Ja era manhã, me sentia mais disposto e com energia o suficiente para dar um pulo da cama e começar a higiene pessoal.
Ao olhar o redor do quarto, podia-se encontrar malas, crianças e uma tristeza imensurável.
Todos ainda estavam dormindo e decidi deixa-los assim, até que Harry acordou e me seguiu ate um mesa com 4 cadeiras onde eu me encontrava sentado.
- Dormiu bem ?- Disse Harry com sua voz mais rouca que o normal.
- Sim. É você ?
- Não diria a mesma coisa.- E realmente, sua expressão facial estava exausta.
E com esses diálogos monótonos as crianças acordaram e assim a manhã lentamente se esvaiu.
Em algum momento eu tentei abrir a porta e notei que ela havia sido trancada por fora, e eu não sabia se isso seria motivo para desespero ou para apenas algo que esqueceram de avisar.
Já era hora do almoço, estávamos com fome no momento em que ouvimos a porta ser destrancada e a velha senhora que no caso era nossa avó. A senhora carregava um cesta de piquenique em seu antebraço esquerdo.
- Aqui espermas do diabo.- Disse colocando a cesta em cima da mesa com um certo cuidado.
Eu a olhei e vi no exato momento em que ela pegou sua chave e nos trancou. E descobri, que foi apenas um 'detalhe'
que nossa mãe omitiu. Como sempre.- Vamos explorar aqui ? Por favor!- Disse Ernest sendo acompanhado por um enorme sorriso de Doris.
Eu assenti com a cabeça enquanto Harry apenas nos olha travesso.
Logo Ernest me puxava e corria junto a Doris e Harry. Ele parecia estar amando a ideia de uma família, e talvez, só talvez, sair um pouco da caa de meu pai havia o feito bem.
- Olhem, essa porta deve conter muitos mistérios.- apontou Doris.
O sorriso de Ernest se alargou fazendo o menino correr em disparada ate a porta. Ele parou centímetros de distância da porta, e se virou dando um olhar para mim e meu irmão como se ele estivesse pedindo permissão. Assenti e vi o garotinho puxar a porta com tudo.
Uma escada enfestada de teia de aranha era vista. Louis se desbravou a ir e descobri o que os esperava acima das escadas nojentas.
Ao subir, o que podia se encontrar era um velho e maltratado sótão. O lugar apesar de espaçoso continham varia caixas e baús. As paredes de madeira escura e desgastadas e apenas uma janela pequena, não minúscula, apenas pequena.
- Podemos brincar aqui ? Por favor!- Ouvi uma vozinha atrás de mim.
- Err... Sim ?- Harry falou se encostando em uma das empoeiradas paredes.
Os dois começaram a correr e brincar ate o momento em que Doris se pronunciou.
- Esse lugar esta tão triste. Vamos decora-lo.- Ri assentindo.
Procuramos papel e tinta e abrimos a janela que estava fechada dando espaço a luz do sol. O trabalho começou com flores de todas as cores possíveis, menos a cor amarela. Começamos a pintar e colar nas paredes, afastando os moveis e deixando um grande espaço vazio. A tinta estava acabando e os pincéis sujos, e então desci para repor e limpar os materiais.
Ao estar no andar debaixo, ouvi a porta ser destrancada e nossa "avó" deixar uma cesta de piquenique.
- O que faz com essas tintas ?
- As crianças estão enfeitando la em cima.- Disse com um sorriso simpático. Apesar de ser uma megera, ela ainda sim nos trazia comida todos os dias e ainda nos horários certos.
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Flowers in the attic L.S
FanficO sótão tornou-se meu lar, o lixo virou minha diversão, meu irmão se tornou minha paixão e a tristeza virou meu cotidiano. •Adaptação do filme/livro Flowers in the attic•