Capítulo quatro

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Abro a porta para Margaret e á abraço muito forte em busca de consolo .

— Estou perdida prima. — caio em desespero.

— Dulce calma, eu estou aqui, vou te ajudar. — aperta o abraço. — vem vamos sentar aqui. — ela me puxa para o sofá. — olha.. deita aqui que eu vou preparar um chá para você se acalmar.

— Não precisa. —  murmurei.

— precisa sim, aposto que desde ontem você não come nada, deita aí que vou preparar alguma coisa.

Joga sua bolsa em cima do outro sofá e vai em direção a cozinha.


Eu fico encarando o teto e quando vejo já estou chorando com lembranças que tomavam minha mente e meu coração, não seria fácil aliviar aquela dor, e além disso tinha tantos problemas sem solução que começavam a me torturar, eu nunca me imaginei em tal situação.



Parecia que a cada minuto piorava, a angústia me consumida eu não via nenhuma forma de poder pagar aquelas divídas, não tinha sequer para onde ir.

Seria chato morar com minha prima, ela dividia um apartamento com seu namorado e não cairia bem eu atrapalhar a privacidade deles eu me sentiria desconfortavèl.


Também não possuía nenhuma economia guardada, eu não era do tipo que guardava dinheiro.


Passo a mão pela minha cabeça e respiro fundo e solto o ar levemente.



Alguém bate na porta e meu coração já fica na mão,  o que seria dessa vez? Sinto que a cada hora a situação piorava.

Me arrasto até a porta e a minha frente vejo um homem elegante de porte alto, não era muito velho e nem muito novo, branco e esguio, tinha o ar sèrio e parecia ser educado e bem rico.

— Boa noite. — ele cumprimenta e eu me pergunto quem seria aquele homem.


— Boa noite, você è? . — pergunto.

— Desculpe, eu não me apresentei.. eu era um dos sócios de seu pai, á algum tempo rompi sociedade com ele, mas tenho algo a lhe propor. — põe uma das mãos no bolso da calça de tecido fino e caro.

— Que próposta? .— o olho confusa.

— Podemos conversar? serei breve. — fala em tom sèrio.

— Ah claro, entre... — abro passagem e ele adentra a enorme sala.

— Eu fiquei sabendo da tragédia que houve, meus pêsames. — olha para mim.

— Pois è... ainda não caiu a ficha. — abaixo a cabeça. — muito obrigada. — agradeço.

— Vou diteto ao assunto. — se senta em um dos sofás e da uma breve olhada em volta admirando a decoração e se volta a olhar para mim. — Tenho uma proposta a lhe fazer, soube que seu pai estava muito endividado,  perdeu tudo, e envesti minhas  acões em outra empresa á algum tempo.. e acabei salvando meu dinheiro de ser roubado.. — Põe a pasta sobre suas pernas.

Eu ainda não entendia onde ele queria chegar e lhe olho atenciosamente esperando o que ele queria me propor.


— Eu estou disposto a pagar todas as suas divídas e lhe dar uma vida como a de antes, e em troca quero que se case com meu filho. — eu estreitei as sobrancelhas e o olho sem acreditar.

— Oque? Não estou a venda.  — o encaro horrorizada.

— Isso mesmo que ouviu, eu sei que parece meio absurdo, mais será apenas por um ano, terá que assinar um contrato. — ele tira da pasta um papel que seria o tal contrato e me entrega. — e sei que não está a venda, mas está precisando de dinheiro, e eu tenho, e em troca só tem que casar com meu filho.

— Senhor eu não vou aceitar o que está me propondo, isso è um absurdo.  — nem olhei para aquele papel e tão pouco me enteressei.

— Acho que você não terá muita escolha, è melhor pensar antes de ser despejada desse lugar , espero que seja mais esperta que seu pai.

— Não ouse a falar de meu pai. — altero o tom da minha voz.

— Tudo bem, se mudar de idèia, e sei que vai, me procure, este è o meu cartão e aí está todos os números de meus telefones. — me estende um cartão branco e me recuso a pegar,  ele acaba jogando em cima da mesa que havia entre os sofás e saí com uma calma imensa como se tivesse certeza que eu aceitaria aquele absurdo.


Eu vou atrás e fecho com grande força a porta e me jogo no chão sentido-me destruída.

— Que gritos foram esses? — Margaret vem da cozinha assustada e para ao me ver no chão chorando desolada.



— Eu não sei o que eu faço, um louco veio aqui e me prôpos que me case com seu filho e em troca ele me da o dinheiro que preciso.



— Cadê esse idiota? — ela pergunta furiosa.


— Já foi..


— Dulce.. não fica assim, ainda quero saber o que está havendo.. você ainda não me disse, estou confusa. — fala e me ajuda a levantar do chão.


— Ta eu vou falar.. — me sento no sofá e a encaro.

O contrato: vondyOnde histórias criam vida. Descubra agora