Filha das Trevas - A Vida Por Trás Da Vida Real (EM REVISÃO)

Prédio abandonado e boate

Acordei e só eu estava no quarto, coloquei a mão em cima dos olhos xingando mentalmente o filho da puta que deixou a janela aberta. Me remexi na cama de um lado a outro procurando ver se conseguia dormir novamente mas, o sono já havia ido embora, o que reinava era só a preguiça mesmo. Sentei na cama lentamente, cocei os olhos e fui abrindo, bocejei e fiquei de pé. Caminhei até meu armário e retirei de lá o que eu vestiria, peguei uma toalha e fui ao banheiro, agradeci aos céus por hoje ser sábado. Liguei o chuveiro e coloquei a mão na agua esperando a mesma esquentar bem.

Entrei de baixo da mesma e fiquei parada, apenas sentindo o momento, é uma sensação maravilhosa, a agua caindo nas costas, bem quente, além de me relaxar, me faz esquecer os problemas. Tomei meu banho, estava apenas retirando o excesso do condicionador do cabelo, não sei quantos minutos fiquei lá dentro, só sei que demorei porque Ino bateu na porta perguntando se eu havia morrido.

Sai do banho e me troquei, coloquei meus sapatos e Ino entrou no banheiro indo acho que tomar um banho, mas antes me deu um beijo na bochecha dizendo para espera-la lá em baixo. Desci para o refeitório comer alguma coisa. Peguei um sanduiche enorme, uma lata de coca-cola, um pudim e um brigadeiro para sobremesa. Sentei na mesa esperando por Ino. Comecei a pensar em minha vida, em que rumo ela estava tomando, meus amigos merecem saber sobre a maior parte de minha vida. Eles merecem saber o motivo se algo me acontecer. Eles merecem saber para se precaver, pois mesmo sabendo ou não, eles já correm perigo.

- Pensando em que Sakura?

- Vou contar a eles Ino. - Disse olhando para o jardim.

- Contar o que? - Perguntou ela confusa, temendo minha resposta.

- Sobre tudo, eles merecem saber por vários motivos, não me pergunte quais, pois você sabe muito bem.

Ino apenas assentiu sentando-se ao meu lado.

- Quando? -Perguntou ela.

- Amanhã a noite, todos no quarto dos meninos okay? - Ela assentiu novamente, então continuei. - Se lembra quando Tsunade disse que ia conversar conosco?

- Sim, mas ela não disse mais nada, então acho melhor deixar quieto Saky.

- Não, eu quero saber o que é. - Disse me levantando. - Você vem?

Ela não disse nada, apenas se levantou me seguindo. Bati três vezes na porta da diretoria, escutando um 'entra' abafado de Tsunade.

- Com licença diretora.- Disse colocando apenas a cabeça para dentro da sala.

- Oh, entre, entre, fique a vontade Sakura. - Respondeu sorrindo.

- Obrigada. - Disse entrando com Ino atrás de mim. Sentamos na poltrona.

- A que lhes devo as honras de suas visitas?

- Eu não sei se você esqueceu mas, depois daquele ocorrido, a senhora disse que queria falar conosco.

- Oh sim, me desculpe, esqueci completamente. Pois bem Sakura, eu não sei se você sabe mas, eu vou lhe dizer sem rodeios. - Ela respirou fundo e então disse: - Eles implantaram algo em você, sinto em te dizer mas, você não é mais normal Sakura. - Abri a boca levemente, não sabia o que dizer, o que ela esta falando, esta ficando louca ou eu sou a iludida aqui?

- Como assim? Como eu nunca soube? Porque fizeram isso? O que implantaram em mim? Você só pode estar ficando louca. - Disse sentindo uma fina lagrima de ódio descer pelo meu rosto.

- Você é um experimento Sakura, um experimento que deu errado. Sobre o que injetaram em você, não faço a mínima ideia do que seja, ainda não descobrimos, o que descobrimos é que eles queriam lhe transformar em uma arma, o que deu certo, mas o que não deu é que você não reage aos comandos deles, você age por conta própria.