ARTHUR
A festa estava acontecendo na quadra de esportes da vila. Cada pessoa que levava um prato de algo comestível, recebia uma pulseira para participar da festa.
Tinha música ao vivo e muitas pessoas dançando. O lugar estava lotado. Não demorou muito para que eu a visse perto da mesa de salgadinhos. Vestido florido até os joelhos, sandália rasteira, pele bronzeada e uma flor no cabelo. Fiquei parado, totalmente hipnotizado olhando para ela.
Um rapaz alto e forte a abraçou e depositou um beijo em sua bochecha. Não sei porque, mas meu coração se apertou naquele momento. Espera, eu o conheço. Era André, um dos meus melhores amigos. Será que estão namorando? Fico feliz por eles.
- Não vai falar com ela? – Minha avó perguntou.
- Não sei se devo.
- Mas por que? - Ela inquiriu.
- Ela está acompanhada. – Apontei para Cris e André que conversavam animadamente.
- Ele está de casamento marcado, não seja bobo.
- Mas um motivo para eu não ir. Se ela vai se casar.
- Arthur, qual é o seu problema? Filho ainda que ela esteja de casamento marcado, o que não é o caso, vocês são amigos desde a infância e vão acabar se encontrando, uma hora ou outra pela ilha, então acho melhor você ir até lá e os cumprimentar.
- Tá vó. Estou indo.
Ela não me viu me aproximar. A cada passo que dava, meu coração saltava dentro do meu peito. Era difícil respirar com ele dançando dessa forma.
- Boa noite. Será que posso comer um salgadinho?
Cristiane me olhou. Seus olhos brilharam e um sorriso nasceu em seus lábios:
- Arthur? – Ela me olhava incrédula. – Tutu, é você? – É! Esse é um apelido ridículo, eu sei. Mas quanto mais eu me irritava, mas ela me chamava assim, então passei a ignorar e confesso que senti saudades de ouvir esse apelido tosco saindo de sua boca. – Não acredito! – Cris pulou em meu pescoço.
- Ei, assim você vai me quebrar. – A abracei de volta. Era maravilhoso ouvir o som de seu sorriso.
Logo seu cheiro penetrou por minhas narinas. Ela cheirava a rosas e mar. Me fez lembrar o quanto eu amava esse cheiro.
- E eu, não ganho abraço não? – André falou.
- Ei cara, tudo bem? Como estão as coisas por aqui? – Apertei sua mão e ele me puxou para um abraço. - Minha avó falou que estão de casamento marcado. – Eles se entreolharam e gargalharam, me deixando confuso. – O que foi? Falei alguma besteira?
- Sim. – Ouvi uma voz feminina atrás de mim e me virei. – Eu sou a noiva. – Ela estendeu a mão deixando à mostra uma aliança. Senti um alívio repentino.
- Clicia? – Perguntei em dúvida.
- Presente. – Ela levantou a mão direita.
- Como você está crescida menina. E linda. – E era verdade. Clicia e Cristiane eram primas e se pareciam bastante. Cabelos escuros e olhos verdes. Ela era um pouco mais nova que a gente, mas estava sempre na barra da saia da Cris, andando com a gente de um lado para o outro.
- Ei, olha como fala da minha noiva! – André socou meu peito.
- Com todo respeito, cara, com todo respeito.
- E o que traz você à ilha? – André perguntou. – Deixou o palácio onde vive para vir a esse fim de mundo a troco de que?
- Vim ver meus avós. – O que não era mentira. – Já faz muito tempo que não os vejo, então... – No início eu até vinha em férias, mas depois que cresci, nunca mais pisei aqui.
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Recanto do Amor - DEGUSTAÇÃO
Romanzi rosa / ChickLitPLÁGIO É CRIME! ESTA HISTÓRIA NÃO ESTÁ MAIS DISPONÍVEL NA PLATAFORMA. LANÇAMENTO NA AMAZON PREVISTO PARA AGOSTO. ------ Arthur Bitencourt é o CEO da empresa de sua família, Pesca da Costa. Com o casamento marcado e sendo pressionado pelo pai, Arthur...