Chapter 3

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Ja era manhã, me sentia mais disposto e com energia o suficiente para dar um pulo da cama e começar a higiene pessoal.

Ao olhar o redor do quarto, podia-se encontrar malas, crianças e uma tristeza imensurável.

Todos ainda estavam dormindo e decidi deixa-los assim, até que Harry acordou e me seguiu ate um mesa com 4 cadeiras onde eu me encontrava sentado.

- Dormiu bem ?- Disse Harry com sua voz mais rouca que o normal.

- Sim. É você ?

- Não diria a mesma coisa.- E realmente, sua expressão facial estava exausta.

E com esses diálogos monótonos as crianças acordaram e assim a manhã lentamente se esvaiu.

Em algum momento eu tentei abrir a porta e notei que ela havia sido trancada por fora, e eu não sabia se isso seria motivo para desespero ou para apenas algo que esqueceram de avisar.

Já era hora do almoço, estávamos com fome no momento em que ouvimos a porta ser destrancada e a velha senhora que no caso era nossa avó. A senhora carregava um cesta de piquenique em seu antebraço esquerdo.

- Aqui espermas do diabo.- Disse colocando a cesta em cima da mesa com um certo cuidado.

Eu a olhei e vi no exato momento em que ela pegou sua chave e nos trancou. E descobri, que foi apenas um 'detalhe'
que nossa mãe omitiu. Como sempre.

- Vamos explorar aqui ? Por favor!- Disse Ernest sendo acompanhado por um enorme sorriso de Doris.

Eu assenti com a cabeça enquanto Harry apenas nos olha travesso.

Logo Ernest me puxava e corria junto a Doris e Harry. Ele parecia estar amando a ideia de uma família, e talvez, só talvez, sair um pouco da caa de meu pai havia o feito bem.

- Olhem, essa porta deve conter muitos mistérios.- apontou Doris.

O sorriso de Ernest se alargou fazendo o menino correr em disparada ate a porta. Ele parou centímetros de distância da porta, e se virou dando um olhar para mim e meu irmão como se ele estivesse pedindo permissão. Assenti e vi o garotinho puxar a porta com tudo.

Uma escada enfestada de teia de aranha era vista. Louis se desbravou a ir e descobri o que os esperava acima das escadas nojentas.

Ao subir, o que podia se encontrar era um velho e maltratado sótão. O lugar apesar de espaçoso continham varia caixas e baús. As paredes de madeira escura e desgastadas e apenas uma janela pequena, não minúscula, apenas pequena.

- Podemos brincar aqui ? Por favor!- Ouvi uma vozinha atrás de mim.

- Err... Sim ?- Harry falou se encostando em uma das empoeiradas paredes.

Os dois começaram a correr e brincar ate o momento em que Doris se pronunciou.

- Esse lugar esta tão triste. Vamos decora-lo.- Ri assentindo.

Procuramos papel e tinta e abrimos a janela que estava fechada dando espaço a luz do sol. O trabalho começou com flores de todas as cores possíveis, menos a cor amarela. Começamos a pintar e colar nas paredes, afastando os moveis e deixando um grande espaço vazio. A tinta estava acabando e os pincéis sujos, e então desci para repor e limpar os materiais.

Ao estar no andar debaixo, ouvi a porta ser destrancada e nossa "avó" deixar uma cesta de piquenique.

- O que faz com essas tintas ?

- As crianças estão enfeitando la em cima.- Disse com um sorriso simpático. Apesar de ser uma megera, ela ainda sim nos trazia comida todos os dias e ainda nos horários certos.

Flowers in the attic  L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora