre a olhar para mim."

- "Como é que sabes?" - arqueei a sobrancelha.

- "O Liam dizia-me."

- "Mentiroso, também estavas sempre a olhar." - soltei uma gargalhada.

- "Verdade." - ele sorri.

- "Porquê?" - questionei-o.

Queria saber o porquê de ele trocar olhares comigo.

- "Porque é que também estavas sempre a olhar para mim?"

- "Não sei. Acho que foi porque te apanhei com a Eleanor na casa de banho."

- "Isso não é justificação." - ele diz.

- "A tua é melhor que a minha?"

- "Não." - ele respondeu rápido.

- "Então qual é a tua justificação?" -perguntei.

- "Não tenho justificação." - ele diz atrapalhado.

- "Há sempre uma justificação para tudo Louis."

- "Mas para esta não há." - ele dá o sorriso mais falso que tem.

Eu sei que este sorriso não é o verdadeiro. Mas também não vou estar a pressionar muito, provavelmente iriamos ter uma pequena discussão, porque eu sou um pouco teimosa.

Recebo uma mensagem. Niall, outra vez.

*Vem para casa. Precisamos de falar.*

Esta mensagem assusta-me. Será que Zayn contou alguma coisa ao Niall? Não. Ele disse-me que não ia contar nada. Parva és tu por ainda confiares no amigo do teu irmão. Tipo, Horácio, cala-te!

- "Louis, eu tenho de ir." - digo um pouco apressada.

- "Eu levo-te a casa. Está tudo bem?" - ele pergunta preocupado.

- "Espero que sim."

Seguimos até ao carro de Louis, que se encontrava num parque de estacionamento um pouco afastado do centro de Londres. Vou ter uma longa noite.

CLOUDS - LTOnde histórias criam vida. Descubra agora