prologue

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Lauren's POV

Acordei como se meu crânio estivesse se partindo em mil pedaços, como se alguém tivesse martelando minha cabeça. Eu não tenho costume de beber tanto como bebi ontem, mas meus queridos amigos decidiram brincar com garrafas alcoólicas.

No começo eu recusei, mas quando Justin Bieber, o menino mais lindo que eu já vi na vida, praticamente me implorou para jogar com eles não tive como resistir, e deu no que deu.

Eu não me lembrava nem como eu tinha chegado em casa, só lembro de ter brigado com aquela latina nojenta, lembro de falar com Justin, beber bastante, e depois mais nada.

Uma brecha de luz passava pelas cortinas, então soube que já era de manhã, e que já estava mais que na hora de levantar, se não Dona Clara iria chegar aqui abrindo as cortinas, gritando na minha cabeça, e nunca mais me deixaria sair pra uma festa de novo.

Com uma certa dificuldade tirei meu edredom de cima de mim, e me levantei apenas de roupas íntimas até o banheiro. Fiz minha higiene matinal, coloquei qualquer roupa, peguei meu celular e sai do meu quarto, logo descendo as escadas indo em direção à cozinha.

— Bom dia, filha.

Minha mãe se virou rápido pra mim me dando um sorriso, que foi retribuído. Ela estava cozinhando algo no fogão que eu não sabia exatamente o que era, mas que estava me deixando com uma fome de leão. Minha mãe estava com um ótimo humor e eu agradeci por isso.

— Bom dia.

Levei meus dedos até minhas têmporas, dando uma leve massagem para ver se ajudava um pouco a dor de cabeça passar, mas nada. Caminhei até a geladeira, peguei uma garrafa d'água e bebi o líquido todo em apenas alguns segundos. Não é que ressaca dá uma sede da porra mesmo? E fome também.

— Parece que estava na seca durante um ano. Bebe devagar se não daqui a pouco vomita.

Minha mãe riu, enquanto colocava algum prato em cima da mesa, meus olhos brilharam quando eu vi as panquecas, lavei minhas mãos e fui me sentar do lado da minha mãe.

— É, sei lá... deu uma sede de repente.

Sorri de nervoso. Se meus pais soubessem que eu ando bebendo, com certeza me proibiriam de tudo. Eles não são tão rígidos assim. Mas apenas não queria uma filha bêbada e drogada.

Olhei pra mesa pensando em que comer, me convenci a colocar pra dentro algumas panquecas e um pão doce que estava me dando água na boca desde que cheguei na cozinha, e um suco. Eu e minha mãe comemos em silêncio.

— Vai pra escola com Dinah?

Eu quase falei um "duhh", é óbvio que eu iria com Dinah.

— Vou sim. - dei uma golada no meu suco de uva. — Cadê Taylor? E Chris ainda está dormindo?

— Taylor ainda não chegou da escola. E Sim, você sabe que aquele lá só acorda dez minutos antes de entrar na escola, e eu que não vou chamá-lo, ele já está bem grandinho pra ter que depender da mamãe.

Ela disse com um aspecto revoltado, eu me segurei pra não rir enquanto ela falava articulando com a colher na mão.

— Isso ai mãe, a senhora tem razão, não dê mole para aquele vagabundo.

Entrei na brincadeira. Ela piscou pra mim, e nós duas rimos. Mas no fundo ela sempre sentia um remorso e acordava ele com uma bandeja de café da manhã nas mãos, sempre foi assim.

— Mãe, já são onze horas, vou me arrumar e ir direto pra escola. Tenho um um trabalho super mega importante ainda hoje pra fazer antes das aulas começarem. Tudo bem?

Say You Love Me.Onde histórias criam vida. Descubra agora