•Capítulo 1•

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Atlanta 26 de julho (16 anos depois)

'Olhei para seus olhos e ele também me olhava atentamente como se pudesse ler minha alma. Havia medo e ternura em seu olhar.
Por um tempo fiquei assustada, pois a única coisa que enchergava no escuro eram seus olhos, que me acalmavam a cada vez que lembrava das vagas e suaves folhas das árvores balançando com a brisa.'

- Vamos lá! Acorde logo! - Alguém tentava puxar meus cobertores. Alguém não, a pestinha da cama ao lado.

•Dados sobre Summer•

Ela é uma peça. Às vezes age sem pensar, mas é muito generosa, companheira e disposta a ajudar e obedecer. Ela é sensível e suas ideias devem ser ouvidas e respeitadas. Ela tem um olho clínico para achar sempre o que há de mais bacana. Não desiste fácil diante das dificuldades e, principalmente, tem uma força de vontade incrível.

- Hunnnggn! Me deixe.

- Está um sol lindo lá fora! Vamos fazer algo! - insistiu.

- Me deixe dormir! - Puxei o cobertor.

- De jeito nenhum! Não é por que é sábado que vou te dar folga! - Deitou em cima de mim. Ela é sempre tão enérgica! Afinal gosto de alguém pra me infernizar.

- Ok você venceu. Que horas são? - Perguntei sentando na cama.

- Quase 8:00, temos que descer ou vamos ficar sem café.

Entrei no pequeno banheiro, mesmo sendo usado por umas seis garotas ele era bem limpo. Escovei meus dentes, fiz minha hegiene e vesti meu uniforme, uma saia de pregas azul marinho até perto do joelho, uma camiseta branca meia manga com botões. Escovei meus cabelos e estava pronta.

- Você viu meus sapatos? - Perguntei a Amy, que pulou rápidamente e os pegou debaixo da cama me entregando.

- Obrigada - Sussurrei os calçando.

- Vamos - Pegou na minha mão e me puxou pra fora, andamos em silêncio encontrando um punhado de crianças sentadas na mesa de refeições. Um lugar pequeno com muitas crianças.

- Parabéns Summer - Mary sorriu.

- Parabéns? Mas...

- Wow esquecer do próprio aniversário é mancada - Amy disse rindo da minha cara surpresa, ela me conhece melhor que eu mesma, crescemos juntas vendo as outras crianças serem adotadas e nós não. Até que dessistimos e nós tornamos práticamente irmãs, quando finalmente cansei de esperar minha mãe voltar.

- 16 anos? - Disse ainda sem acreditar.

Pelo menos na carta que minha mãe deixou quando se "livrou de mim por um tempo" dizia meu nome e sobrenome e a minha data de nascimento. 16 anos e ela não voltou!

- O tempo passou tão rápido, a tão pouco tempo era uma piralhinha com os cabelos de fogo - A irmã Catrina nostálgica. Mas realmente eu sou uma garotinha indómavel ela teve muito trabalho para me por na linha, ainda sou bagunceira só que um pouco mais civilizada.

•Dados sobre Irmã Catrina•

Sua maneira de mostrar como ama é bem diferente das outras, com puxões de orelha, castigos, mais e mais matérias para estudar e claro elogios ocultos, mas amava Summer como uma filha que nunca podê ter. Cada um tem seu modo de amar, mesmo sendo de formas diferentes não deixa de ser o que é.

- Okay, agora vamos comer eu estou faminta.

Paramos de conversar e tomamos o café da manhã com outras crianças.

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