Love Me Again

A Proposta.

Ed POV

- ED!

Acordo com meu tio gritando meu nome.
Merda!

- Não grita porra. - falo tentando manter a calma.
- Você se meteu em briga de novo?

Falou jogando um jornal em cima de mim. Onde tem uma foto minha batendo naquele filho da puta ontem a noite.
"Herdeiro da empresa Sheeran se envolve em briga por causa de mulher."

- Quando você vai crescer e virar um homem de verdade?
- Mark, na boa. Me deixa dormir.
- Você já dormiu de mais, já passa das 14 horas. Você tem 30 minutos pra ficar com uma aparência apresentável.
- Pra que?
- Temos que conversar. Te espero no escritório.

Ele sai batendo a porta.
Legal!
Já vi que vem bomba.
Me levantei e fui tomar um banho.
Cara, estou péssimo. Com uma ressaca das bravas.

Me vesti e fui para o escritório e meu tio estava mexendo no computador, com uma expressão séria.

- Vários sites estão falando da sua nova briga. - falou quando entrei no escritório.
- Foda-se. - sentei na cadeira e o encarei.
- Qual foi o motivo dessa vez?
- Tinha uma piranha gostosa dando em cima de mim e eu achei que ela estava sozinha e a beijei. O namorado dela apareceu querendo brigar e eu quebrei a cara dele. - falo rindo.
- E você acha isso engraçado?
- Foi divertido. Senti uma adrenalina incrível.
- Não se machucou?
- Não. Bom, só minha mão, mas nada de mais.
- Um dia você vai se dar mal nessas brigas. Mas vamos falar de uma coisa importante.
- O que é?
- Antes de vir pra cá, eu participei de uma reunião do concelho na empresa.
- O que eu tenho a ver com essa merda?
- Essa merda, era a vida do seu avô. - ele praticamente grita e passa a mão no cabelo para se acalmar. - Ed, esse empresa era tudo para o seu avô, para seu pai...
- Justamente porque essa empresa era tudo para o meu pai que eu a odeio. ODEIO! Ele se importava mais com essa porcaria do que com a família dele.
- Isso não é verdade.
- É sim! Por causa do amor dele por essa porcaria de empresa que a minha mãe morreu.
- Sua mãe morreu porque ela ficou doente.
- E em vez dele cuidar dela ele estava cuidando dessa porcaria. E depois que ela morreu ele praticamente esqueceu que tinha um filho.
- Não é bem assim...
- Não defende ele. Você sabe que é verdade. - grito.
- Ed... - ele respira fundo. - Vamos falar do que interessa no momento.
- Tô ouvindo.
- Pois bem, o assunto da reunião hoje foi a sua situação. Caso você não se lembre, falta apenas dois meses para o prazo de você se tornar um homem de verdade se expirar. Se lembra do testamento do seu pai?

Tem 2 anos que meu pai morreu de acidente aéreo e no testamento ele foi claro, dizendo que eu só herdaria a minha herança (40% da ações da empresa Sheeran, meu tio tem 40% e os outros 20% estão divididos entre acionistas) depois que eu me casasse e me tornasse um homem responsável o que inclui ir trabalhar naquela merda. No lugar que eu mais odeio.

- Sim, eu lembro bem daquela porcaria.
- E você sabe que se você não tomar um rumo logo as suas ações serão doadas? Ou vendidas para pessoas que nunca vimos na vida?
- Não ligo.
- E como é que você vai bancar as suas farras?
- Não quero saber dessa empresa. Meu avô tinha que ter deixado ela só pra você.
- Já chega disso. Eu vou dar um rumo na sua vida, eu prometi para o meu irmão que te ajudaria. Temos dois meses para isso...
- O que quer dizer com isso?
- Você vai casar.

O que?
Ele só pode ter batido com a cabeça.
Eu me casar está fora de cogitação.

- Não vou casar. Nem tenho uma namorada e mesmo se tivesse eu não me casaria.
- Eu vou cuidar disso. Já falei para os acionistas que você já está de casamento marcado, eles ficaram em dúvida, mas o que importa é você cumprir todos os desejos do seu pai. O que inclui ir trabalhar na empresa e amanhã mesmo você começa.
- Eu não vou.
- Você vai! Amanhã eu te pego às 8:30 em ponto e vamos para a empresa. Já mandei arrumarem o seu escritório.
- Tio Mark, eu tenho uma festa hoje.
- Quando é que você não tem? - ele riu. - Você não vai a essa festa, se quiser ir a alguma festa, vá apenas nos finais de semana e tenta não se meter em briga.
- Ok. Vou ter que ir nessa merda todos os dias?
- Sim. Mas olha pelo lado bom, você só vai ficar lá das 09:00 às 17:00.
- E essa história de casamento? Não quero me casar. Eu só tenho 24 anos, ainda tenho muita coisa pra viver e casamento agora só vai atrapalhar.
- Não se preocupe, já estou cuidando de tudo. Vai ser um casamento por contrato, casamento de fachada só para os acionistas te deixar em paz e você herdar a sua herança. Não quero que a empresa que meu pai lutou tanto para construir se acabe por capricho seu.
- Por mais que eu odeio esse lugar, não quero acabar com isso. Eu sei que essa empresa era tudo para o meu avô. Sei que às vezes parece que eu não me importo com ninguém, mas eu me importava com ele, com a minha mãe... e por incrível que pareça com meu pai também.
- Eu sei, meu filho. Seu pai também se importava muito com você, ele ficou muito preocupado com você depois que a Imogen morreu.
- Ele não estava nem aí pra nada além daquela empresa. E eu não quero mais falar dele. Com quem vou casar?
- Vou procurar sua noiva.
- Ela tem que ser no mínimo bonita. Não quero casar com uma baranga.
- Ótimo. Achei que ia ser mais difícil te convencer do casamento.
- Só estou fazendo isso porque não quero ser o responsável por destruir a empresa do meu avô. E também não quero perder a minha herança, se eu perder como é que vou bancar as minhas saídas à noite?!
- Ed, você realmente tem que mudar. Me responde uma coisa?
- Hm.
- Você ainda está usando drogas?
- Não. Desde que meu pai morreu eu parei.
- Tem certeza?
- Tenho porra.
- Vou confiar em você. Você sabe que eu te amo como se fosse meu filho não é?