CAP.3

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Chego ao meu quarto e vou direto ao banheiro lavar o meu rosto para refletir e pensar no que foi aquilo, quando chego a frente ao espelho do banheiro sangue está saindo do meu nariz. Eu lavo rapidamente o sangue antes que a minha mãe veja e fique desesperada.

Meus pensamentos são interrompidos quando alguém bate em minha porta, deve ser minha mãe.
Abro a porta e minha mãe entra com minha comida.

-você ainda está se sentindo mal?- pergunta ela a mim preocupada.

-não,não-

-certo, mas se acontecer de novo iremos ao médico.-

-nã, eu já melhorei mãe. Não precisa mas se preocupar-

-espera aí- fala ela passando a mão no meu nariz, parece está limpando alguma coisa.- isso é sangue?-

Faço o mesmo ato de minha mãe e meu nariz está sangrando de novo.

-acho que sim, mas porque?- respondo eu não querendo preocupa- la.

-como assim? Vamos se arrume iremos ao medico imediatamente.

-não mãe não precisa, não é nada- continuo insistindo.

-como assim nada, Agatha?-

-nada mãe nada. Não precisa tô bem.-

-como bem?- fala ela ficando zangada.-ou você vai por bem ou por mal Agatha.-

Ela me deu 2 escolhas e eu tinha que escolher uma, é claro que eu iria por bem.

-ok mãe, estou lá em baixo daqui a 15 minutos.-

Me dou por vencida e vou me arrumar.

Depois de 15 minutos desço e ela me leva até o carro que está estacionado na garagem, enquanto ela abre o portão com o controle, eu brinco com meus dedos distraída dentro do carro.

-o que você sente?- pergunta minha mãe me tirando de meus pensamentos indigentes.

-já disse que não sinto nada, que só senti uma dor nas pernas e cai e depois meu nariz estava sangrando do nada. Tipo assim, como assim?-

-você vai dizer tudo isso ao médico, tomara que você não esteja com leucemia.-

-vira essa boca pra lá mãe, eu não estou com leucemia.-

-tudo bem.-

Ela parou nossa conversa estacionando o carro no estacionamento do hospital.

(......)

-acorda dorminhoca- fala minha irmã me cutucando com um sorriso no rosto.

-não tô afim-

-vamos, levante- se-

-tá bom-

Após ela sair e fechar a porta eu me levantei, me deu uma tontura e eu fiquei mais um pouco na cama. Se passou uns 5 minutos e eu resolvi levantar.

Eu entrei no banheiro e vi a minha pia banhada de um líquido vermelho, cheguei mais perto e vi que era sangue.

Uma voz ecoou na minha cabeça "o sangue da escolhida precioso é, mas aquele que ousa toca- lo deverá na ponte das sete chaves derrama-lo". Essa voz ecoou na minha cabeça se repetindo por várias vezes, até eu não aguentar mas.

O outro lado da lua- Livro 1- DescobertasOnde histórias criam vida. Descubra agora