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No dia seguinte Harry acordou e percebeu que havia dormido no sofá.

Foi para a cozinha e encontrou sua mãe sentada à mesa, pensativa. Quando o viu deu um sorriso largo e fez um gesto para que se sentasse.

"Pensei que não iria acordar nunca, belo adormecido."

"Queria continuar dormindo até amanhã."

"Não estou entendendo esse seu mal humor." Anne falou franzindo as sobrancelhas.

"Eu é que não estou entendendo esse seu bom humor!" falou irritado. "Se você não percebeu, ontem tivemos um acidente, mais de 38 pessoas sofreram ferimentos."

"Eu sei muito bem sobre isso." falou inquieta, ansiosa, Harry reparou. "Sei até demais."

"Como assim? O que você quer dizer com isso?"

"Sinto muito."

"Eu não estou entendendo!" Harry gritou, nervoso, espalmando suas mãos na mesa com força.

"Fomos nós que planejamos. O helicóptero e tudo mais." Anne falou quase sussurrando, o filho teve vontade de socá-la, mas se controlou.

"Você entende a seriedade do que fez? Não percebe o quão longe foi? Poderia ter matado muitas pessoas!" Harry falou furioso e ao mesmo tempo envergonhado pela atitude da mãe.

"Filho, isso teve uma causa. Não foi por qualquer coisa. Os Alta estão nos ameaçando." engoliu em seco. "Eles falaram que a qualquer momento podem mandar o exército e nos matar. E nós somos a minoria." fez uma pausa. "Eu tive que fazer alguma coisa, qualquer coisa, para que pensassem que isso tudo fosse culpa deles. Nós precisamos de apoio."

"Mãe, isso não justifica. Ao mesmo tempo que você está tentando trazer mais pessoas, está tirando vidas de outras. Nossa situação só vai piorar com esse acidente." falou, ainda furioso.

"Sim Harry, me desculpe. Eu agi por impulso, eu errei."

"Peça desculpas então para a sua população! Peça desculpas para as famílias que perderam suas casas, para as pessoas que perderam familiares, ou para quem está ferido, em estado grave! Peça desculpas para eles e não para mim!"

"Harry..."

"Já chega, eu vou embora daqui, ficará um bom tempo sem me ver."

"Filho, não. Por favor, eu sei que errei." Anne falou, quando Harry já estava indo em direção à seu quarto.

Pegou uma mochila e jogou roupas e outras coisas necessárias para pelo menos uma semana fora de casa.

Deu uma última olhada para seu quarto confortável e organizado e saiu em direção à porta, nem ao menos se despedindo da mãe.

Quando fechou a porta de casa percebeu que não fazia idéia de onde ficar.

-x-

"Harry?" Louis perguntou confuso. "O que está fazendo aqui?"

"É... Eu meio que briguei com a minha mãe e resolvi sair de casa por uma semana, então estava pensando se poderia-"

"Ficar aqui?" Louis perguntou.

"Se não fosse um incômodo..." falou sem graça.

"Sem problemas. Mas você terá que ficar no sótão. Meus pais não podem de forma nenhuma saber que está aqui."

"Tudo bem, não irão ouvir nem um ruído vindo de mim."

utopia | larry mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora