Fotos roubadas,
Cenas inacabadas.
A cada palavra ou sentimento contido,
Uma chuva de verão,
Um calor que acaba na próxima estação.
A cada linha uma nova letra,
Um sonho desconhecido.
Um universo de magia,
Recriado por ilusões.
Cenas irreais
Ou incompletas,
Simples enganações.
Almas sem viço ou liberdade,
Sem esperança na outra margem.
Fotos roubadas,
Cenas riscadas.
Dias quais quer,
Na ponta do lápis
Uma infinidade de pensamentos!
Somos doces ou amargos,
Intenções sem nenhum encargo.
Fotos roubadas,
Esperanças esmagadas,
Olhares que desafiam:
"Se não há nada em jogo,
Porque ter medo de perder?"
Fotos roubadas,
Páginas marcadas.
Anos vividos como quem não quer nada.
Desejos vagos e mal pagos,
Que não dão paz à alma.
Silêncios pesados,
Em lugares sombrios.
A ideia de um afogamento no rio.
Fotos roubadas,
Cenas esquecidas.
Fatos que só vem à tona em outra vida.
Detalhes rápidos,
Na faca um fio de vida,
Cortesia de uma visita.
Fotos roubadas,
Testemunhas silenciadas.
No jogo da vida,
Vamos brincar.
Lutar contra a morte,
Batalhar.
Conquistar um ponto a cada vitória
E se libertar.
Fotos roubadas,
Sorrisos destruídos,
Passados esquecidos.
Flashes de memórias
Que não brilham mais.
