Love Me Again

Não se pode ter tudo o que quer.

KATHERINE POV

Pensei que eu fosse morrer.
Foi tão assustador.
Em um segundo estávamos nos divertindo, eu estava nadando perfeitamente e no outro eu estava sem conseguir me mexer e sentir a perna. Era como se eu tivesse em um pesadelo e não conseguia me mexer e estivesse sendo engolida pelo o oceano.

Eu fiquei desesperada. Só conseguia pensar em minha mãe, Jason, Ethan... Foi terrível.

A porta se abre e seu Mark entra seguido por Ed.
Ele me salvou.
Edward Christopher Sheeran me salvou!
Isso é tão inacreditável.

- Você precisa descansar por isso vamos voltar para casa. - diz Mark sentando na beira da cama.
- Não quero estragar o passeio de vocês. Não precisamos voltar, eu fico aqui e vocês vão se divertir. - digo me sentando.
- Não, Kathy.
- Estou bem. Não precisamos voltar. Por favor?!
- Eu fico aqui com ela. Não estava a fim de pegar sol mesmo. - diz Ed, ainda parado na porta. Seus olhos me analisando.
- Tudo bem. - Mark concorda sorrindo para Ed. - Não se matem e qualquer coisa me chamem. E quando o almoço estiver pronto eu aviso vocês.
- Ok. - Ed e eu falamos em uníssono.

Mark sai do quarto e nos deixa a sós. Ed parece tenso e isso chega a ser engraçado. Ele finalmente tira os olhos de mim e olha em volta. Ele chega mais perto e senta em uma poltrona ao lado da cama.

- Tem certeza que está se sentindo bem? O que houve para você se afogar? Você sabe nadar. - Ele disse todas as palavras em parar.
- Só estou um pouco cansada. O doutor Halston disse que eu posso ter tido uma cãibra, por isso não conseguia sentir minha perna e não consegui nadar. Aí o meu desespero deve ter levado a isso.
- Achei que você fosse morrer. - Ele sussurra olhando para o lado.
- Também achei. - digo e nossos olhos se encontram.

Ed se levanta e senta de frente para mim, ele acaricia meu rosto e me abraça. Eu não me sinto desconfortável, pelo contrário, então o abraço de volta.

- Obrigada por me salvar. - digo inspirando seu cheiro amadeirado, fico inebriada e vejo a que isso pode levar e desfaço o abraço.
- Eu não podia ficar viúvo tão cedo. - diz rindo e eu rio também.

E ficamos naquele silêncio confortante e acolhedor. Seus olhos dizem algo que eu não consigo decifrar. Meus olhos descem para seu corpo, atentos a cada detalhe de Edward.
Ele está só de bermuda, seus braços cheios de tatuagens, seu corpo bem definido e todo o conjunto da obra acendem uma chama em mim. Aquela mesma chama de quando eu quase me entreguei a ele e fui rejeitada.

Ed leva a mão até meu cabelo e coloca uma mecha atrás da orelha, depois sua mão vai para minha nuca e faz leves carinhos na minha pele e todo o meu corpo se arrepia. Ele sorri.
Que sorriso!
Não sei o que houve com a minha cabeça ou com meu corpo, talvez eu tenha engolido água demais e me fez perder o juízo. Só sendo isso para eu deixar o que estava prestes a acontecer, acontecer.

- Desculpa, mas eu realmente tenho que fazer isso. - diz aproximando cada vez mais seu rosto do meu.

E então acontece.
Os lábios de Ed acaricia os meus e eu me deixo envolver nessa sensação gostosa, soltando um leve e abafado suspiro. Ele se afasta apenas um centímetro e quando abro os olhos ele está olhando para mim e sorri. Um sorriso tão doce que chego a pensar que esse não é o Ed com quem me casei.
Ele toca os lábios nos meus novamente e lhe dou passagem para o beijo. Ele me beija com uma delicadeza que acredito cada vez mais na minha teoria de que esse Ed não é aquele Ed escroto.

Ele intensifica um pouco mais o beijo e aquela chama também se intensifica. Ed me deita, ficando por cima de mim, seus lábios descem para o meu pescoço. A imagem de eu me despedindo de Ethan anos atrás invade minha mente, e como se o meu juízo voltasse ao normal, eu faço Ed parar.