prólogo

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- Acho que vou querer toda a coleção de inverno! Pode levar tudo para o meu endereço. - sorri.

- Dulce... Acho que está gastando muito! O tio falou que era pra reduzir os gastos . - minha prima Margaret adverte receiosa.

- não se preocupe! Meu pai vai dar a volta por cima. Assim como sempre faz. - dou de ombros . - pode embalar,vou pagar com o cartão. - sorri.

- por favor passe aqui! . - a vendedora põe em minha direção a máquina de passar o cartão.

Eu o faço, e depois dígito a senha de meu cartão sem limites.

- desculpe senhora! O cartão está dando bloqueado. - a moça fala sem graça.

- como assim ? O cartão é sem limites. - eu falo achando um absurdo o que ela acabara de falar.

- passe novamente! Talvez seja um erro da máquina. - ela novamente põe a maquina em minha direção.

E novamente passo e digito a senha corretamente.

- Deu bloquado novamente . - a garota me olha . - quer pagar a vista? . - pergunta.

- Na....não . - minha cara estava totalmente na lama de vergonha,queria que uma cratera se abrisse e me engolisse para poupar-me daquele vechame em uma das lojas mais chiques de Manhattan.

- vamos Dulce.. - Margaret me pucha . - que vergonha!

- vamos pra casa, tenho que conversar com papai,nunca houve uma coisa dessas comigo! . - eu estava extremamente irritada .

Ao estacionar meu carro, uma Mercedes preta, último presente de meu pai, vejo o prédio rodeado de ambulâncias, meu corpo começa a tremer e gelar.

- olha Dulce.. O que aconteceu?

Pucho rapidamente o freio de mão e saio correndo de dentro do carro.




- o que é isso? Por que essas ambulâncias? . - meus olhos marejados suplicara por uma resposta .



- você é a senhorita Dulce,não é ? . - um homem vestido de terno pergunta.



- sim... O que está havendo? Por que essas ambulâncias estão aqui ?.




- seu pai ... Ele.. Bom. - coça a nuca e respira fundo . - Ele sofreu um enfarto e vão leva-lo para o hospital.


Meu chão sumiu, e tive vontade de sair gritando todo o quarteirão.


- meu PA...pai o que ? . - minha voz sai falha por conta do choro entalado em minha garganta.




- Ele sofreu um enfarto,sou o advogado pessoal dele, e tinha vindo avisar de sua falência quanto aos negócios da empresa, houve um grande desvio,e o que resta é somente dividas e mais dívidas. - ele tinha uma certa pena ao falar a história. - o bom é que o sócio dele não foi aflingido quanto ao rombo dele, mais seu pai entrou em falência total... Sinto muito senhorita . - baixa a cabeça e sai.




- Dulce, por que está assim? O que houve? . - minha prima aparece atrás de mim,a dor apertava meu coração. A que ponto minha vida chegou. Eu não mereço duas perdas. Não.




- o papai .. Ele... - não consigo completar a frase,pois o choro me possui,assim engolindo todas as palavras que poderiam sair se minha boca.




- o Que houve com o Tio? . - me abraça.



- Foi levado para o hospital, ele sofreu um enfarto. - aperto o abraço.



- vamos pra lá, eu dirijo e no caminho você explica tudo. - solta o abraço e me pucha até o carro,eu não acreditara que aquilo era real. Eu não podia acreditar.

O contrato: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora