➹ Fourth Chapter

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Desculpe qualquer error

Um mês. O tempo passou rápido para ambos - mas também isso não o fez menos doloroso. Não era como se Harry e Louis não tivessem chorado quase todos os dias com saudades um do outro.

Louis não se dava bem com os outros presos; talvez seja por isso que ele está numa cela escura, sem nenhuma cama ou janela, como a antiga. Ou seja, ele estava na solitária, e por conta de diversas brigas que havia arranjado com os presidiários e até mesmo com os guardas, que eram rudes e grossos com o moreno, que obviamente não levava desaforo pra casa. Então lá estava ele, em sua nova cela, que era pior que a sua antiga. Ele só queria que isso acabasse, queria poder sair dali e ficar com Harry. Ah, Harry. Qualquer outro no lugar de Louis culparia o cacheado pela sua prisão e teria ódio mortal dele. Mas não Louis. Louis não conseguia nem ao menos ter raiva dele.

E lá estava ele, deitado no chão frio, fitando o teto escuro. Nem ver o sol se pondo quadrado ele poderia novamente. Louis também estava muito magro, visto que a comida era pouca, e obviamente ruim. Quer dizer, aquilo era uma prisão, mas na opinião dele, os cozinheiros faziam comida ruim propositalmente. Ele ouve o barulho da grande porta de ferro sendo aberta.

- Ei, bundudo. Dia de sorte. - O guarda dizia enquanto terminava de abrir a cela. - Você está livre.

- E-eu fui solto? - Louis perguntou, a esperança invadindo seu peito.

- Não, seu otário. - O guarda ria. - Você só não precisa mais ficar na solitária, então vamos logo a menos que você queira ficar aí, bichinha.

- Seu broxa de merda. - O de olhos azuis murmurou irritado, e por sorte o outro não ouviu. Se levantou do chão e o homem o algemou, lhe levando grosseiramente de volta à sua antiga cela.

- Você vai ter que dividir a cela, moreninho. - O guarda rosnou. - Só tenta não comer ele, ok, bichinha?

Louis trincou os dentes com raiva, mas logo ignorou o guarda ao ver quem seria o seu companheiro de cela, tanto que caiu de cara no chão quando o guarda lhe jogou dentro das grades. Sentiu duas mãos grandes o levantarem, e levantou o olhar para fitar o rosto do outro.

- Loueh, você está bem?

- Ha-Harry? - Ele gaguejou. Não conseguia acreditar que ele foi preso também. Pra ele ou aquilo era um sonho ou ele estava tendo alucinações.

- Sou eu. - Ele riu fraco, puxando Louis para um forte abraço enquanto cheirava seus cabelos. Ah, aquele cheiro, como Harry sentiu saudades desse perfume.

- O quê aconteceu com você? Como te pegaram? Aonde estão Li e Zee? - O moreno ficou confuso. Ele tinha várias perguntas.

- Ei, calma. - Harry sorriu. - Eu me entreguei.

- O quê? Como assim, Styles, você ficou maluco? - Louis gritou surpreso.

- Eu já disse que adoro quando você diz o meu sobrenome? - O mais velho sorriu, acariciando o rosto de Louis com o polegar.- Eu tenho um plano pra nos tirar daqui.

- Mas e se não der certo? Hazz, e se você não puder sair daqui nunca? Isso é sério. - Louis suspirou. - Você é tão otário.

- Louis, se eu não pudermos sair daqui, pelo menos eu ficarei com você. - Ele sorriu. Bem, a coisa que ele mais fazia na presença do moreno era sorrir. - Li e Zee vão nos tirar daqui. Calma, vai dar tudo certo.

- Eu ainda não entendo o porquê de você ter se entregado.

- Foi por você, idiota. - Ele beijou Louis nos lábios. - Você acha que eu estava bem sem você? Eu prefiro morrer aqui do que morrer sem você, panaca.

- Sabe, esse "panaca" cortou todo o clima. - Louis riu. - Você sabe que eu senti sua falta.

- Agora eu quero saber o que você estava fazendo na solitária. - Harry perguntou curioso.

- Eu arranjei uma briga... - Ele sorriu.

- Ah, então o daddy é forte? - O de cabelos compridos brincou.

- Eu sempre soube que eu era o daddy. - Ele sorriu, beijando-o nos lábios. E assim foi a tarde e a noite deles. Fizeram amor, pra matar a saudades. Ambos sabiam que não conseguiam ficar longe um do outro, e aquela noite apenas confirmou isso. Eles não ligaram se os outros detentos nas celas ao lado ou se os guardas os ouviram. Os dois apenas estavam felizes, sentindo um ao outro.

Harry jamais desistiria de Louis, jamais. O moreno foi a primeira pessoa que ele amou de verdade, e que o amou de volta. Ele tinha medo de amar novamente, perdeu seu último amor por culpa própria, e agora, que tinha encontrado outro alguém, jamais deixaria alguém tirá-lo de si.

- Eu sou doente de amor por você, sabia? - Harry lhe disse com a cabeça deitada no peito de Louis.

- Eu sou tão doente quanto você. - Ele riu.

Mal sabiam que era no sentido literal. Como já ressaltados, eles faziam um casal perfeito. Cada um com sua síndrome, ambas se complementando.

Síndrome de Estocolmo:

A simpatia do sequestrado/refém pelo seu sequestrador.

Síndrome de Lima:

É a simpatia do sequestrador pelo sequestrado/refém.

Ambos precisavam um do outro cada vez mais. Sabe, esse tipo de coisa, na opinião de ambos, só acontece uma vez.

E a contagem era regressiva: 3 dias até Liam e Zayn conseguirem soltar o casal da prisão. Eles ainda não tinham certeza se continuariam a roubar ou algo do tipo, mas tinham certeza que ficariam juntos novamente. E ambos já podiam sentir o gosto da liberdade na boca.

Mas, sabe, nem sempre as coisas seguem como o planejado.

File Syndrome ➹ ( Larry Version ) Onde histórias criam vida. Descubra agora