➹ Fifth Chapter

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Desculpe qualquer erro

- Harry, isso é fantástico! Como foi que você pensou nisso? - Louis perguntou.

- Eu sou um gênio. - Harry brincou, e deu um selinho nos lábios de Louis.

- Nada de muita aproximação entre os presos! - Um policial gritou lhes chamando a atenção por um simples beijo. Eles estavam na hora do almoço, sentados no pátio, e nessa hora quase nunca tinham paz, visto que os policiais rabugentos adoravam implicar. - Como se já não bastasse ter que ouvir os gemidos desses dois a noite. - O mesmo policial rosnou.

- Ainda não sei porque não separam essas bichonas. - Outro respondeu irritado. Harry riu do incômodo dos policiais, mas um semblante sério e irritado se formou no rosto de Louis.

- Eu não vejo a hora de sair daqui. - Louis murmurou. - Aí eu vou poder beijar você o quanto eu quiser. - E dito isso beijou Harry com vontade, e sorriu orgulhoso quando viu os policiais incomodados rosnando pra eles.

Bem, plano era simples: eles haviam subornado um dos funcionários. Durante a madrugada, ele os soltaria e desligaria a cerca elétrica durante alguns minutos, tempo o suficiente para que os dois consigam escalar e sair dali. E apesar de estar ansioso para sair dali, seu nervosismo era tão grande quanto sua ansiedade. Ele tinha medo de que algo desse errado.

Harry não estava nervoso. Já havia sido preso e fugido várias vezes antes, portanto sabia bem como se comportar.

E o dia seguinte se passou tão longo quanto este, ambos ansiosos para sair dali e serem livres novamente, quando finalmente - depois de anos - chegou o terceiro dia: o dia em que sairiam dali.

❀ [ meia noite ] ❀

- Louis, calma. Falta apenas uma hora. - Harry fez carinho em seu cabelo. - Vai dar tudo certo. Fique calmo e durma um pouco.

Os dois estavam em sua cela, sentados no chão, como em todos os outros dias.

Assim fez Louis. Deitou a cabeça nas pernas do mais velho e adormeceu com o carinho que o mesmo fazia em sua cabeça.

E exatamente uma hora depois ele acordou novamente com o barulho de chaves abrindo a porta de ferro em sua cela.

- Vamos logo garotos, não temos muito tempo. - O homem disse. Ele era alto, magro, tinha a barba por fazer e cabelos um pouco grisalhos.

Louis se levantou e sacudiu Harry, que ainda dormia com a cabeça jogada pra trás, apoiada na parede.

- Hazz amor, vamos. - O moreno chamou, e ele acordou. Coçou os olhos, e os dois se levantaram, saindo juntos da cela. O homem distraira os guardas para que o casal passasse e fosse em direção ao pátio, que era ao ar livre e onde eles comiam. Haviam apenas altos muros rodeados de cercas elétricas. Se conseguissem passar dali, estariam livres.

- Eu vou desligar as cercas agora. Vocês tem cinco minutos, não demorem. - o mesmo homem lhes disse. Os dois murmuraram um "obrigado" e correram até um dos lados do grande muro, começando rapidamente a subir o mesmo, embora às vezes escorregassem e caissem alguns centímetros. Apesar de muito esforço, eles finalmente chegaram, mas não tinham certeza se já haviam passado os cinco minutos.

- Eu vou primeiro pra saber se é seguro, depois você vem. - Harry disse rigidamente e Louis obedeceu, fazendo silêncio e observando sua mão aos poucos se aproximar da cerca, com imenso receio e medo de que alguma coisa acontecesse com ele.

Louis suspirou aliviado: não aconteceu nada. A cerca estava desligada.

- Vamos logo! - Harry mandou novamente, e Louis começou a subir, apesar so mais velho estar um pouco a sua frente. Os dois começaram a subir pela mesma, quase chegando ao topo, de onde poderiam pular e finalmente serem livres.

Mas então eles sentiram uma imensa descarga elétrica e uma dor imensa percorrer seus corpos. Os dois gritaram bem alto, e cairam no chão, já do outro lado da cerca.

Parece que a cerca havia sido ligada.

Acabaram os cinco minutos.

Os dois corpos ficaram ali, jogados no chão. Coincidência do destino ou não, mas sem querer, caíram próximos um ao outro, como se estivessem de mãos dadas.

Zayn e Liam estavam ali os esperando dentro do carro que levaria os quatro de volta pra casa. Eles se assustaram com o grito alto que ouviram, e saíram correndo de dentro do carro, batendo a porta com força.

- Z-Zayn... - Liam gaguejou vendo os corpos mortos dos dois amigos caídos ali no chão. Em pouco tempo já estava soluçando, e apesar Zayn o tentar acalmar, o próprio estava atordoado também.

- Li, vamos... nós temos que ir antes que mais alguém chegue. - O moreno disse se segurando para não chorar. Ele bancava o forte, mas o namorado sabia que ele tinha o coração mole e que na primeira oportunidade iria desmoronar e chorar descontroladamente. Tudo bem, eles eram criminosos sim, mas isso não significa que eles não têm coração. Os dois suspiraram fundo e entraram no carro, e a viagem foi longa e silenciosa.

A visão de Zayn estava embaçada, ele continuava a tentar controlar às suas lágrimas que insistiam em cair. Ele queria chorar, de fato, mas não agora e não aqui, enquanto dirigia.

Quando os dois chegaram na casa, fizeram longos minutos de silêncio. Era deprimente ver aquela casa vazia e saber que nunca mais seria preenchida pela risada de Harry, ou pela bagunça que Louis fazia. Eles dois sentiriam falta do casal, e ainda não aceitavam tê-los perdido assim, desse jeito.

Os dois tomaram um banho quente, e demoraram bastante no chuveiro, tentando relaxar. E foi com a água caindo sob si que Zayn se permitiu chorar.

E naquela noite, eles dormiram na grande cama que o casal de amigos dormia. Liam dormiu abraçado ao travesseiro de Harry e Zayn dormiu abraçado ao travesseiro de Louis. A cama tinha o cheiro dos dois, e eles se sentiram confortáveis e aconchegantes, como se os outros dois ainda estivessem ali, com eles.

File Syndrome ➹ ( Larry Version ) Onde histórias criam vida. Descubra agora