Capitulo 25: parecia tão real

21 0 0
                                    



Megan P.O.V.

A vida é como uma montanha russa. Num momento estamos felizes da vida, como se nada nos pudesse derrubar e no minuto a seguir quando damos por ela, estamos a tentar lutar contra a maré que nos quer afundar. A vida de todos os adolescentes devia ser tranquila. Ir para a escola, conviver com os amigos, ir a festas e namorar. Mas claro, a minha vida tem que ser diferente.

Uma infância que a um ponto se tornou a minha rotina. Chegar a casa, encontrar o meu pai bêbado, ou então não o vejo durante dias. As discussões horríveis que nunca acabam bem, o medo de adormecer sem trancar a porta do meu quarto, os trabalhos que já frequentei para ganhar dinheiro para as minhas despesas e ver o sofrimento da minha mãe todos os dias. E agora isto inexplicável que me anda a acontecer.

Estaciono o carro no parque da minha casa de férias e caminho para dentro da mesma. Esta um dia bonito, com o sol a brilhar e o calor no ar.

As vezes ponho-me a pensar...quem me dera ser como o sol. Brilhante e relaxante, apesar de estar sempre sozinho, nunca deixa de brilhar. É estúpido eu sei, mas eu só queria ter uma pausa na minha vida. Uma daquelas pausas que se põem quando se vai ouvir música no telemóvel e se carrega naquele botão com dois pauzinhos na vertical.

Eu preciso de me distrair. Preciso de conhecer gente nova. Beber até esquecer a merda da minha vida. As vezes sinto-me egoísta. Ah pessoas espalhadas no mundo a passar fome, sem uma única gota de água para beber, uma cama para dormir e roupa lavada para vestir. E aqui estou eu, a dizer que a minha vida é uma merda.

Vou direta ao frigorífico e tiro de lá uma cerveja bem fresca e assento-me no sofá a beber ao mesmo tempo que ligo a rádio onde ponho na melhor estação de Califórnia que tem músicas espetaculares. Ponho o som no máximo e apenas fico a desfrutar o momento.

                  

Era uma daquelas noites onde a lua tenta ao maximo penetrar a sua luz pelo meio das grandes nuvens, as quais pareciam trazer uma tempestade com elas. O ar estava quente e o som de cães a ladrar e carros a passar de vez  enquando podiam ser ouvidos. Quando dei por mim estava a frente da entrada que dava para um parque que existe a 10 minutos da minha casa. As folhas das arvores abanavam com a brisa que se fazia sentir no ar, fazendo com que tudo parecesse mais misterioso. Sombras estranhas decoravam o chão e formavam imagens capazes de assustar uma criança que está a tentar dormir á noite. Comecei a andar pela pequena estrada que tem a percorrer o parque todo. Tudo estava tão calmo, até nem parece o mesmo parque, de dia está sempre cheio de crianças a correr de um lado para o outro, pais a brincar com os seus filhos, pessoas a correr e a andar de bicicleta para se manter saudáveis, ou simplesmente porque gostam de exercício. Pássaros a cantar e pessoas sentadas nos bancos de jardim a ler ou simplesmente a apreciar a paisagem. Agora á noite está um silencio que até corta, e nos bancos não está ninguém sentado... Pelo menos isso era o que eu achava...

Uns minutos depois de entrar naquele parque, num dos bancos consegui ver uma figura humana, a cada passo que dava aquela figura ficava mais e mais parecida com uma rapariga. Quando estava a poucos centímetros de distancia consegui-a ouvir chorar e a soluçar. Fiquei um bocado assustada e preocupada por isso aprecei o passo e sentei-me a beira dela.

Megan: Hey amh... tu estas bem??

Nem um movimento foi visto, a sua cabeça estava baixa e o longo cabelo tapava-lhe a cara.

Megan: aconteceu alguma coisa?

Vejo a figura feminina á minha frente mexer um bocado as mãos.

Rapariga: não é estranho como a vida pode mudar de um momento para outro?

Pois... É o que tem acontecido a mim nestes últimos anos.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 03, 2015 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Scream (N.H)Onde histórias criam vida. Descubra agora