❀ Desculpe qualquer error ❀
Já havia se passado dois meses, desde que tudo aconteceu. Dois meses desde que Harry e Louis começaram a namorar. Dois meses desde que Louis entrou pra esse vida de assaltar bancos junto à Harry, Liam e Zayn.
Bem, por falar nesse casal, Louis ficou amigo dos dois logo, da mesma forma que se tornou íntimo deles com facilidade. E a essa altura, os três já haviam se acostumado com a presença do moreno na pequena casa.
No início foi um tanto difícil para Louis, quer dizer, ele teria que deixar os amigos e a família, e sumir sem dizer para aonde foi. Mas depois, aos poucos, Louis foi se acostumando, ainda mais pela presença de Harry ali, que lhe dava amor e carinho apesar de tudo.
Louis ficava imaginando como seus pais estavam, e o como eles devem ter sentido uma enorme dor no peito quando viram o rosto de Louis aparecendo nos jornais junto ao rosto dos outros três, que estavam sendo procurados. Ele já chegou a sonhar com Jay, sua mãe, vendo-a trancada e chorando num quarto repetindo a frase "Aonde foi que eu errei? " diversas vezes para si mesma. E com esses pensamentos, ele mesmo já pensou em desistir dessa sua nova vida, mas seus sentimentos por Harry sempre o faziam ter algum motivo para ficar.
Bem, Louis já havia participado de alguns assaltos junto ao trio, então, obviamente, já não era mais tão inexperiente quanto na primeira vez. Seus novos amigos o haviam ensinado a atirar, e bem, como já fora ressaltado, ele já fazia parte do grupo.
Agora os quatro estavam no meio de mais um assalto, nas mesmas posições de sempre: Liam limpava os cofres, Zayn revistava os reféns, Harry vigiava os mesmos e Louis tinha recebido a função de ficar de olho na porta do banco vendo se algum policial se aproximava. Tudo corria bem, tal como o planejado, e com sorte sairiam do local antes da polícia, assim evitando uma perseguição e podendo voltar para onde moravam tranquilamente.
E parece que, curiosamente, quando estamos numa situação que têm de tudo pra dar certo, algo sempre acontece de errado. Dito e feito, Louis ouviu as sirenes de várias viaturas da polícia.
- A polícia, já está aqui, corram! - O moreno gritou enquanto alguns policiais adentravam o local agarravam no braço.
- O quê? Lou, vem logo! - Harry gritou desesperado já em outra saída.
- Não dá, Hazz, fuja logo, cacete! - Louis respondeu atordoado, com medo que os policiais os pegassem. Harry correu, assim como o de olhos azuis mandou. Ele e seus outros dois amigos entraram no carro, e logo Liam saiu cantando pneu pela rua.
O carro conseguiu se camuflar aos outros na rua, e portanto os três conseguiram se despistar da polícia, como nos velhos tempos. Mas bem, Harry sentia um vazio no peito, se sentia culpado por deixar Louis para trás, e se pudesse ele voltaria e o buscaria de volta.
Quando Liam parou o carro na garagem, ele e Zayn saíram e deixaram o amigo ali sozinho, pois eles sabiam que era isso que ele precisava. Eles sabiam que Harry não estava nem um pouco confortável em ter que deixar Louis para trás, e que ele realmente precisava ficar sozinho. E alguns segundos depois que ele estava completamente só, ele começou a se derramar em lágrimas, e foi só então que ele percebeu que nunca tinha sofrido por alguém tanto quanto estava sofrendo por Louis naquele momento. A única coisa que poderia se ouvir naquele carro eram seus soluços. E talvez pela primeira vez na vida, ele rezou, orou, fez tudo que podia. Ele pediu a Deus que trouxesse Louis de volta aos seus braços sã e salvo. E assim ele continuou, chorando, por uma, duas, três horas dentro daquele carro. Ele queria poder fazer alguma coisa, mas sabia que estava de mãos atadas pois se tentasse qualquer coisa, ele acabaria preso também e aí sim ele realmente não poderia fazer nada. Mas acima de tudo, ele só conseguia pensar em como Louis estava, em onde ele deveria estar, o que ele deve estar sentindo e se estava com raiva dele por tê-lo deixando pra trás.
E bem, respondendo a essas perguntas, Louis já havia sido levado à um presídio. Ele não sabia se ficaria lá permanentemente ou temporariamente, tudo havia acontecido rápido demais. Há duas horas atrás ele estava nos braços de Harry, e agora, ele estava preso.
Bem, Louis estava numa sala mal iluminada, e vazia, preso à uma cadeira de metal. Na sala havia apenas uma porta e uma pequena mesa com rodinhas, que continham instrumentos de tortura. Facas, alicates, tudo que era permitido legalmente para que se pudesse arrancar alguma informação de Louis. Dois homens entraram na sala, ambos não falavam nada. Louis ficou um tanto nervoso quando viu um deles pegar uma faca com uma lâmina extremamente afiada, então engoliu em seco.
- Então garoto, você tem duas opções. Ou você fala e volta pra sua cela sem nenhum arranhão, ou o gato come a sua língua e essa belezura aqui arranca os seus dedos. - O homem com o alicate na mão disse sorrindo malicioso para Louis. E novamente o loiro engoliu em seco.
- Como e onde você conheceu Harry Edward Styles? - O outro homem perguntou.
- Eu fui refém dele num assalto. - Louis foi sincero.
- E você ficou amiguinho dele e dos outros dois do nada? Conta outra, moleque. Desembucha antes que eu resolva cumprir com o que eu disse e te deixar sem dedos. - O homem com o alicate voltou a dizer.
- Sim. Foi isso o que aconteceu. Uma hora eu era refém, na outra assaltante. Não é difícil de entender, eu acho. - Louis sorriu brincalhão. O homem com a faca na mão se irritou e fez um corte pequeno na perna de Louis, como se aquilo fosse um aviso. - Eu não sei de nada. Não sei aonde eles moram, e nem sei o nome deles. Na verdade, qual deles é o Harry? É aquele de cabelo preto?
Um corte mais fundo foi feito, só que no peito de Louis.
- Segundo aviso. E não vai haver um terceiro. - O homem suspirou. - Deixa de ser burro, colabora. Os caras te levaram pra uma vida de crimes, te fizeram vir parar numa cadeia a ser torturado e você continua os protegendo?
Os homens riram da lealdade de Louis, enquanto o mesmo ficou calado. E assim foi por no mínimo mais uma meia hora. Os homens faziam perguntas e Louis, quando respondia, apenas tornava a repetir o que já havia dito. Levou socos, tapas, pontapés e facadas.
E quando ele fora jogado de volta para a sua cela, suas roupas estavam sujas de sangue, seu corpo e seu rosto estavam quase que todos roxos por conta dos murros e facadas que havia recebido com sorte, pois o outro homem não cumpriu com o que disse e não lhe torturou com o alicate. E ali ele ficou, chorando também. Sentia dores no peito, mas ainda sim ficou sentado no chão, abraçando os próprios joelhos enquanto se balançava levemente pra frente e para trás e repetia o nome de Harry diversas vezes, como se fosse sarar a dor em seu peito e ele fosse voltar para seus braços, como se tudo isso tivesse sido apenas um pesadelo.
Assim se arrastou por uma semana. Louis comia muito pouco. Ele apenas dormia. Sim, dormia, pois dormindo ele sonhava com Harry, e Harry o deixava calmo.
E bem, o mais velho estava nesse mesmo estado, apesar de estar quase em depressão. Apesar Liam e Zayn saberem mais do que ninguém o quanto Harry se apegou a Louis, eles pensaram que iria passar. E depois de terem visto o amigo naquele estado havia uma semana, eles viram que estavam terrivelmente enganados.
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File Syndrome ➹ ( Larry Version )
FanficSíndrome de Lima: O oposto da síndrome de estocolmo ; neste caso os bandidos têm extrema compaixão pelas vítimas. Copyrigth© 2015 by ourasthon, version by LouisBBottom.