Capitulo Cinco

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Meggie:
Sorrindo sorrindo, como uma criança que venceu o câncer, as ruguinhas nos meus olhos estão aqui.
Nem mesmo Alison, por mais que ela esteja se esforçando o máximo, consegue me fazer triste.
"Burra, traidora, idiota, estúpida, cadela, vadia, sapatão", é o que ela diz enquanto eu a ignoro.
Sinto que a qualquer momento meu rosto pode rasgar, e mesmo assim o grande sorriso cheio de dentes não sai do meu rosto.
E acho que eu deveria escrever o que aconteceu hoje, que causou um sorriso permanente.
O café, o belo café, outro dia (já o quarto), que minha avó não quis ir comigo, por sorte, Will não apareceu, desde aquele dia, ele vem sendo bastante amargo, sinto isso, não quero senti-lo como café preto sem nada de açúcar, mas eu acho que eu o amo, eu realmente nunca tive certeza.
Eu estava lendo um livro novo. Seu nome? "Mentirosos", algo tão extraordinário, sou capaz de jurar que era o melhor livro do mundo.
E uma menina com cabelos de algodão doce apareceu, ela sorria como eu estou sorrindo agora, e tropeçou nos próprios pés caindo no chão, foi quando o exemplar do livro infantil que me dava arrepios desde sempre "Coraline" caiu no chão.
Nem eu nem Alison evitamos rir, o que levou-a a olhar fixamente para mim, minhas bochechas se esquentam, e ela apenas deixa-me quando pegou o seu livro e se levantou, desajeitadamente, quase caindo mais uma vez, mas veio na minha direção.
"Posso me sentar aqui? O café está cheio", olho em volta. O café estava praticamente deserto, penso se ela era esquizofrênica como eu.
"Claro", digo ao mesmo tempo que Alison diz não, a encaro, e murmuro "não seja rude", mas encaro minhas mãos quando recebo o seu olhar gélido.
A garota dos cabelos de algodão doce me encarava sorrindo, ela pede café preto, e suas olheiras entregam uma noite mal dormida, ou talvez ela havia ficado acordada.
Ela estende a mão. "Marlee", sorrio e a aperto.
"Prazer", digo. Um erro fatal, Alison ri, eu reviro os olhos.
"Era suposto você dizer seu nome", ela diz.
Como eu não havia pensado nisso antes?
"Meggie", digo.
"Vem sempre aqui Meg?", Meg. Meg. Meg.
"Sim, todos os dias, tirando os sábados e os domingos, que são quando eu não acordo cedo porque eu...", escuto uma risadinha da sua parte. Eu estava falando demais, eu não estava nervosa, não havia motivo para isso. "E você?"
"Só quando você vem, Meg", arregalo os olhos.
Eu estava vermelha, eu sentia isso.
"Meggie. Pare de ser idiota. O Will", Alison diz.
"Cale a boca", eu me viro para ela.
"A namorada do meu irmão também é esquizofrênica, pelo menos, é o que ele disse", Marlee diz.
"O que?", pergunto.
"Esquizofrenia, você tem", ela diz, logo depois sorri. "Tenho uma bola de cristal na bolsa."
Pensei em daqui um ano, exatamente nesse dia, quando estivermos comemorando o dia em que nos conhecemos, eu lhe daria uma pequena bola de cristal comprada com o dinheiro roubado da carteira dos meus pais, imaginei o que ela estaria pensando, talvez em como o café estava bom, ou pensando na minha doença.
"Nossa, como..."
"Eu estudo psicologia, está vendo isso?", ela aponta para suas olheiras, se aproximando do meu rosto, provavelmente para mim ver melhor. "É o efeito colateral de estudar."
Alison revira os olhos, mas eu estava assustada, e muito próxima da tal garota desconhecida, ela bebe o seu café e faz uma careta, cuspindo tudo novamente da xícara.

Curto mais vale, não?
Viram quem está lendo minha fic??? Não, porque só eu ligo.
Minha nova amiguinha, que escreve uma fic camren muito boaaa, eu até dediquei esse capítulo a ela, porque a menina acha que todos acreditam que ela é hetero, e me deu pena, vocês deveriam ler a fic dela, só porque eu disse.
ESTRELINHA É LEGAL, CLICAR NELA É BOM, se é difícil imagine que a estrelinha é a bunda da crush e aperte.
BEIJOS DE LUZ!!!

Big girls (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora