Dia Romântico.

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Katherine POV

Quando abro meus olhos, é como se eu estivesse despertando de um sonho bom, me sinto leve. E tem uma coisa estranhamente boa nisso tudo. Estou com a cabeça no peito de Ed e ele está com o braço em volta do meu corpo e sua mão, delicadamente, repousa na minha cintura.

Olho para cima e Ed está me olhando, de um jeito diferente, não sei isso é bom ou ruim. Só sei que gosto desse olhar.
Me sento na cama e faço um coque no cabelo.

- Ahm... Errr... Desculpa, eu devo ter rolado na cama e por acidente eu...
- Tudo bem, Katherine. Eu não me incomodei. - sorriu de canto.
- Isso não vai mais acontecer.
- Tá.

Que vergonha.
Como eu fui acabar nos braços dele?
Eu dormi tão bem.
Sem que eu perceba um sorriso se forma nos meus lábios e Ed continua me olhando, agora intensamente, como se ele tentasse ler meus pensamentos.

- Vou tomar um banho. - digo me levantando e indo para o banheiro.

...

- O que vamos fazer hoje? - Ed pergunta saindo do banheiro, ele está apenas de bermuda e bagunçando o cabelo, que ainda está úmido.
- Eu pensei em ficar aqui, lendo.
- Ai Meu Deus. Eu casei com uma nerd. - diz ele num tom dramático.
- Não sou nerd.
- Ah, é sim! Quem fica lendo livro na própria lua de mel?
- Quem tem um casamento de fachada. - respondi e ele ficou calado.

Ed foi até a mesa e pegou seu celular, digitou alguma coisa e veio até mim, sentando-se ao meu lado.

- E aí, vamos conhecer a cidade?
- Minha agenda está cheia, mas acho que posso desmarcar alguma coisa e te ceder uma horinha. - respondi com indiferença e ele deu uma risada divertida.
- Ok, Senhora Superocupada. Onde a senhora deseja ir primeiro? Torre Eiffel?
- Ah, pode ser. Eu também gostaria de ir na Pont des Arts.
- Aquela ponte onde os casais colocavam cadeados do amor?
- Sim. Agora não tem mais os cadeados, mas mesmo assim eu gostaria ir lá.
- E depois?
- Sei lá, Ed. Não pesquisei sobre os pontos turísticos da cidade. Conheço poucos, que vi na internet.
- Tudo bem, acabei de mandar uma mensagem para Rosie, e tenho certeza que ela vai preparar todo o nosso roteiro turístico. Ela conhece tudo dessa cidade, tem tipo uma obsessão por Paris. - ele riu. - Vamos tomar café da manhã agora?
- Tá.

Ed vestiu uma camiseta branca e fomos para o restaurante do hotel.
Ed parecia outra pessoa, contou algumas histórias da sua adolescência, do quanto ele aprontou com os amigos; ele era o terror da escola. Ed estava rindo, ainda não reclamou de nada. E eu estava encantada com esse Ed.

Só espero que ele fique muito tempo.

O celular dele tocou, mas ele ignorou a chamada duas vezes.
- Não vai atender? - perguntei me levantando da cadeira.
- É o Mark. Com certeza ele está ligando para reclamar ou exigir alguma coisa. Ou para saber se um de nós ainda está vivo. - sorriu.
- Atende, deve ser importante.

Ele negou com a cabeça e fomos para o quarto, quando Ed abriu a porta ouvi meu celular tocando, corri para atender e quase tropecei, o que fez Ed ficar rindo de mim.

Idiota!

- Oi, Mark. - eu disse quando aceitei a chamada.
- Olá, querida. Como estão as coisas por aí? Ed está se comportando com você?
- Está tudo bem... Ele tá sendo legal. - olhei para Ed, que estava me olhando com uma sobrancelha arqueada.
- Que bom. Qualquer coisa que ele fizer, você pode me falar que eu dou jeito nele.
- Ok.
- Bom, eu só liguei mesmo para saber como vocês estão e para te agradecer.
- Agradecer? Pelo o que? Eu não fiz nada.
- Sim, você fez. Ed postos umas fotos de vocês, uma que você tirou, e um vídeo. Tenho certeza que ele só postou por causa de você. Obrigada por tudo, Kathy. Tenho certeza que você vai fazer muito bem para o Ed, eu não poderia ter escolhido mulher melhor para ser esposa do meu sobrinho.
- Eu não sei nem o que falar. - eu disse já envergonhada, e para piorar, Ed não tirava os olhos de mim.
- Não precisa falar nada, só continue sendo você. Agora vou ter que desligar, tenho uma reunião e uma das pauta é regularização da herança do Ed.
- Então, no final deu tudo certo? A herança é dele?
- Sim, e era justamente isso que eu queria falar pra ele, mas o filho da mãe ignorou as minhas ligações.
- Ele achou que você estava ligando para reclamar ou exigir alguma coisa.
- Esse meu sobrinho. - riu e acabei rindo também. - Tenho que ir, querida. Obrigada mais uma vez.
- Não foi nada. Boa reunião.

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