Capitulo seis

49 4 1
                                    

Chloe:
Bato na porta pela primeira vez, meus olhos vazavam.
"Tantas crianças na África precisando de água e vocês vazando, parem malditos!", resmungo limpando os olhos.
Bato pela segunda vez e nada. Terceira.
Jeremy abre a porta. Sua cara de babaca completo que sabe todos seus segredos está ali. Eu ajeitei meus pensamentos e concordo plenamente que eu estava sentimental e que eu deveria ter fumado muito para lhe dizer tudo aquilo.
Ele arregala os olhos ao ver meu rosto inchado e vermelho, eu não era uma garota sexy, eu era um tomate ambulante. Ele me agarra pelo pulso e me puxa para dentro do apartamento.
"Você está chorando?"
"Não", respondo limpando as lágrimas dando espaço para mais caírem.
"O que aconteceu?", ele pergunta assustado.
"Eu fiz xixi, nas calças", respondo com voz de criança.
"O que?", ele me olha. "Explique."
"Eu... Fui para minha casa... E vi Lovely... Ela tem cinco meses, e é minúscula. Dormi por três dias", respondo ainda chorando.
"E a parte do xixi?"
"As pessoas fazem xixi", respondo, revirando os olhos.
"Você mudou", ele diz. "Era mais legal."
"Diz isso para o meu psiquiatra, então."
Ele levanta a sobrancelha e me encara por um tempo.
"Sabe o que você está precisando?", ele pergunta.
"De sexo, com certeza", digo.
"Eu ia dizer de um bom banho", ele responde com as sobrancelhas arqueadas.
Concordei em vestir a roupa da sua mãe, pois Cassidy havia se trancado no quarto e não saia desde ontem.
"Isso é um quarto de motel", digo olhando o quarto dos pais dele.
"Sim", ele me olha sorrindo, perversamente. "Acho que foi essa a intenção."
Por que não o usamos, Jeremy?
Acabei tomando banho no banheiro do quarto de Jeremy, segundas intenções?
Infelizmente, nenhuma da parte dele.
Foi o banho mais longo que eu tomei nos últimos dois anos.
Quando saio do quarto começo a bater na porta do quarto de Cassidy.
"Vamos, garota, preciso falar com você", a porta se abre e uma menina com os cabelos presos em duas tranças embutidas abre a porta. Essa é a Cassidy? Não era a morena?
"Entra", ela diz.
"Obrigada pela recepção calorosa, garota", digo.
"Não haja como se fôssemos intimas", ela diz.
"Está irritada, nossa", a encaro. "Ele broxou?"
"O que?", ela franze a sobrancelha. "Agora sei o motivo que você foi para o hospício."
"Que pais aguentariam a filha anoréxica depressiva grávida?", eu a encaro. "E vadia."
"Você gosta de ser vadia?"
"O que? Sabe o que isso significa?", pergunto, e ela nega com a cabeça, quem se importa? Não vou responder. "Você tem cigarros?"
"Embaixo da cama, na caixinha de madeira", ela diz.
"Meu pai tem uma caixa dessas", eu a encaro. "Ele guarda as revistas de pornô gay dele, quando eu tinha uns onze anos eu gostava de mexer nelas."
Acendo o cigarro. "Então... você e o Jeremy... sozinhos, morando junto."
"Ew, não", ela faz careta. "Nunca"
"Garotos, ew", imito-a.
"Cala a boca", ela diz sorrindo e rouba o cigarro dos meus lábios.
"Me deixa eu ver suas musicas", digo pegando o Ipod, Riquinha.
"Por quê?"
"Dizem que a playlist de alguém a define como pessoa", digo e a obrigo a me mostrar a playlist.
"I kissed a girl? Sapata. West coast, tem oasis aqui. Like a virgin, velha. Meu Deus, training wheels."
Eu devolvo o iPod pegando MEU cigarro. "Você não é uma completa idiota. Eeeeh", ela ri. "Mas é uma virgem."
"Diga algo que eu não sei."
"Eu não estava falando sério, mas... Você quer ser freira?"
Ela riu e se jogou na cama.
"Não!"
"Você sabia que eu tenho uma filha?", pergunto, mudando de assunto.
"Não fazia a mínima ideia."
"Meus pais a roubaram de mim", eu a encaro. "E conheci ela, e meu Deus, que raiva, eu deveria ter ficado com ela."
"Oh...."
"Isso é só um concelho, quando deixar dessa grande bosta puritana, use camisinha. SEMPRE!", eu a encaro. "Sério. Eu sentei em alguns caras e ABRACADABRA! Ela apareceu."
"Mágica", ela sorri.
"Macumba."
Ficamos em silêncio por alguns minutos. "Por que você se trancou aqui por.... Um dia?"
"Desde ontem", ela sorriu e contou uma história que envolvia muito sangue e dentes de aço. (brincadeirinha).
"Uma vez eu mordi um cara", eu olho para cima. "Eu estava fazendo bo...."
"Já entendi."
"E ele me chamou de Carla."

Um dos finais de capítulos mais broxantes da história dos finais de capítulos. Desculpe por ter demorado 1639 anos, eu estava muito ocupada sendo idiota e comendo.
E foi pequeno, mas pelo menos existe.
Beijos, tia Lu.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 13, 2015 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Big girls (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora