capitulo um

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- Seu pai quer falar com você! . - o médico fala e eu levanto rapidamente daquela cadeira de espera. Dura e sem conforto.

- Eu já volto ! . - falo a minha prima e o sigo. Ele não me parecia ter bouas noticias.

Eu caminho acompanhando a sombra daquele doutor, aqueles corredores pareciam ser os mais longos ! E quanto mais eu andava meu coração se apertava , a angustia estava me dominando, e as lagrimas já passeavam por meu rosto.

- Bom. Aqui è o quarto de seu pai , não o emocione muito, seu coração estár muito fraco, tente ser o mais tranquila possivel . - pede o doutor, eu apenas balançei a cabeça afirmando, e com minhas mãos timidas rodo a maçaneta da porta e vagarosamente vou adentrando aquele quarto, todo branco e bem iluminado. Aquele barulho do aparelho só me desesperou mais, era como se aquele som fosse a pior coisa do mundo de se ouvir.


Eu não aguento aquele mar de lágrimas que pesam em meus olhos, ao ver meu pai naquele estado, eu nunca imaginei que o amava tanto. Incrivel que essas coisas só servem para reconhecermos quem amamos de verdade. E sim eu amo meu pai mais que tudo.


- Papai . - sussurro e vou para o.lado da cama, para ver ele mais de perto, sentir seu cheiro.

Ele abre vagarosamente seus olhos , piscando lentamente e abre sua boca em busca de força para falar .

- xii . - ponho meu dedo em sua boca . - você não pode ser esforçar, não precisa dizer nada eu to aqui papai . - soluço , minha fraqueza era algo claro que naquele momento se transparecia sem que eu pudesse evitar. Era algo inèvitavel.


- Eu ... eu preciso falar . - susurra ele , parecia algo importante que ele quisesse me dizer urgentemente. - filha, eu sei que não vou escapar .

- Não diga isso ! . - falo assustada . - você ainda vai me repreender muito . - tento brincar e aperto sua mão gelada.


- Não filha ! Sinto que è meu fim . - sua voz tinha um toque de amargura, mais ele estava altamente conformado, mais aquelas palavras foram como um soco em meu rosto. Já havia perdido minha mãe, não podia perder meu pai, isso seria muito injusto. Por que? Por que? .Começo a chorar ainda mais , a dor só aumentava.


- Não chore filha . - Ele também tinha lagrimas . - Eu sempre vou te protejer, de onde eu estiver . - com sua pouca força ele aperta minha mão . - Nunca esqueca, eu te amo pequenina , eu te amo. - Ele repete.

- Eu também te amo muito papai . - Eu falo , isso saiu de meu coração . Da minha alma.

E sabe aquele som do aparelho, aquele barulho impertinente começa a indicar que o coração de meu pai estava parando, eu o olho e ele ja havia fechado os olhos, a tristeza, dor,desespero me consome.

- PAI ? PAI ? . - ele já não me respondia , as enfermeiras entram no quarto rapidamente e o doutor logo atrás.


- SALVEM MEU PAI POR FAVOR . - eu imploro fora de si.


- Se acalme senhorita . Por favor você não pode ficar aqui . - a enfermeira fala e pega meu braço mais eu reluto para não sair, choro,grito,imploro para ficar.

- Deixa eu ficar ao lado dele? Por favor . - imploro e sou jogada fora da sala e levada ate um quarto.

Eu já não me reconhecia. Eu estava sem chão, sem apoio.

- vou lhe aplicar esse sedativo senhorita, você estár muito agitada. - a enfermeira fala e logo aplica aquela injeção que faz tudo escurecer ao meu redor .

O contrato: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora